Não conseguiu pagar o cartão de crédito? Veja 8 dicas para renegociar a dívida

por Ana Lis Soares

Com juros de quase 440% a.a, o ideal é fugir da dívida do cartão. Mas, se não deu para pagar, prepare-se para negociar
É raro encontrar uma pessoa que não tenha, pelo menos, um cartão de crédito na carteira, pois ele torna o pagamento mais fácil, seguro e cômodo. Uma pesquisa divulgada pela PwC no início de março deste ano mostrou que 78,5% dos brasileiros afirmaram que o cartão de crédito é a opção de pagamento mais usada, ficando à frente do dinheiro e do cartão de débito. Mas o cuidado com o pagamento das faturas deve ser redobrado, uma vez que os juros podem chegar a 439,5% % ao ano. Porém, se houve algum imprevisto e você não tenha conseguido pagar uma fatura, pode surgir a dúvida de como resolver o problema.
Para isso, reunimos dicas importantes para a renegociação da dívida. A primeira? Não tenha vergonha ou medo de procurar seu credor: ele tem tanto interesse no pagamento tanto quanto você.
“O diálogo é a base de todo o tipo de relacionamento, seja ele pessoal, profissional ou comercial. As administradoras não têm interesse em perder o cliente, assim como ele também não tem interesse em ficar sem um serviço que pode auxiliá-lo quando precisar. Portanto, para que a dívida não vire uma bola de neve, e o consumidor continue tendo dor de cabeça, o mais indicado é procurar a administradora do cartão para renegociá-la”, aconselha o diretor de Marketing e Relacionamento da Sorocred, Wilson Justo.
1. Coloque as contas no papel
Nesse momento, é muito importante que você tenha certeza de todo o dinheiro que dispõe: quanto ganha com descontos, quanto somam outras contas e, por fim, quanto tem disponível para o pagamento desta dívida. Afinal, para começar uma negociação, é necessário saber qual sua base e seu teto.
2. Busque renegociar pessoalmente
Se possível, fuja do telefone e busque renegociar a dívida pessoalmente. “Se você só ligar, provavelmente encontrará um atendente que insistirá no pagamento do valor mínimo da fatura, o que é um suicídio financeiro, porque, dessa forma, estará alimentando um monstro que não tem como parar. O ideal é procurar a administradora do cartão ou falar com um gerente de pessoa física do seu banco”, diz Dori Boucault, consultor financeiro especialista em direitos do consumidor.
De acordo com o consultor, atendentes telefônicos são menos flexíveis para a renegociação, insistindo em valores “astronômicos”.
3. Exija o Custo Efetivo Total (CET) da dívida do cartão
É seu direito pedir o chamado Custo Efetivo Total da dívida, que te deixará ciente do valor que realmente será cobrado: o total com juros, encargos, taxas e impostos. Dessa maneira, você não corre o risco de se iludir e aceitar uma oferta que não conseguirá pagar (que parecerá menor do que é).
4. Só aceite uma proposta que seja viável
Caso contrário, mesmo que você consiga pagar uma ou duas parcelas, pode encontrar dificuldade mãos a frente e cair em outra dívida, que será ainda pior.
5. Não está satisfeito com a negociação? Continue-a
Lembre-se que ambas as partes – você e a administradora – têm interesse em resolver o impasse da dívida. Assim, vale a pena investir no diálogo e continuar a negociação até que ela seja interessante a você.
6. Chegou a um acordo? Exija parcelas fixas
Se você chegou num ponto de entendimento com a administradora, feche o acordo com um documento em que conste, de maneira muito clara, que o pagamento será feito com parcelas fixas – o que te garante a fugir de parcelas que aumentem ao longo do tempo.
“Isso é muito importante. A pessoa só deve assinar um documento com esta condição. Ela deve fugir de pagar no rotativo”, afirma Dori.
7. Busque formas mais baratas de pagamento
É claro que o ideal é que você consiga pagar a dívida com seu dinheiro depois de fazer uma boa negociação. No entanto, a escolha por um empréstimo com juros menores do que o cartão de crédito, como crédito consignado, por exemplo, pode ser aconselhável. Há administradoras de cartões que também oferecem este serviço e é uma decisão a ser pesquisada e considerada.
8. Busque a Justiça
Se nada der certo e a negociação não chegar a um acordo interessante, uma saída é buscar a Justiça: quem sabe, por meio do poder judiciário, você não consiga atingir um valor possível de ser pago?
Por fim, se você está na situação de credor, mas ainda se sente inseguro para começar uma negociação da dívida, os especialistas consultados pelo iG aconselham a busca da ajuda de profissionais tais como advogados e contadores que possam te orientar da melhor forma possível. “O importante é resolver a questão, fugir de ser reincidente e inadimplente”, finaliza Dori.
Fonte: IG Notícias - 18/04/2016 e Endividado

 

 

Contra Temer, PT ensaia proposta de nova eleição: 7 destaques para começar a terça-feira bem informado

 

1. Para desgastar Temer, PT ensaia proposta de nova eleição
Cientes de que a deposição de Dilma Rousseff ganhou força, lideranças do PT incentivam a convocação de novas eleições presidenciais em 2016. Além de impedir que o vice-presidente Michel Temer governe por dois anos, o pleito teria condições de pavimentar um eventual retorno ao Palácio do Planalto de Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera pesquisas eleitorais.

