Janot diz que vontade dos brasileiros é ver corruptos e criminosos punidos

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse hoje (21) durante uma palestra em Brasília que a "vontade do povo brasileiro é ver corruptos e criminosos punidos, sejam eles ricos ou poderosos".  No evento, o procurador também defendeu a aprovação do projeto de lei sobre as Dez Medidas contra a Corrupção, cujo relatório deve ser votado amanhã pela comissão especial que trata do assunto na Câmara dos Deputados.

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Ao participar da abertura de um seminário sobre o sistema penal, Janot disse que foi alertado na semana passada sobre articulações para "desvirtuar a vontade dos cidadãos". No entanto, o procurador disse que está "confiante" de que o Congresso vai manter a vontade da população, que participou da campanha lançada pelo Ministério Público Federal (MPF) e terminou com 2,5 milhões de assinaturas de apoiadores ao projeto.

"Estamos confiantes de que os parlamentares que integram essa comissão saberão dar uma resposta digna à sociedade. Estamos todos cansados dos efeitos da corrupção e da impunidade e desejamos que o Estado brasileiro, por meio de seu parlamento, endosse em sua decisão amanhã o justo anseio social", disse Janot.

O projeto de lei é relatado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Na semana passada, o parlamentar fez alterações em seu primeiro parecer,  como a retirada do texto da medida que prevê crime de responsabilidade para juízes e integrantes do Ministério Público e alterações no trecho que trata dos acordos de leniência. O texto poderá ser votado amanhã na comissão especial que trata do assunto.

 

Agência Brasil

 

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Juíza decreta prisão de suspeitos de participar de confrontos na Cidade de Deus

 

Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil

A Justiça do Rio decretou a prisão temporária de nove suspeitos de participar dos confrontos com a Polícia Militar na Cidade de Deus, zona oeste do Rio, no último sábado ( 9). Eles são acusados de associação ao tráfico de drogas. Durante a ação, quatro policiais que estavam num helicóptero da corporação morreram na queda da aeronave, quando faziam filmagens dando apoio às equipes de terra que participavam da operação, mostrando a localização de homens armados.

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Os investigados são: Wagner Andrade da Silva, Carlos Henriques dos Santos, Leandro de Souza Santos, Edvanderson Gonçalves Leite, Luiz Augusto Ribeiro Vilhena, Weverton Rodrigo Gonçalves de França, Leonardo Martins da Silva Junior, Marcos Vinicius de Oliveira e Jardel Teixeira de Oliveira.

A juíza Angélica dos Santos Costa informa que documentos, depoimentos de policiais militares e informações passadas ao Disque-Denúncia são evidências de que os nove são integrantes do Comando Vermelho, facção criminosa que controla o tráfico de drogas na região. A juíza destaca o papel de cada um deles dentro da facção que, segundo ela, tem agido de forma violenta e ameaçadora.

“A segregação cautelar dos indiciados faz-se necessária para a garantia da ordem pública, ante a presença do periculum libertatis [perigo que decorre do estado de liberdade], diante das violentas e reiteradas ações praticadas pelos integrantes dessa organização criminosa que assolam a vida dos moradores da comunidade onde mantém suas atividades ilícitas, ceifam vidas de policiais e cidadãos comuns e tornam a sociedade em geral refém de seus desideratos criminosos’’, avaliou.

A juíza expediu também quatro mandados de busca e apreensão na casa de pessoas envolvidas com o tráfico na região. De acordo com a magistrada, os locais da busca foram determinados a partir de informações de inteligência, com o objetivo de buscar armas de fogo e afins.

 

Agência Brasil

 

 

Familiares suspeitam que mortos na Cidade de Deus foram executados

 

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

 Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Parentes dos sete mortos neste fim de semana na Cidade de Deus vão ao IML reconhecer os corposTânia Rêgo/Agência Brasil

Familiares dos sete homens encontrados mortos na Cidade de Deus no último fim de semana foram hoje (21) ao Instituto Médico-Legal (IML) liberar os corpos e contaram a jornalistas como os encontraram na manhã de domingo. Para os moradores, seus familiares foram executados por policiais militares.

Viviane Gonçalves, mulher de um dos sete homens encontrados mortos na Cidade de Deus no último fim de semana

Para Viviane Gonçalves, o marido foi vítima de uma chacinaTânia Rêgo/Agência Brasil

"Encontrei meu esposo com a perna decepada, com quatro facadas, dois tiros na nuca, e de costas", conta Viviane Gonçalves, de 32 anos, que era casada e tinha uma filha com Rogério Alberto de Carvalho Júnior, 34 anos, que foi um dos encontrados sem vida. "Se eles estavam errados, que fossem presos, mas que não esculachassem do jeito que eles fizeram. O que eles fizeram foi uma chacina".

