Ex-presidente tenta evitar prisão após o término do julgamento dos recursos pelo TRF-4
Amanda Pupo e Isadora Peron, O Estado de S.Paulo
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou nesta quarta-feira, 14, um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF). A solicitação é para que o ministro Edson Fachin reconsidere a decisão liminar que negou o habeas corpus de Lula, e suspenda a ordem de prisão contra o ex-presidente até que as ações que discutem prisão após condenação em segunda instância sejam discutidas no plenário.
Lula tenta evitar a prisão após analisado o último recurso no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que condenou o petista a 12 anos e 1 mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
++ Petistas chegam para encontro com Cármen Lúcia no STF
Se Fachin não atender a esses pedidos, a defesa pede que o ministro leve o habeas corpus para análise de mérito da Segunda Turma do STF e retire a responsabilidade do plenário.
++ Paulo Pimenta cobra que Fachin paute HC de Lula
Defesa do ex-presidente tenta evitar prisão do petista após término do julgamento no TRF-4 Foto: Rafael Arbex|Estadão
Em último caso, os advogados Sepúlveda Pertence e Cristiano Zanin Martins requerem que Fachin "coloque o habeas corpus em mesa", o que faria o plenário analisar o pedido sem que a presidente paute. Sepúlveda e Zanin estavam no plenário do Supremo enquanto ocorria a sessão ordinária desta quarta-feira. Acabada a sessão, os advogados pediram para falar com o ministro Fachin.
++ Após reunião com Cármen, defesa de Lula focará em Fachin
O ministro ouviu os advogados, que avisaram sobre os novos pedidos formulados. O movimento ocorreu depois do encontro de Sepúlveda nesta manhã com a ministra Cármen Lúcia.
O ex-ministro ouviu a presidente reiterar a disposição de não pautar as ações que tratam da execução antecipada de pena. Sepúlveda também não teve nenhuma sinalização de que Cármen pretende pautar o habeas corpus. No entanto, no encontro, Cármen sugeriu a ressalva de que nada impede o relator de levar o pedido de liberdade a julgamento.
Ao Broadcast/Estado, Sepúlveda falou que, em função da situação, o momento era de "trabalhar agora junto ao ministro Fachin". Os novos pedidos foram feitos ao final da tarde desta quarta-feira. Depois de conversar com Fachin no plenário do STF, Sepúlveda disse que Cármen "deixou clara sua posição".
Sepúlveda e Zanin, na petição feita hoje, também mencionam a divulgada iminência do julgamento dos recursos finais de Lula no TRF-4. "Com isso, maduro esse processo e iminente a prisão do paciente - as notícias são de que se dará em 26 deste mês, quando seus embargos de declaração serão julgados no TRF-4", diz o pedido feito hoje a Fachin.
"Agora é esperar o pronunciamento do ministro Fachin", disse Zanin. Sepúlveda frisou que ministro pode levar o caso à mesa, independentemente da pauta. Sepúlveda, ao ser questionado quais seriam os próximos passos caso a nova estrategia da defesa não tenha efeito, disse: "Não sei".
Estadão
Juízes denunciam 'estratégia para constranger o Supremo'
Ajufe apoia Barroso e diz que declarações de Marun 'buscam desqualificar trabalhos da Corte'
Marun já redigiu pedido de impeachment de Barroso
Lei da Lavagem de Dinheiro, ano 20
Marun já redigiu pedido de impeachment de Barroso
PT, PCdoB e PSOL pressionam Supremo por Lula
Silvio Henrique Martins sugere #caminhospara2018
Filósofo participa da campanha 'A Reconstrução do Brasil - Contagem Regressiva 2018'
Nenhum comentário:
Postar um comentário