Boko Haram

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Boko Haram

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A bandeira negra, adotada pelo Boko Haram desde 2015.

Datas das operações
2002 - atualmente

Líder
Abubakar Shekau
Mohammed Yusuf

Área de atividade
Norte da Nigéria, norte do Camarões, Chade, Níger

Ideologia
Uaabismo
Jiade salafista
Fundamentalismo islâmico

Efetivo
7 000 – 10 000 combatentes[1]

Principais ações
Terrorismo

Ataques célebres
25 de dezembro de 2011: Ataques contra igrejas católicas fazem ao menos 28 mortos.

Mapa dos 12 estados da Nigéria que atualmente implementam a xaria

Boko Haram (figurativamente, "a educação ocidental ou não-islâmica é um pecado", nas línguas faladas no Norte da Nigéria), oficialmente, em árabe: جماعة أهل السنة للدعوة والجهاد, translit. 'ǧamāʿat ahl as-sunna li-d-daʿwa wa-l-ǧihād', Jama'atu Ahlis Sunna Lidda'awati wal-Jihad ("Pessoas Dedicadas aos Ensinamentos do Profeta para Propagação e Jiade), é uma organização fundamentalista islâmica de métodos terroristas, que busca a imposição da lei xaria no norte da Nigéria.

Índice

Ideologia

Oficialmente, o Boko Haram alega que luta pela xaria, combate à corrupção no governo, a falta de pudor das mulheres, a prostituição e outros vícios. Segundo eles, os culpados por esses males são os cristãos, a cultura ocidental e a tentativa de ensinar algo a mulheres e meninas. Segundo o Boko Haram, as meninas sequestradas começam uma vida nova como servas.[2]

A xaria virou lei no Norte da Nigéria, que tem uma maioria muçulmana. O sul, com a maioria cristã, não quer a xaria. O governo e a capital ficam no sul, mas, por causa das matanças, ameaças e o crescimento da população muçulmana, o número total dos muçulmanos pode ultrapassar o dos cristãos, e o Boko Haram exige a xaria para o país inteiro.

Atentados

O grupo terrorista tem como objetivo acabar com a democracia na Nigéria e promover a educação exclusivamente em escolas islâmicas. No dia 25 de dezembro de 2011, cerca de cinco ataques à bomba em várias cidades da Nigéria deixaram pelo menos 40 civis mortos e um policial ferido. O primeiro ataque aconteceu nos arredores da capital Abuja, o segundo na cidade de Jos, no centro do país, o terceiro na cidade de Gadaka, no nordeste, e os outros dois na cidade de Damaturu, no norte. Os alvos foram igrejas católicas durante a celebração da Missa do Galo após a Véspera de Natal.[3][4]

Em 20 de setembro de 2013, militantes do grupo vestindo uniformes militares pararam o tráfego em uma estrada entre Maiduguri e Damaturu, arrastaram as pessoas para fora de seus veículos e as mataram.[5]

Nove dias depois, em 29 de setembro de 2013, ao menos 50 pessoas morreram em um ataque contra uma universidade no nordeste da Nigéria, no Estado de Yobe.[6]

Em 2014 a tamanho das ações militares e atentados supera o passado. Boko Haram opera com caminhões e carros blindados, cercando vilas cristãs que ainda existem no norte da Nigéria, matando a população inteira. Muitos conseguem fugir, e meninas novas são muitas vezes capturadas vivas, mas o número de mortos passou em várias ocasiões de 100, por exemplo em Izghe no estado Borno no 15 de fevereiro[7].

Vários ataques foram feitos a escolas de meninas, já que os membros do Boko Haram são veementemente contrários a ensinamentos quaisquer para meninas. Muitas garotas foram capturadas e levadas para serem estupradas pelos guerrilheiros islamitas. Às vezes são levadas para vilas muçulmanas e liberadas para toda a população muçulmana poder estuprá-las. Assim Boko Haram aumenta a sua popularidade. As meninas são estupradas com base à aya 33.50 do alcorão[8] até aceitarem virar muçulmanas e casarem com um dos seus torturadores. As meninas, que se recusam ainda depois de umas quatro semanas, são liberadas, mas antes de saírem da casa é costume lixar o mamilo direito da vítima na soleira da porta até ele desaparecer. Às vezes também partes do sexo ou do peito são cortadas. O ataque mais comentado aconteceu no dia 15 de abril em Chibok, estado Borno, onde a população foi morta ou fugiu e mais de 200 meninas entre 7 e 15 anos, alunas de uma escola, em que as meninas também moram, foram capturadas e levadas pela milícia.[9] No início as fontes falaram de 100 meninas, mas fontes da Nigéria recentes relatam um número de 234 meninas, que foram levadas em grupos pequenos a vários locais e a partir dos dias da Pascoa estupradas em massa.[10]

Em resposta ao terror contra as meninas em escolas o governo fechou 85 escolas de meninas.[11]

Um dia antes, no 14 de abril Boko Haram conseguiu também seu maior atentado até então no sul da Nígéria, onde mora a maioria dos cristãos. Na cidade Abuja, capital da Nigéria, e matou 71 pessoas deixando centenas feridas.[12]

A 3 de janeiro de 2015, o Boko Haram lançou diversos ataques em solo nigeriano, matando pelo menos 2 mil pessoas (o "Massacre de Baga"). O exército do país lançou várias operações para tentar prender ou matar os responsáveis e combates violentos acabaram sendo reportados.

