O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje (24) que vai entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a ação da Polícia Federal que resultou naprisão de quatro policiais legislativos, na última semana. Segundo Renan, a ação feriu o princípio da separação de Poderes.
“A ação vai ser no sentido de fixarmos claramente a competência dos Poderes, um juizeco de primeira instância não pode a qualquer momento atentar contra um Poder. Busca e apreensão no Senado somente com a decisão do STF e não por um juiz de primeira instância”, disse o presidente do Senado.
Na última sexta-feira (21), foram presos o chefe da polícia do Senado, Pedro Ricardo Carvalho, e mais três policiais legislativos, suspeitos de prestar serviço de contrainteligência para ajudar senadores investigados na Lava Jato e em outras operações.
Em entrevista coletiva para anunciar a ação no STF, Renan subiu o tom nas críticas ao juiz que autorizou as prisões, Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, e até ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que criticou a Polícia Legislativa pela suposta obstrução da Lava Jato. Renan chamou o juiz de “juizeco” e disse que Moraes se comporta, “no máximo”, como um “chefete de polícia”.
“O ministro da Justiça não tem se portado como ministro de Estado. No máximo, tem se portado como um chefete de polícia”, criticou.
Renan Calheiros fala com jornalistas sobre operação da Polícia Federal no Senado, na última sexta-feira Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Renan Calheiros disse que reclamou com o presidente da República, Michel Temer, sobre o comportamento de Alexandre de Moraes e que vai reiterar o que classificou como “agressões” e “extrapolação do ministro”. Segundo Renan, a ação da PF teve por objetivo intimidar o Senado. “Eu não me elegi presidente do Senado para ter medo, medo não ajuda em nada e nesse momento ele deturpa a democracia, a separação dos Poderes e não é esse o meu papel”, disse.
Varreduras
Durante a entrevista, Renan voltou a defender a legalidade das varreduras da Polícia Legislativa para localizar grampos ilegais pela polícia, que classificou como rotineiras. Segundo ele, entre 2013 e 2016 o procedimento foi realizado 17 vezes e a própria PF chegou a pedir emprestado o equipamento de varredura usado pelos policiais legislativos.
O peemedebista negou que as varreduras tivessem como objetivo obstruir as investigações da Operação Lava Jato. “Foram dezenas de pedidos de senadores para a detecção de grampos ilegais. Estou entregando todos os pedidos formalizados. Os documentos irão provar que, na maioria dos casos, os pedidos são de senadores que sequer são investigados, nem nesta [Lava Jato], nem em outras investigações, portanto esta interpretação seletiva de pretender embaçar a investigação é uma fantasia com a qual nós não podemos concordar”, disse.
Perguntado sobre as varreduras que ocorreram nas casas dos senadores Gleisi Hoffman (PT-PR), Fernando Collor (PTC-AL) e Edison Lobão (PMDB-MA), após ações da PF nos locais, Renan justificou a medida dizendo que os senadores se sentiram ameaçados na “sua intimidade”.
Saiba Mais
- PF prende agentes da Polícia Legislativa acusados de atrapalhar Lava Jato
- Gilmar Mendes diz que é preciso por limites a prisões preventivas da Lava Jato
“A varredura não tem nada a ver com a Lava Jato, a Lava Jato não faz escuta ilegal, portanto não tem nada a ver. Os senadores, cujas as varreduras coincidiram com a busca e apreensão temiam que estivessem sendo devassados em sua intimidade e de suas famílias. Temos casos de filhinhas de senador que foram acordadas na manhã truculentamente e como o presidente do Senado vai se opor a isso?”
Renan, no entanto, não respondeu a questionamentos sobre as varreduras na casa do ex-presidente da República e ex-senador José Sarney, realizadas em julho de 2015. Sobre a varredura na casa do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Renan disse que “não teria como recusar uma varredura na residência oficial de uma das casas do Legislativo”, apesar de, segundo ele, nunca ter tido “as melhores relações com Cunha.
O presidente do Senado disse que poderia ter resolvido as suspeitas sobre a legalidade das varreduras se a PF tivesse avisado a presidência da Casa.
Excessos da Lava Jato
Mesmo sendo alvo das investigações da Lava Jato, Renan disse que manterá as críticas à operação sempre que considerar que houver excessos. “A Lava Jato é sagrada, ela significará sempre avanços para o país, mas não significa dizer que nós não podemos comentar os seus excessos”, disse.
“Comentar excessos da Lava Jato ou de qualquer outra operação não significa conspiração. Em português claro, é dever funcional do presidente do Congresso Nacional. Se a cada dia um juiz de primeira instância comete uma medida excepcional nós estaremos nos avizinhando do Estado de exceção. Não podemos chegar a isso.”