2. Deus, golpe, família e Brasil: as palavras que marcaram os discursos na Câmara
A sessão extraordinária da Câmara, que aprovou a continuidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff, mostrou ao país discursos inflamados a favor e contra o afastamento da presidente, usando palavras-chave em cada um dos 511 votos computados. A mais utilizada foi "Brasil", segundo levantamento de Zero Hora, que contabilizou, pelo menos, 301 citações, sendo 260 por deputados que disseram "sim" e 41 vezes por quem disse "não" ao impeachment. Confira as palavras mais citadas nos discursos dos parlamentares.

3. Ministro do STF chama Sartori para conversar sobre a dívida
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin chamou o governador José Ivo Sartori para uma reunião em Brasília nesta terça-feira. Fachin proporá uma mediação entre a União e os estados que conseguiram liminar diminuindo o juro da dívida. Além de Sartori, foram convocados os governadores de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e Minas Gerais, Fernando Pimentel.

4. Presidente da Anatel diz que era da internet ilimitada acabou
O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Resende, afirmou nesta segunda-feira que a era da internet ilimitada acabou, segundo o jornal Folha de São Paulo. A agência afirmou que não há mais possibilidades para que as operadoras ofereçam serviços sem uma limitação, o que obrigará o segmento a migrar para o modelo de franquias. 

5. Grêmio enfrenta o Toluca pela última rodada do Grupo 6 da Libertadores
O Grêmio entra em campo às 21h45min, na Arena, na sua última partida da fase de grupos da Libertadores. Já classificada, a equipe enfrenta o Toluca com o que tem de melhor, buscando um melhor posicionamento na classificação geral. Bolaños já treina com os companheiros, mas deve voltar a ser relacionado apenas na quinta-feira.

6. Inter trabalha em busca de reforços
Enquanto segue na preparação para o jogo contra o São José, sábado, pela semifinal do Gauchão, o Inter também trabalha na montagem do grupo para a disputa do Brasileirão. E o próximo alvo é o volante Anselmo: o jogador do Joinville, 27 anos, foi um dos destaques do time catarinense no Brasileiro do ano passado.

7. Chuva intensa deve causar alagamentos nas áreas central e sul do Estado
Nesta terça-feira, devem ocorrer precipitações com grandes volumes na Fronteira Oeste, Campanha, Vale do Jaguari e região Sul. Há risco para novos alagamentos, sobretudo no extremo Sul. Na segunda-feira, as cidades de Santa Vitória do Palmar e Chuí enfrentaram transtornos pelo excesso de chuva. Há potencial para rajadas de vento acima dos 70km/h em todo o Rio Grande do Sul. Nas faixas norte, noroeste e na maior parte da central, como na cidade de Porto Alegre, o céu continua com variação de nebulosidade e sem chuva. As temperaturas permanecem em elevação, com máximas que oscilam entre 24 e 35°C nestas áreas.

 

PT: a democracia como valor monetário

Por Mario Sabino

Em 1990, eu passei por uma experiência curiosa e esclarecedora: editei a revista Teoria & Debate, do PT. Tinha 28 anos, estava desempregado e um amigo me convidou para esse trabalho. Eles não precisavam de um petista – jamais fui simpatizante do partido ou filiado –, mas de um jornalista que soubesse editar. Recém-casado, durango, aceitei o convite. 

Eu era um estranho no ninho, mas fui bem recebido. Tanto que continuei a editar a Teoria & Debate, na condição de freelancer, por mais algum tempo, mesmo depois de empregado na Istoé.

Eu lia aqueles artigos extensos, escritos numa língua próxima ao português, e procurava lhes dar alguma sintaxe na sua falta de sentido intrínseco e extrínseco. Eu dizia que não era possível que eles ainda acreditassem em "luta de classes" e minhas observações eram ouvidas com sorrisos condescendentes. Eu fazia piadas sobre a "redenção da classe operária" e eles riam. Eu colocava poesias de grandes autores na quarta capa e eles aceitavam.

Eles, no caso, eram o baixo clero da máquina do partido com quem eu lidava no cotidiano. Meu contato com o alto clero – os intelectuais petistas, integrantes do conselho editorial da revista – era esporádico. Vez por outra, havia uma reunião para definir a pauta e o meu papel era escutar calado o que discutiam.

Lembro que uma questão aparentemente não superada pelo PT naquele momento era se a democracia era um "valor estratégico" ou um "valor universal". Traduzindo: se aceitar as regras democráticas consistia apenas numa forma para chegar ao poder – e, em seguida, implodir a coisa toda, a fim de instituir a "ditadura do proletariado" –, ou se era possível revolucionar a sociedade dentro da moldura estabelecida institucionalmente pela "burguesia". O contexto mundial era o da recente queda do Muro de Berlim e o esfacelamento do que os petistas chamavam de "socialismo real" no Leste Europeu (uma distopia que queriam fazer renascer como utopia).

