Depois de concorrer com Donald Trump em uma longa disputa para a presidência dos Estados Unidos, que terminou na madrugada de hoje (9), a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, admitiu a derrota em entrevista à imprensa e fez um apelo para que os americanos que votaram nela não percam a esperança. "Isso é doloroso e será por um longo tempo", disse.
Hillary Clinton acena para os seus eleitores após discurso em que reconhece sua derrota para Donald TrumpAndrew Gombert / EPA / Lusa
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Em seguida, ela fez um apelo para que os americanos não percam a fé no país. "Vamos ter fé uns nos outros. Não nos cansemos. Não vamos perder o [ímpeto] do coração. Pois há mais [eleições] pela frente. Há mais trabalho a fazer", disse.
Hillary Clinton pediu que os americanos encontrem forças para prosseguir na luta pelas ideias em que acreditam: "Somos mais fortes juntos e seguiremos juntos. E você [que nos apoiou] jamais deve se arrepender ter de lutado por isso".
Ela disse que ligou para Donald Trump durante a noite passada para felicitá-lo pela vitória. "Eu felicitei Donald Trump [pela vitória] e me ofereci para trabalhar junto com ele em nome do nosso país. Espero que ele seja um presidente bem sucedido para [o bem] de todos os americanos", disse ela.
Em seu discurso, Hillary Clinton falou sobre o apoio dos mais jovens, dizendo que podem em alguns momentos ter reveses ao longo de suas carreiras, porém, mais tarde, devem continuar. "Esta perda dói, mas por favor nunca deixem de acreditar que lutar pelo que é certo vale a pena", disse ela.
O presidente eleito Donald Trump elogiou nesta madrugada a luta de Hillary Clinton como candidata do Partido Democrata e acrescentou que a candidata ligou para admitir a derrota na corrida pela presidência.
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Vencedor da eleição americana, Donald Trump vai ser o presidente mais rico da história dos Estados Unidos. A fortuna de US$ 3,7 bilhões estimada neste ano pela revista Forbes supera a renda de todos os antecessores juntos.
O magnata nascido em Nova York construiu esse patrimônio como empresário da construção civil e como apresentador de TV. Leia mais
Depois de perder a eleição americana para Donald Trump, Hillary Clinton aceitou o resultado e disse que o país "deve olhar para o futuro". Hillary afirmou também que espera que Trump seja um "presidente bem-sucedido".
A candidata democrata disse ainda que o país sai "profundamente dividido" da eleição e se ofereceu para ajudar o próximo ocupante da Casa Branca. Leia mais
O Inep divulgou os gabaritos oficiais do primeiro e do segundo dia do Enem 2016. Os resultados já podem ser consultados na página do Inep na internet.
As notas individuais serão divulgadas apenas no dia 19 de janeiro. Isso porque alguns candidatos têm que fazer as provas nos dias 3 e 4 de dezembro por conta das ocupações nos locais de prova. Leia mais
Após Enem, estudantes voltam a ocupar escolas e universidades no país
Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil*
Após a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último final de semana, nos dias 5 e 6, estudantes voltam a ocupar escolas no Distrito Federal (DF) e em Pernambuco. Segundo a Secretaria de Educação do DF, são quatro escolas ocupadas. Três foram ocupadas ontem (8) e uma hoje (9). Já em Pernambuco, quatro escolas foram ocupadas ontem: duas no interior do Estado e duas no Recife.
Os estudantes são contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos, a chamada PEC do Teto. Estudos mostram que a medida pode reduzir os repasses para a área de educação, que, limitados por um teto geral, resultarão na necessidade de retirada de recursos de outras áreas para investimento no ensino. O governo defende a medida como um ajuste necessário em meio à crise que o país enfrenta e diz que educação e saúde não serão prejudicadas.
Os estudantes também são contrários à reforma do ensino médio, proposta pela Medida Provisória (MP) 746/2016, enviada ao Congresso. Para o governo, a proposta vai acelerar a reformulação da etapa de ensino que concentra mais reprovações e abandono de estudantes. Os alunos argumentam que a reforma deve ser debatida amplamente antes de ser implantada por MP.
