Yuan Che-kai e o poder na China, por Lúcio Machado Borges*

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Secretamente apoiado pelas grandes potências, que parecem seduzidas por este homem forte, Yuan Che-kai bandeia-se oficialmente com a República e, 7 de outubro de 1913, é eleito Presidente da República por cinco anos. Sun Yat-sen, vencido, fica com a direção das estradas de ferro. O novo “número um” chinês não tem a intenção de submeter seu poder seja a quem for e restabelecer a dinastia Manchu. Mesmo que em seu espírito se levante a hipótese de uma dinastia, é da sua que se trata. Espera transformar esta república numa dinastia em que seja imperador. E para atingir esse fim utiliza um processo velho como o mundo: dividir para reinar. Em poucas semanas, consegue afastar todos os revolucionários dos pontos-chaves e provocar a cisão do partido de Sun Yat-sen, a “União das Ligas Revolucionárias”, que se divide em três partidos políticos totalmente ineficazes.

Não é nada muito diferente do que os europeus fizeram na África no século 17 e o que a esquerda faz no Brasil desde o século passado, que é dividir para poder dominar.


*Editor do site RS Notícias

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