Passados quase trinta anos, constato que, para o PT, a democracia sempre foi um valor monetário.

Uma vez no poder, o PT tentou apodrecer a democracia para enriquecer ilicitamente a casta dirigente do partido.

Uma vez no poder, o PT tentou putrefazer a democracia para desgovernar o país por meio da compra de aliados circunstanciais.

Uma vez no poder, o PT tentou ulcerar a democracia para conquistar votos através da distribuição de migalhas a pobres desassistidos eternizados como pobres assistidos.

Em resumo, o PT raspou os bigodes stalinista e trotskista para tascar um bigodão sarneyzista no seu discurso socialista.

O primeiro item da lista de bons propósitos deste jornal

O Antagonista nasceu em 1 de janeiro de 2015, no dia da posse de Dilma Rousseff. Temos de reproduzir, mais uma vez, nosso primeiro post, intitulado "Rolando rampa abaixo": “Dilma Rousseff sobe a rampa do Palácio do Planalto”... [leia na íntegra]

A índole petista

O Estadão diz que “o PT demonstra mais uma vez que não aprendeu nada – ao contrário, trata de reafirmar de forma clara a sua natureza autoritária. Justamente no momento em que o País clama por serenidade, para que a transição se dê da maneira mais civilizada possível, eis que os petistas ameaçam o País com a violência que resume sua índole... [leia o texto completo]

Veja mais: O fim dos blogs do PT
- A fonte de Lula
- Um consolo para o PT
- Perto do fim
- Dilma pedala diárias da PF

Dilma, Lula e a mania de "fazer o diabo"

O senador Ricardo Ferraço tem razão: Dilma tem costume de fazer (ou ao menos desejar fazer) o diabo para conquistar o que quer. Em julho de 2015, ela disse à Folha que não cairia de forma alguma e se comprometeu a "fazer o diabo" para conter a recessão. Antes, em março de 2013, em pronunciamento em João Pessoa, defendeu que na hora da eleição vale "fazer o diabo". Só para citar dois exemplos... [veja na íntegra]
- "Dilma fará o diabo no Senado"

Chamem o Lula

Nesta segunda-feira, os ministros ligados a Lula – Jaques Wagner, Edinho Silva, Ricardo Berzoini - querem que Dilma Rousseff ponha o rabo entre as pernas e volte correndo para Porto Alegre. José Eduardo Cardozo discorda: ele quer que Dilma Rousseff continue colecionando derrotas, assim como ele próprio sempre fez... [leia na íntegra]
- Moro está esperando
- Julgamento de Lula está mantido

 

Temer esmaga dentro do PMDB

No PMDB, como publicamos, foram 59 votos a favor do impeachment, contra apenas 7 contra. Michel Temer é o grande vencedor também dentro do seu partido. Renan Calheiros, não se atreva a tentar melar o impeachment no Senado... [leia mais]

Veja também: O ministro da Fazenda de Temer
- Não demore, Temer

Dilma não tem estratégia

Como já dissemos aqui, Dilma tem apenas 21 votos no Senado, embora precise de 41. Já o PMDB conta 45 votos e Michel Temer já mostrou que sabe fazer contas. Na reunião da manhã com Ricardo Berzoini e José Eduardo Cardozo, a petista reconheceu ser "muito difícil reverter a onda contra o governo no Senado", diz o Estadão... [Leia o texto completo]
- Dilma se vitimiza

Cerveró pede desculpas a Moro

Nestor Cerveró pediu desculpas por ter mentido a Sérgio Moro quando depôs na primeira vez antes de firmar delação premiada. O delator depôs por 1h30 e confirmou que ganhou o cargo na BR Distribuidora como retribuição por ter ajudado a pagar dívidas da campanha de reeleição de Lula em 2006.

Não tenha medo, senadora

Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, cotada para assumir a relatoria da comissão do impeachment no Senado, disse há pouco da tribuna que recebeu no celular diversas mensagens ameaçadoras nas últimas horas. Acione o Senado, a Polícia Federal, mas não tenha medo, Ana Amélia... [veja mais]

- O trâmite do impeachment no Senado
- Cunha entrega impeachment a Renan

48 horas para Renan

O Senado já tem os votos necessários para abrir o processo de impeachment. Renan Calheiros não pode esperar mais do que 48 horas. Dilma Rousseff tem de ser afastada o quanto antes.

Leia também: Os náufragos
- Risco Renan

Quanto pior para Dilma, melhor para o país

Dilma Rousseff se repete num discurso sem qualquer relevância. Insiste em dizer que é alvo da campanha do "quanto pior, melhor". A petista está certa num ponto: quanto pior para ela, melhor para o Brasil.

Leia também: Dilma injustiçada
- Dilma indignada
- Código Dilma
- “A sociedade humana não gosta”

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