O MEC afirmou que o governo não vai recuar nessas medidas. A pasta tem afirmado que está aberto ao diálogo, desde que seja feito pelas vias formais de discussão. “A discussão existe porque se obedece uma lógica partidária e ideológica. Peço que as pessoas mantenham suas convicções políticas e filiações partidárias, mas não transformem o ambiente universitário em um ambiente de domínio político de algumas forças que querem imaginar que a grande maioria da população tem que pensar igual ao que eles pensam", disse o ministro à Agência Brasil na última sexta-feira.
Distrito Federal
Na capital federal, as escolas ocupadas são o Centro de Ensino Médio 01 de São Sebastião, o Centro Educacional 01 do Guará, o Centro Educacional 06 de Ceilândia e o Centro Educacional 03 de Brazlândia. As quatro unidades escolares atendem cerca de 5,3 mil alunos. Para os estudantes, as ocupações são a maneira de serem ouvidos e de protestar.
Em nota, a Secretaria de Educação do DF disse as ocupações prejudicam as aulas e que negocia com os estudantes para que eles desocupem as unidades pacificamente. "Cabe destacar que representantes da Secretaria de Educação mantêm constante diálogo com os estudantes buscando a desocupação das escolas de maneira pacífica. As ocupações prejudicam o andamento das aulas na rede pública de ensino e a negociação entre a pasta e os manifestantes busca garantir que as aulas ocorram normalmente, sem que haja prejuízo dos conteúdos ofertados", diz a nota.
Além das unidades de educação básica, no Distrito Federal, as ocupações acontecem também na Universidade de Brasília (UnB), onde o número de faculdades e institutos ocupados crescem desde a semana passada, e no Instituto Federal de Brasília, onde dois campi e a reitoria estão ocupados. No IFB, segundo a instituição, as atividades seguem com funcionamento regular e os servidores estão trabalhando normalmente.
Pernambuco
A primeira ocupação de instituição de ensino básico em Pernambuco ocorreu na seguna-feira (7), na Escola de Referência em Ensino Médio Cândido Duarte, no bairro de Apipucos, no Recife. Ontem, foram ocupadas as escolas de Referência em Ensino Médio Martins Junior, no bairro da Torre, também no Recife; a Margarida Falcão, no município de Pesqueira; e Escola Estadual Antônio Padilha, na cidade de Petrolina.
De acordo com Evandro José, presidente da União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (Uespe), as ocupações ocorrem de forma autônoma. “A União dos Estudantes está apoiando, participando nos grupos de debate, mas o processo é independente”, informa. A previsão, segundo José, é que mais unidades façam a adesão ao protesto. “Depois do Enem, começou o que a gente já estava prevendo: a expectativa das ocupações na rede estadual. Esse sentimento contra a PEC está crescendo”.
Ontem pela manhã, a Polícia Militar (PM) cercou a escola Cândido Duarte, mas após uma negociação com os estudantes a maior parte do efetivo foi retirada. À tarde uma viatura ainda permanecia em frente à unidade. De acordo com a assessoria de comunicação da corporação, o objetivo é prevenir incidentes.
A Secretaria de Educação de Pernambuco divulgou nota em que afirma “trabalhar pelo diálogo para retomar o funcionamento e a oferta de aulas na Escola de Referência em Ensino Médio Cândido Duarte”. A secretaria também disse que o policiamento no local é para “garantir a proteção do patrimônio e a ordem, devido ao tumulto que se formou no local”.
Bahia
Na Bahia, 17 escolas de ensino público médio estavam ocupadas no último dia de aplicação do Enem (6). Desde então, mais oito escolas foram ocupadas pelos estudantes. O Movimento Ocupa Escolas Bahia, que coordena as manifestações nos centros de ensino médio, informou que, atualmente, 25 escolas estão ocupadas no estado, incluindo colégios estaduais e institutos federais.
