Militares veem ataque a Bolsonaro com "perplexidade"

Comandantes avaliam "acirramento dos ânimos" e projetam "acompanhar situação"

Comandantes avaliam

Comandantes avaliam "acirramento dos ânimos" e projetam "acompanhar situação" | Foto: Marcelo Camargo / ABr / CP Memória

O ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta quinta-feira, após o ataque ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ), estar “muito preocupado com a crescente intolerância” no país e que está causando “apreensão aos que têm responsabilidade com a garantia da estabilidade das instituições, da lei e da ordem”.  O general participava de uma reunião com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para tratar de orçamento das Forças Armadas, quando foi informado do ataque a Bolsonaro e sobre a evolução do estado de saúde do candidato. O clima foi de “perplexidade na reunião entre os militares. A avaliação foi de que há um “acirramento dos ânimos”.

Houve também uma preocupação sobre como será conduzido o processo eleitoral caso ocorra um aumento da violência. Os comandantes, no entanto, decidiram que apenas acompanharão a evolução dos fatos. “Vamos só acompanhar”, declarou o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, ao sair da reunião. Ele seguiu para o Quartel General do Exército, onde participou de um outro encontro, por videoconferência, com os demais generais do Alto Comando da Força. O grupo foi convocado pela manhã para tratar de temas administrativos.

O comandante reconheceu, no entanto, que o assunto central seria o ataque a Bolsonaro e a elevação da tensão na campanha. O general Villas Bôas afirmou a jornalistas que ficou “muito preocupado” com este episódio, que classificou como “inadmissível”. O comandante afirmou que pediria aos generais do Alto Comando que acompanhem mais de perto “o nível de insegurança nas campanhas e a possibilidade de crescer a violência no país”.

Para ele, o episódio envolvendo Bolsonaro deverá “repercutir em todo o processo eleitoral e gerar mais instabilidade”. Já o ministro da Defesa alertou que é preciso “baixar os ânimos” para que as eleições ocorram em “clima de normalidade”.


Correio do Povo


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