A Cidade de Deus teve confrontos entre policiais e criminosos no fim de semana. Quatro PMs morreram com a queda de um helicóptero, cuja causa ainda está sendo apurada. Na manhã de hoje, mais tiroteios fizeram com que escolas e creches não abrissem pela manhã.

Viviane conta que soube por vizinhos que seu marido estava entre os baleados na noite de sábado, mas que policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) não deixaram que eles fossem até o local onde estariam os corpos.

Pastor da Assembleia de Deus, Leonardo Martins da Silva encontrou o filho de 22 anos entre os mortos na localidade conhecida como Brejo

Leonardo Martins da Silva encontrou o filho de 22 anos entre os mortos na localidade conhecida como BrejoTânia Rêgo/Agência Brasil

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O pastor da Assembleia de Deus Leonardo Martins da Silva, de 45 anos, encontrou o filho, Leonardo Martins da Silva Júnior, de 22 anos, entre os mortos na localidade conhecida como Brejo, em uma área alagada. Ele repete o relato de que havia homens de bruço, com tiros na nuca e em outras partes do corpo, além de facadas. "Eles foram executados", acredita ele, que lamenta a morte do filho. "Ele trabalhava comigo, mas também ficava no meio dos garotos lá [tráfico]".

Leonardo conta que os moradores só conseguiram ter acesso aos corpos depois que pediram a outros policiais militares que estavam fora da favela, e eles chamaram o transporte funerário e a Divisão de Homicídios. Ao ver a imprensa entrando na Cidade de Deus no domingo, Leonardo conta que pediu para que fotografassem seu filho morto. "Deixei tirar foto porque o mundo tem que ver isso".

Parentes dos sete mortos neste fim de semana na Cidade de Deus vão ao IML reconhecer os corpos. Na foto, Raíssa da Silva Monteiro, irmã de Renan da Silva Monteiro

Raíssa da Silva Monteiro, irmã de um dos homens encontrados mortos na Cidade de DeusTânia Rêgo/Agência Brasil

Raíssa da Silva Monteiro, de 21 anos, acredita que quando os moradores tiveram acesso bloqueado seus familiares ainda podiam estar vivos. Eles chegaram ao local na noite de sábado, mas só conseguiram entrar no fim da manhã de domingo. "Acho que íamos encontrar eles com vida. Quando chegamos lá, foi um estrago o que a gente viu", diz ela, que viu a irmã trazer da lama o corpo de seu irmão, Renan da Silva Monteiro, de 20 anos.

A esteticista Gisele Beija afirma que seu sobrinho, de 17 anos, e outros vizinhos observavam a movimentação na favela quando os tiroteios se aproximaram e eles correram para dentro de uma mata. "A partir daí ninguém sabe o que aconteceu. A gente ouviu muito tiro", diz ela, que acrescenta: "Pelo modo que eles foram encontrados, eles se entregaram. Foi execução, está claro".

Investigações

As circunstâncias das mortes estão sendo investigadas pela Polícia Civil, que está realizando diligências para esclarecer os fatos. Procurada pela Agência Brasil, a Polícia Militar não comentou o caso e disse que a Civil é a responsável pelas investigações, por meio da Divisão de Homicídios.

A PM realiza hoje operações em outras comunidades onde há atuação da mesma facção que controla o tráfico na Cidade de Deus, como o Morro da Barão, em Jacarepaguá, e as favelas de Parque União e Nova Holanda, no Complexo da Maré.

Na tarde de ontem, a Anistia Internacional emitiu uma nota pedindo que a política de segurança pública seja repensada pelas autoridades do Rio de Janeiro. A entidade defendeu que as operações policiais respeitem os direitos humanos e garantam a segurança de todos.

 

Agência Brasil

 

 

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Moradores da Cidade de Deus pedem mais diálogo com UPP

 

Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Tropas da PM circulam na Cidade de Deus, após operação no fim de semana, com queda de helicóptero e pelo menos 11 mortes (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Tropas da PM circulam na Cidade de Deus, após operação no fim de semana, com queda de helicóptero e pelo menos sete mortes Fernando Frazão/Agência Brasil

As últimas cenas de violência na Cidade de Deus são decorrentes de um desgaste do projeto da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), implantado na comunidade em 2009, sendo a segunda inaugurada no Rio. A queda de um helicóptero da PM, que causou a morte de quatro policiais, e a morte de sete pessoas suspeitas de tráfico durante confrontos, no último sábado (19), tornaram visível uma situação que vinha piorando há anos na comunidade.

A avaliação é de moradores e de lideranças comunitárias locais, que nesta segunda-feira (21), ainda estavam assustados com os confrontos dos últimos dias entre traficantes, PM e milicianos da vizinha Gardênia Azul.