Desde o último domingo, os Institutos Federais da Bahia (IFBA) de Feira de Santana e Irecê mais seis colégios estaduais foram ocupados pela greve estudantil, são eles: Complexo Integrado de Educação de Porto Seguro, Colégio Estadual Rômulo Almeida (Santo Antônio de Jesus), Colégio Estadual Luiz Viana (Feira de Santana), Centro Territorial de Educação Profissional de Vitória da Conquista, Colégio Estadual Manandro Minhahim (Una) e Colégio estadual Pedro Calmon (Amargosa).
“Muitas escolas não foram ocupadas antes, exatamente por conta do Enem, mas a luta contra a PEC, a MP do ensino médio e da escola sem partido é muito grande. Dá para perceber, nas cupações, que as turmas querem ocupar, para somente conquistar os seus direitos. Temos apoio de funcionários e professores nessa luta, que não é só nossa”, declarou um integrante da Associação Baiana Estudantil Secundarista (Abes) que não quis se identificar.
A Secretaria de Educação do Estado foi procurada para falar sobre o assunto, mas não retornou até o fechamento desta matéria.
Ensino superior
O número de universidades ocupadas também aumentou no país. Não há um número oficial nacional de locais ocupados. Segundo balanço da União Nacional dos Estudantes (Une) são 176campi universitários ocupados em todo o país. O número aumentou desde o último balanço, de segunda-feira (7), quando eram 171. Antes do Enem, no dia 3, eram 167.
Por causa das ocupações, o Ministério da Educação (MEC) adiou as provas de 271.033 candidatos que fariam o exame em 405 locais para os dias 3 e 4 de dezembro. O número de locais ocupados aumentou até sábado. Na sexta-feira (4), eram 364 locais de prova. Pela lista do MEC, que considera apenas os locais de aplicação de prova do Enem, os estados de Minas Gerais, com 97 ocupações, e do Paraná, com 77 ocupações, têm o maior número de locais ocupados.
Embate
O MEC recorreu à Advocacia Geral da União (AGU) para que sejam tomadas as medidas cabíveis a respeito dos prejuízos causados pelo adiamento das provas. A estimativa é que o custo supere R$ 15 milhões. A AGU deve identificar entidades que possam ter estimulado alunos a ocuparem escolas públicas. Ontem (8) o presidente Michel Temer criticou as ocupações.
A resistência do governo causou indignação entre os movimentos sociais e entidades estudantis. Pelo perfil do Facebook, a UNE diz: "O governo Temer tem utilizado a tática do desprezo aos movimentos sociais, rechaçando críticas à sua postura autoritária, minimizando a insatisfação da sociedade com suas medidas de arrocho e se negando a dialogar. Ao mesmo tempo, lança mão da tática criminalizadora para tentar calar quem se mobiliza".
A UNE, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG), divulgaram nota conjunta na qual dizem: "Ao adiar a realização do ENEM nas instituições ocupadas para o mês de dezembro, o ministério tenta lamentavelmente colocar os estudantes uns contra os outros. E, ao punir financeiramente as entidades, tenta criminalizar o movimento estudantil buscando enfraquecer o movimento legítimo das ocupações. No entanto, não terá sucesso. A juventude se ergueu contra o congelamento do seu futuro, vamos ocupar tudo, vamos barrar essa PEC e a MP do ensino médio com toda a nossa força. Nossa luta não acabou, segue e se fortalece por meio de novas instituições ocupadas e mobilizadas", diz trecho da nota.
Em muitas das ocupações os estudantes se mobilizam de forma independente das entidades estudantis e designam estudantes do próprio local para responder pelo movimento.
Capital paulista tem chuva forte, granizo e rajadas de vento
Camila Boehm - Repórter da Agência Brasil
A capital paulista ficou sob estado de atenção para alagamentos entre 17h40 e 20h de hoje (9) por causa das fortes chuvas que atingiram a cidade. Por volta das 18h, houve queda de granizo na região de Itaquera, zona leste, mas intensidade do temporal começou a diminuir, segundo Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) da prefeitura de São Paulo.
