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sexta-feira, 22 de maio de 2020

Tensão entre Hong Kong e China mostra “índice do medo” vivo nas bolsas

As discussões no Congresso do Partido Comunista na China sobre intensificar as restrições sobre Hong Kong devem ser o tema do dia nos mercados internacionais. A Desperta destaca ainda o fim do prazo estabelecido por Celso de Mello para que ele decida sobre o sigilo do vídeo da reunião ministeral de abril, o fim do Ramadã e a entrada da alta gastronomia no delivery. Boa leitura.

Bolsa de Hong Kong: queda de 5,5% com pressão de Pequim | Tyrone Siu/Reuters

1 - EMBATE EM HONG KONG

O governo chinês está aumentando a pressão sobre Hong Kong, num movimento que fez a bolsa do território cair 5,5% nesta sexta-feira. Pequim propôs, em reunião anual do partido comunista, a adoção de uma nova lei de segurança, aumentando seu controle sobre Hong Kong, palco de grandes manifestações por liberdade antes do início da quarentena imposta pelo coronavírus. A possibilidade de maiores restrições causa temor em cidadãos, empresas e investidores que usam a ilha como porta de entrada para a Ásia. O embate entre a China e seu território autônomo deve ser o tema do dia nas bolsas. O VIX, conhecido como “índice do medo”, está em alta de 5% na manhã desta sexta-feira, mais uma vez perto do 30 pontos. Apesar de ter caído 65% desde as máximas de março, quando chegou a sua maior pontuação desde a crise de 2008, o VIX ainda está 70% acima da média dos últimos 10 anos e 114% à frente da pontuação em que começou o ano. Apesar das altas nas bolsas nas últimas semanas, analistas afirmam que ainda é cedo para afirmar que o pior já passou.

2 - A NOVELA DO VÍDEO

Chegou a hora da verdade. Nesta sexta-feira, 22, acaba o prazo que o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, havia informado para sua decisão sobre a divulgação do vídeo de uma fatídica reunião ministerial em abril. A divulgação pode ser integral, como quer o ex-ministro Sergio Moro, ou parcial, como querem a Procuradoria Geral da República e a Advocacia-Geral da União. De acordo com o que já circulou na imprensa sobre o material, a reunião do dia 22 de abril foi cheia de palavrões e deixa explícita a intenção do presidente Jair Bolsonaro de interferir na Polícia Federal em benefício de aliados e amigos. Este foi o argumento citado por Moro para justificar sua demissão do Ministério da Justiça, que gerou o inquérito no STF, aberto a pedido da PGR, e que ficou sob responsabilidade de Mello.

3 - O DRAMA ARGENTINO

Termina nesta sexta-feira o prazo de carência do governo da Argentina para honrar o pagamento de uma dívida de 503 milhões de dólares com investidores credores do país. O valor se refere a juros de três títulos públicos que tinham vencimento em abril e que não foram pagos pelo governo do presidente Alberto Fernández. Se o governo argentino perder o prazo final do pagamento nesta sexta-feira – como diz que pretende fazer –, o país pode entrar em um default técnico, o nono em sua história. O vencimento da dívida nesta sexta ocorre em meio a uma negociação com os credores internacionais para estender o prazo de pagamento e reduzir os valores de uma dívida de 65 bilhões de dólares. As negociações com os credores tinham prazo para terminar também nesta sexta. Mas, às vésperas, o governo decidiu estender as negociações até o próximo dia 2 de junho. É a segunda vez que o prazo é adiado. A Argentina alega que o valor é impagável nas condições atuais por causa da profunda crise econômica vivida pelo país.

4 - FIM DO RAMADÃ SEM FESTA

O mundo islâmico celebra neste final de semana o Eid-al-Fatr (“feriado da quebra do jejum”, em árabe), que marca o fim do Ramadã, o período de quatro semanas em que os fiéis jejuam e se dedicam a práticas espirituais. Este ano, a celebração terá toque de recolher. Na Arábia Saudita, o governo já determinou que haverá um toque de recolher à noite para evitar que as pessoas saiam de casa. No Egito, os fiéis deverão estar em casa pontualmente às 17h e não poderão sair até a manhã do dia seguinte. O presidente Recep Erdogan, da Turquia, anunciou que será implantado um lockdown em todo o país durante o Eid-al-Fatr. O objetivo é evitar um súbito aumento na propagação do coronavírus. Na Turquia, já há mais de 153.000 casos registrados. Na Arábia Saudita, a covid-19 já atingiu mais de 65.000 pessoas. A maior preocupação, agora, é manter as pessoas em casa durante uma das maiores celebrações do mundo islâmico. O feriado deve começar a ser celebrado no sábado, 23, na maior parte do mundo islâmico. As comemorações, a portas fechadas, devem ir até segunda, 25, ou terça, 26.

