Blairo Maggi recebe demandas de vários setores do agronegócio na Expodireto

Segundo ministro, equipe negocia com a Fazenda e BC a redução de juros do Plano Safra

Blairo Maggi recebe demandas de vários setores do agronegócio  | Foto: Alina Souza

Blairo Maggi recebe demandas de vários setores do agronegócio | Foto: Alina Souza

O ministro da Agricultura Blairo Maggi visitou hoje a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, e recebeu demandas de vários setores, disse que apoia mudanças no acordo do Mercosul e sinalizou que os juros do próximo Plano Safra podem ser reduzidos. Segundo o ministro, sua equipe já negocia com o Ministério da Fazenda e Banco Central a redução de juros para o Plano Safra de 2018/2019, tendo em vista que a taxa Selic, de 6,65% ao ano, está abaixo da taxa do agronegócio, de 7,5%. “Não vamos mais pagar os juros que estamos pagando hoje, não”, garantiu Maggi, ao descartar a possibilidade de antecipação do próximo Plano Safra e da redução das atuais taxas de juros.

Sobre a operação da Carne Fraca deflagrada nesta semana, que investiga fraude em laudos emitidos por fábricas da BRF, Maggi disse que, desta vez, o governo se adiantou e forneceu todas as informações ao mercado externo para evitar repercussão. Até ontem à tarde o Mapa não tinha sido notificado de nenhum embargo. De acordo com o ministro, depois da primeira operação da Carne Fraca, há um ano, o ministério “subiu a régua da fiscalização” e que “provavelmente, esta não será a última (operação)”.

Respondendo à reivindicações das entidades de zerar o passivo do Funrural, Maggi disse não acreditar que exista ambiente político para isso e nem espaço fiscal. A respeito do Mercosul, reconheceu que o acordo entre os países-membros “tem incomodado muito” alguns setores produtivos, já que os preços dos países vizinhos têm sido mais competitivos, e afirmou apoiar mudanças no acordo, já que a balança comercial aponta desvantagem para o agronegócio brasileiro. Exemplificou que o Brasil teve, em 2017, o superávit de 8 bilhões de dólares na sua relação comercial com a Argentina, mas que as vendas do agronegócio para aquele país registraram saldo negativo de 3 bilhões. “Temos que fazer força política junto ao Ministério das Relações Exteriores para contestar esta situação”.

Embargo russo

Outro assunto internacional cobrado do ministro é a demora da reabertura do mercado russo para as carnes brasileiras. O setor tinha expectativa de que o embargo, que começou a valer em 1º de dezembro de 2017, fosse desfeito até o final de janeiro, mas ainda não há solução. “De fato, não estamos conseguindo avançar e esse assunto saiu da minha alçada”. O ministro que disse ter repassado ao presidente Michel Temer o tema para que ele negocie com o presidente Vladimir Putin. “Todos os pleitos que a Rússia pediu nós já concedemos, importação de trigo, peixes, carne bovina”.

Em coletiva de imprensa, Maggi avisou que não irá concorrer nas Eleições de outubro e que permanecerá no comando do Ministério da Agricultura. Disse que não gostaria de ver “descontinuidade no trabalho que foi feito” e que, entre as prioridades até o final do ano, é fazer um plano de modernização do sistema de inspeção que deverá envolver a iniciativa privada.

Leite e arroz

Durante a visita ao parque da Expodireto, Maggi atendeu entidades do setor do leite e arroz. Para este último, o ministro disse que, além das operações de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) e de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), serão viabilizadas Aquisição do Governo Federal (AGF). De acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, o ministério teria condições de comprar por meio de AGF até 1,4 milhão de toneladas, mas que o volume ainda será estudado pelo setor. Para o produtor de leite, o Banco do Brasil informou, no encontro, que autorizará o pagamento dos financiamentos de custeio e investimento de 20% no primeiro ano e prorrogará as demais parcelas por três anos. Também estaria sendo estudada a adequação de PEP e Pepro para o leite.


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