De acordo com os meteorologistas do CGE, nas próximas horas, as chuvas devem continuar diminuindo gradativamente, restando apenas variação de nuvens para a madrugada, que deve ter 19 graus Celsius (°C) de temperatura média.
Os maiores índices de chuva registrados pela rede telemétrica do Alto Tietê até as 19h50 ocorreram nos seguintes locais: Córrego Jacuí/Avenida Itaquera (33,6 milímetros), Rio Verde/Rua Cunha Porã (32,5mm); Córrego Rincão/montante do Piscinão (28,2mm). Córrego Mandaqui/Rua Zilda (25,4mm); Córrego Franquinho/Dom Helder Câmara (23,2mm); Jabaquara/Praça Serafina Gioncoli Vicenti (24,0mm); e Rio Tietê/Belenzinho (22,4mm).
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Os maiores índices pluviométricos registrados pelas estações do CGE foram: Itaquera (33,2mm), Freguesia do Ó (30,2mm), Parelheiros/Barragem (33,2mm), Penha/Rincão (27,5mm), Jabaquara (23,5mm), Mooca (21,2mm). Na média, a capital teve 20,1mm de chuvas nesta quarta-feira.
O aeroporto de Cumbica, localizado na cidade de Guarulhos, registrou, às 18h20, rajadas de vento de 67 quilômetros por hora (km/h). O aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital, às 18h15, registrou a mesma velocidade dos ventos.
Previsão
De acordo com informações do CGE, a propagação de uma frente fria pelo oceano deve provocar maior nebulosidade e pancadas de chuva nos próximos dias na capital paulista. Os ventos passam a soprar do mar, causando maior nebulosidade e queda das temperaturas no final da semana.
A quinta-feira (10) começa com sol e temperaturas elevadas. As mínimas ficam em torno dos 19°C, enquanto as máximas podem superar os 31°C. A aproximação da frente fria influencia as áreas de instabilidade, o que pode causar pancadas de chuva entre a tarde e a noite.
Na sexta-feira (11), o tempo seguirá instável com muita variação de nuvens e chuvas na forma de pancadas, que devem se concentrar no período da tarde. No decorrer do dia, o sol aparece entre nuvens, mas as temperaturas não devem subir muito. As mínimas ficam em torno dos 18°C e as máximas não devem superar os 26°C.
Conselho de Ética ouve testemunhas contra Jean Wyllys na Câmara
Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil
O depoimento de testemunhas da representação contra o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, foi marcado hoje (9) pelo embate entre apoiadores do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e defensores de Wyllys, que responde no conselho por quebra de decoro parlamentar, por ter cuspido em direção ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), durante a votação do pedido de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, no dia 17 de abril, na Câmara.
Posteriormente, Wyllys justificou que apenas reagiu aos insultos do parlamentar, que o teria chamado de "queima rosca", "bichinha" e "veadinho", entre outros insultos homofóbicos. Correligionários do deputado defendem que o processo contra Wyllys, no Conselho de Ética, está sendo pautado por “disputas ideológicas”. Apoiadores de Bolsonaro acusam Wyllys de ter agido de forma premeditada.
Arrolado como um dos depoentes, o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) questionou a versão de que o ato foi premeditado. Segundo o deputado, no dia da votação, Wyllys teria passado por um “verdadeiro corredor polonês” quando foi anunciar seu voto na sessão de admissibilidade doimpeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. “Quando Jean se dirigia para proferir seu voto, ele foi provocado com expressões como: ‘agora vai o que queima a rosca, agora vai a bichinha, agora vai a franguinha’. Essas expressões foram direcionadas ao deputado Jean pelo deputado Bolsonaro".