5 - ALTA GASTRONOMIA NO DELIVERY

Já pensou em degustar um prato elaborado pelo chef italiano Massimo Bottura, um dos grandes nomes da gastronomia contemporânea e dono da Osteria Francescana, em Módena? Pois isso será possível na quarentena, e não será preciso nem sair de casa ou viajar para Itália. O Eataly Brasil estreia hoje o Menu delle Stelle, primeiro evento gastronômico por delivery. De hoje até o dia 24 de maio, o empório localizado no Itaim, em São Paulo, vai oferecer um menu degustação elaborado por seis chefs renomados, como Bottura e Jefferson Rueda, da A Casa do Porco, eleito um dos melhores restaurantes brasileiros. Todo o evento será à distância, sem aglomeração de público. O menu custará 195 reais. A opção que inclui uma garrafa de vinho italiano sairá por 295 reais. Interessados poderão encomendar os pratos, que podem ser retirados ou entregues em casa. A entrada de restaurantes estrelados, alguns com estrela Michelin, no mundo do delivery vem se tornando frequente nas últimas semanas, levando a alta gastronomia para as casas dos clientes durante a quarentena.

LIBERALISMO EM TRANSIÇÃO

A pandemia vai mudar para sempre o papel dos governos na economia. É uma guinada global, mas especialmente relevante no Brasil, onde a agenda de enxugamento ficou em segundo plano. Como reformar o endividado Estado brasileiro para o mundo pós-coronavírus? Este é um dos temas na nova edição da revista EXAME, já disponível em todas as plataformas. Leia aqui e assine a partir de 15,90/mês para ter acesso ilimitado.

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A chinesa Bytedance, startup mais valiosa do mundo e dona do TikTok, passou de 100 bilhões de dólares em valor de mercado em negociações no mercado privado, ante os antigos 75 bilhões, diz a Bloomberg.
O lucro líquido da Cogna caiu 85% no primeiro trimestre, para 46,8 milhões de reais, resultado de alavancagem e da receita, que caiu 11%.
Em tempo: estimativa da consultoria Atmã Educar aponta que, por causa da pandemia, as matrículas nas faculdades privadas podem cair 70% no segundo semestre, de 625.000 alunos previstos para apenas 180.000. (Assine gratuitamente a newsletter do EXAME IN e receba notícias exclusivas)
Pablo Di Si, presidente da Volkswagen para América Latina, falou à EXAME sobre como a crise do coronavírus impacta as grandes montadoras. “O jogo mudou para toda a indústria”, diz. Leia a entrevista completa.
Dá para usar o stories, a ferramenta de imagens que desaparecem, para conseguir emprego? Especialistas do LinkedIn, que estreou recentemente a funcionalidade, dão dicas para um bom uso da ferramenta.

exame.talks

12h - Bruno Blatt, presidente da Qualicorp
O papel dos planos de saúde na crise do coronavírus
No horário acima, assista na página inicial do site ou no YouTube.

Bolsa

Na quinta-feira, 21
Ibovespa / +2,10%
S&P 500 / -0,78%
Dólar / 5,58 reais (-1,89%)
Na sexta-feira, 22 (encerrado)
Xangai (China) / -1,42%
Hong Kong / -5,56%
Nikkei (Japão) / -0,80%
Abertas (às 7 horas)
FTSE 100 (Reino Unido) / -1,37%
DAX (Alemanha) / -0,78%
Petróleo (às 7 horas)
WTI / 34,40 dólares (-4,60%)
Brent / 32,03 dólares (-5,57%)

Pesquisa da Harvard Business Review mostrou que metade dos presidentes de empresa entrevistados se sentia sozinho, mesmo antes da pandemia. Com o isolamento e os desafios da liderança neste momento, o sentimento pode se intensificar - não só para os líderes como para os liderados. A revista especializada em empreendedorismo FastCompany ouviu dez presidentes sobre como eles combatem a solidão. Leia as dicas aqui (em inglês).

Solidão: dicas dos CEOs vão de manter a perspectiva a até escrever um diário | iStock

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