No dia 05 de fevereiro de 2015 , o Boko Haram invadiu uma aldeia ao Norte de Camarões.Mais de cem pessoas foram encontradas degoladas , dentro de suas casas e até em uma mesquita.

A Unicef, em dezembro de 2015, citou que em consequencia do radicalismo do Boko Haram um milhão de crianças não puderam frequentar escolas e que mais de 2.000 escolas se encontram fechadas na Nigéria, Camarões, Chade e Níger.[13]

Conquistas

Área no nordeste da Nigéria controlada pelo Boko Haram

Os ganhos territoriais na maioria das vezes são oficialmente negados pelos militares da Nigéria, porém agências internacionais e fontes independentes mostram que o grupo já controla mais de vinte cidades nigerianas [14]. Elas se concentram nos estados de Borno e Yobe no nordeste do país.

Em Borno, as cidades mais notáveis sob poder dos extremistas são Damboa, Gwoza, Gamboru Ngala, Banki, Bama e Chibok (onde havia sequestrado mais de 200 meninas)[14][15] [16]. No estado de Yobe são Buni Yadi, Bokwari, Maza e sudeste de Jiri.[15][17] [16]

"A cidade de Bama está sob nosso controle" Declarou um suposto porta-voz , chamado Abu Zinnira. Ele fez o comentário no início de setembro por meio de uma declaração de áudio obtida por repórteres locais.[17] No entanto as fontes confiáveis e independentes se perdem na veracidade dessa afirmação.

Em fevereiro de 2015 o exército nigeriano retomou Monguno causando pesadas perdas aos extremistas, o que foi confirmado por fontes independentes.[18]

Ver também

Referências

  1. Ir para cima↑ "How Big Is Boko Haram?". Página acessada em 5 de abril de 2015.
  2. Ir para cima↑ CNN: Por que Boko Haram rapta alunas?
  3. Ir para cima↑ Nigéria sofre com ataques a bomba a igrejas católicas O Globo Online, recuperado 25 de Dezembro 2011
  4. Ir para cima↑ Nigéria: Ataques contra alvos cristãos fazem 40 mortos DN Online, recuperado 25 de Dezembro 2011
  5. Ir para cima↑ Extremistas matam 143 pessoas em vilarejo na NigériaEstado de São Paulo, 20 de Setembro de 2013
  6. Ir para cima↑ Homens armados matam ao menos 50 alunos em faculdade na NigériaEstado de São Paulo, 29 de Setembro de 2013
  7. Ir para cima↑ Boko Haram mata mais de 100 pessoas no norte da NigériaConferido em 24 de abril 2014
  8. Ir para cima↑ O aya (ou ayat) 33.50 permite o estupro de mulheres capturadas em guerras. Hoje muitos muçulmanos aplicam esse direito a todas as mulheres e meninas capturadas ou sequestradas em diversas ocasiões.
  9. Ir para cima↑ dpa (Alemanha) e BBC (Inglaterra)
  10. Ir para cima↑ Alta-voz de Boko Haram confirma o número de 234 meninas capturadas. Conferido em 24 de abril 2014
  11. Ir para cima↑ Nigéria encerra escolas devido aos atentados Conferido em 24 de abril 2014
  12. Ir para cima↑ Atentado do Boko Haram mata 71 e fere centena de pessoas em Abuja
  13. Ir para cima↑ "Boko Harm "keeps 1m kids from school - acessado em 23 de dezembro de 2015
  14. Ir para:a b «Boko Haram toma a cidade das estudantes sequestradas». Veja. Consultado em 28 de novembro de 2014
  15. Ir para:a b «The other caliphate». The Economist. Consultado em 28 de novembro de 2014
  16. Ir para:a b «Boko Haram se apodera de nova cidade na Nigéria». G1. Consultado em 28 de novembro de 2014
  17. Ir para:a b «Boko Haram Extends Control Over Northeast Nigerian City». The Wall Street Journal. Consultado em 28 de novembro de 2014
  18. Ir para cima↑ «Exército nigeriano matou mais de 300 membros do Boko Haram»

Ligações externas

Wikipédia

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