Cármen Lúcia, depois da sessão desta quinta: “Eu sou uma resistente”

Cármen Lúcia, depois da sessão desta quinta


Não à pressão - A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal: a corte não vai se apequenar (Fatima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Minutos depois de encerrada a sessão desta quinta-feira, conversei por mais de meia hora com a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal. Perguntei-lhe se achava que tinha atendido ao apelo endossado nas redes sociais por milhões de brasileiros: “Resista, Cármen Lúcia”.

“Eu sou uma resistente”, resumiu a ministra. Ela fez o possível para impedir que o Supremo revogasse a decisão de permitir o começo da execução da pena depois da condenação em segunda instância. E deixou claro, ao longo da entrevista, que fará o possível para evitar o triunfo do retrocesso forjado para manter Lula fora da cadeia.

Graças ao tirocínio de Cármen Lúcia, na sessão de 4 de abril os 11 juízes togados não estarão apenas esclarecendo uma questão constitucional relevante. Expostos aos olhos do país que presta, estarão decidindo se a lei que vale para todos também vale para Lula ou se o ex-presidente merece ser condenado à impunidade perpétua.

Ninguém pode prever com segurança o resultado da votação. O certo é que Cármen Lúcia continuará resistindo ao cerco dos ministros da defesa de culpados de estimação. A presidente do Supremo é bem melhor que os presididos.


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