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“A UPP funcionou só até a página 3. Dentro do que está no papel, é uma coisa. A prática foi outra. O grande erro do Estado foi não querer dialogar com as bases cultural e social da comunidade. Acharam que o bom era o que vinha de fora. O projeto não é ruim. Ruim foi a execução do projeto. Precisa agora desenvolver uma ação social com aqueles que têm a vivência da comunidade, para podermos trabalhar o cidadão de amanhã”, disse Sérgio Leal, conhecido como DJ TR, que desenvolve um projeto de boxe e de hip-hop.

Para o produtor cultural Bruno Rafael, a UPP não trouxe o diálogo. “A realidade hoje é difícil. Essa guerra que não é nossa atinge pessoas comuns. É muito triste ver isso acontecendo. A gente fica no meio. Eles acham que vão pacificar, mas na verdade não está pacificando nada. Não procurou outras lideranças para dialogar e ver de que forma eles poderiam se inserir na cultura local. Estavam proibindo festas nas praças. Tem que refazer o projeto. A ideia foi boa, mas para melhorar tem que ter diálogo e saber qual o tipo de projeto que se insere aqui. Cidade de Deus tem um modelo, Complexo [do Alemão] tem outro, Babilônia tem outro e Rocinha tem outro”, disse.

O medo está fazendo com que alguns moradores queiram deixar a Cidade de Deus. “Eu moro há três anos na comunidade e pretendo sair daqui. Fiquei traumatizada com o que aconteceu neste final de semana, estou há três dias sem dormir, com medo. Para mim, a Cidade de Deus vai de mal a pior. Não acredito em UPP e nada que eles dizem que vão fazer em benefício da comunidade. Não deu certo, não dão assistência a ninguém nem respeito aos moradores”, disse uma moradora do Karatê, que pediu para não ser identificada. Ela trabalha como auxiliar de serviços gerais, mas atualmente está desempregada.

A assessoria de imprensa das UPPs foi procurada para se manifestar sobre a alegação de falta de diálogo com lideranças e com a própria comunidade, mas até a publicação desta matéria ainda não havia se pronunciado.

 

Agência Brasil

 

 

Presidente do BC diz que resultado das eleições americanas trouxe incerteza

 

Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou hoje (21) que o resultado das eleições nos Estados Unidos trouxe mais um elemento de incerteza para os mercados, mas reiterou que a instituição tem monitorado de perto o desenvolvimento dos mercados internacionais e atuado para não permitir que os efeitos dos “choques externos” se transformem em ameaça para a estabilidade macroeconômica.

Os americanos foram às urnas para escolher o novo presidente dos Estados Unidos no dia 8 de novembro. O magnata republicano Donald Trump derrotou a democrata Hillary Clinton.

“Ainda é muito cedo para termos uma ideia mais clara sobre os rumos que a política econômica americana tomará sob a nova administração. O novo cenário tem pressionado as taxas de juros internacionais, tornando o financiamento mais caro para os países emergentes, e fortalecido o dólar. O risco desse cenário é a reversão dos fluxos de capital para fora das economias emergentes”, disse Ilan Goldfajn, em sua apresentação, em vídeo, no seminário Reavaliação do Risco Brasil da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro.

O presidente do BC reafirmou que a instituição está bem preparada para enfrentar os cenários adversos. “Temos instrumentos à nossa disposição, estamos rumando na direção correta para fortalecer nossos fundamentos e possuímos um arcabouço de política econômica consistente”, acrescentou.

Ambiente desafiador

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana de Carvalho, também avaliou que ainda é cedo para determinar o efeito da mudança de direção da política econômica nos Estados Unidos, mas disse que é razoável esperar que a troca na Presidência norte-americana traga um “ambiente mais desafiador” para as economias emergentes na forma de taxas de juros mais altas e câmbios mais desvalorizados.

“Os mercados reagiram com movimentos bastante abruptos. Em um regime de câmbio flutuante, o nosso papel é atuar sempre que detectarmos indícios de mau funcionamento do mercado. Foi o que fizemos nesses primeiros dias após as eleições nos Estados Unidos. A atuação parece ter normalizado o funcionamento do mercado de câmbio”, afirmou o diretor do BC.

Logo após a vitória de Trump, o dólar subiu no mercado brasileiro nos dias subsequentes. Um dos motivos é a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, aumente os juros da maior economia do planeta mais que o previsto por causa da política de alta dos gastos públicos de Trump. Taxas mais altas nos Estados Unidos atraem capitais para títulos do Tesouro norte-americano, o que resulta em alta do dólar em todo o planeta e afeta países emergentes como o Brasil.

 

Agência Brasil

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