Perguntado se não estaria agindo em benefício próprio, uma vez que é investigado na operação, Renan Calheiros disse que está exercendo o seu papel institucional e que muitas investigações da operação se baseiam em especulações “O fato de estar sendo investigado por ouvir dizer não significa que eu não deva cumprir o meu papel institucional como presidente do Senado.”
Lei de abuso de autoridade
Calheiros voltou a defender a atualização da Lei de Abuso de Autoridade, mas disse que não tem data para colocar a proposta em votação. “Vamos votar, não sei se esse ano. Jamais eu a votaria como consequência do que aconteceu na sexta-feira aqui no Senado Federal. Eu não sou um arreganho, tenho ódio e nojo desses métodos fascistas que aconteceram no Senado Federal”, criticou.
Associação de juízes
O presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Roberto Carvalho Veloso, repudiou as declarações de Renan Calheiros sobre integrantes do Judiciário. Segundo Veloso, as discordâncias sobre a decisão do juiz Vallisney Oliveira podem ser discutidas por meio de recursos e não por “ofensa lamentável perpetrada pelo presidente do Senado Federal, depreciativa de todo o Poder Judiciário”.
“Esse comportamento, aliás, típico daqueles que pensam que se encontram acima da lei, só leva à certeza que merece reforma a figura do foro privilegiado, assim como a rejeição completa do projeto de lei que trata do abuso de autoridade, amplamente defendido pelo senador Renan Calheiros, cujo nítido propósito é o de enfraquecer todas as ações de combate à corrupção e outros desvios em andamento no país”, disse Veloso em nota.
O Ministério da Justiça informou que não vai se manifestar sobre as declarações de Renan Calheiros a respeito do ministro Alexandre de Moraes.
Prime Cia. Imobiliária - Imobiliária em Porto Alegre / RS
http://www.primeciaimobiliaria.com.br/
Câmara aprova lei que regulamenta transporte por apps
Projeto foi aprovado por unanimidade após apreciação de mais de 50 emendas
Uber critica aprovação do projeto e pede debate
Sintaxi: Regulamentar libera “transporte clandestino”
TRÂNSITO
Acidente mata casal e deixa menina ferida em Santa Rosa
TEMPO SEVERO
Chuva de granizo causa danos em pelo menos 50 residências no Norte do RS
PREVISÃO DO TEMPO
Ar tropical mantém instabilidade no RS nesta terça
POLÍTICA
Renan diz que acionará PF no STF e que ministro age como "chefete de polícia"
Polícia do Senado confirma varredura na residência oficial de Cunha
BM dispersa protesto contra PEC do teto de gastos
Meirelles faz maratona nos tribunais e com empresários
PRF recupera em Porto Alegre joias roubadas em Santa Catarina
Edilson rechaça pedir desculpas a Dourado e afirma: “Foi revide”
Grêmio treina com reservas e se prepara para semifinal da Copa do Brasil
INTER
Aylon faz críticas fortes a Edílson: "Foi uma atitude covarde"
Inter pode ter reforço de dois titulares contra Atlético-MG na Copa do Brasil
BRASILEIRÃO
América-MG vence o Atlético-PR e Grêmio segue a um ponto do G6
POLÍTICA
Presidente da Câmara promove jantar para garantir votos na PEC 241
Cpers entrega na Assembleia pedido de impeachment de Sartori
Presidente Silvana Covatti, da base aliada do governo, prometeu "atenção especial" com o pedido
Dólar chega perto de R$ 3,12 e fecha no menor valor desde julho de 2015
FARROUPILHA
Acidente envolvendo três carros e caminhão deixa um morto
Morre Jorge Batlle, presidente do Uruguai de 2000 a 2005
Político de 88 anos sofreu queda em casa e estava internado há dez dias
ONU critica fracasso no plano de retirada de feridos no conflito da Síria
TV
Atores comentam estreia da sétima temporada de “The Walking Dead”
Diretor de "Deadpool" deixa segundo filme por diferenças com Ryan Reynolds
Bill Murray recebe o maior prêmio de humor dos Estados Unidos
Metallica divide palco com Neil Young e faz cover do Clash em evento beneficente
Banda gaúcha Alpargatos está na fase final de votação para tocar no MECAInhotim
Exposição gratuita em Porto Alegre celebra a trajetória de Zoravia Bettiol
Mostra no Margs estreia nesta terça e fica com visitação até dezembro
Nenhum comentário:
Postar um comentário