Luiz Sérgio também enfatizou que, após o ocorrido, Wyllys também foi alvo de cusparada durante a votação. “Ele [Jean Wyllys] cospe no deputado Jair Bolsonaro e é cuspido pelo deputado [Eduardo Bolsonaro (PSC-RJ)] filho de Jair Bolsonaro. É cuspe trocado”, disse.
O depoimento de Luiz Sérgio foi rebatido pelo deputado Ezequiel Teixeira (PTN-RJ) que acusou Wyllys de tentar se vitimizar. Teixeira já foi secretário eastadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro no governo Luiz Fernando Pezão (PMDB) e foi exonerado do cargo após comparar a homossexualidade a doenças como Aids e câncer e dizer que acredita na "cura gay". “Só acho que ele (Wyllys) não deve se esconder embaixo de um homossexualismo ou outra coisa para se vitimizar”, disse.
Envolvido diretamente no episódio, Bolsonaro também falou aos deputados. Em seu depoimento, ele negou ter dirigido qualquer ofensa a Wyllys. Ele relatou que disse apenas 'tchau, querida', expressão que estava sendo utilizada pelos deputados favoráveis ao impeachment e se disse vítima de perseguição. ”Está na cara que é perseguição política. Já respondi a uns 30 processos aqui, o suficiente para me rotular como mau caráter”, disse. “Eu peço renúncia do meu mandato se aparecer algo que eu tenha chamado ele disso ou daquilo”, acrescentou.
O deputado também responde a representação no Conselho de Ética por apologia a tortura. Durante seu discurso na votação da admissibilidade do impeachment, Bolsonaro prestou uma homenagem e dedicou seu voto ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o DOI-Codi (Destacamento de Operações Internas) de São Paulo entre 1970 e 1974, durante a ditadura militar, e é acusado de tortura e do desaparecimento e morte de pelo menos 60 pessoas. Durante sua gestão, cerca de 500 pessoas também teriam sido torturadas nas instalações do DOI-Codi .
O depoimento de Bolsonaro foi questionado pelo deputado Glauber Braga (PSol-RJ) que, em seu depoimento, lembrou do caso do ex-deputado Eduardo Cunha, cassado por ter mentido durante depoimento, no ano passado, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. “O senhor disse aqui que nunca se referiu ao Jean com qualquer palavra agressiva que fosse ou qualquer tipo de xingamento, então gostaria de saber se o senhor assume o compromisso de que, se for comprovado que houve mentira, o senhor renuncia ao seu mandato?”, desafiou Braga.
Bolsonaro rebateu afirmando que Braga estava empenhado em defender Wyllys como se fose “marido e mulher”. “A acusação é sua e cabe a vossa excelência representar. Não vai colar no meu nome. Não vou entrar nisso. Se for comprovado que eu menti, que me representem no Conselho de Ética”, disse.
Durante o depoimento de Bolsonaro, o advogado de Wyllys, César Brito, pediu a juntada de um vídeo de mostraria que houve agressão preliminar contra Wyllys. “É um vídeo de um debate entre Jair Bolsonaro e um jornalista que estava no momento da votação, em que é contraditada a informação de que não houve agressão ao deputado Jean Wyllys, disse o advogado. “Há uma relação direta entre o crime de animosidade e o que está sendo investigado e parece que há um crime de animosidade pré-estabelecido”, acrescentou.
Também foram ouvidos os depoimentos dos deputados Marcus Vicente (PP-ES) e Covatti Filho (PP-RS), que disseram não ter visto discussão anterior entre Wyllys e Bolsonaro. “Havia um clima muito tenso pelo que estava acontecendo. Eu não disse que ele estavam se dirigindo um ao outro. É quase impossível se detectar todos os movimentos”, afirmou Vicente.
Os depoimentos das testemunhas começaram a ser colhidos ontem pelo colegiado. O relator do processo, Ricardo Izar Jr (PP-SP) ouviu os deputados Alberto Fraga (DEM-DF), Chico Alencar (PSOL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). Na próxima semana serão ouvidas as testemunhas de defesa de Wyllys.
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