Torcedor do Inter nega ter cometido injúrias raciais contra Fabrício

Vinicius Paixão, de 27 anos, afirmou que está à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos
Torcedor negou ter feito injúrias raciais contra Fabrício | Foto: Ricardo Giusti
Torcedor negou ter feito injúrias raciais contra Fabrício | Foto: Ricardo Giusti


O torcedor colorado que aparece nas imagens xingando Fabrício após a expulsão contra o Ypiranga nega ter feito injúrias raciais contra o jogador. Vinicius Paixão, de 27 anos, afirmou em entrevista à Rádio Guaíba nesta sexta que usou palavrões para xingar o lateral do Inter, mas que em nenhum momento falou a palavra “macaco”.

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“Eu tenho 27 anos, sou sócio do Inter e frequento o Beira-Rio desde 1993. Sou fanático, mas sei respeitar o outro. Assim como o estádio inteiro ficou irritado, eu xinguei ele com vários nomes que não posso falar aqui, mas naquele momento do vídeo é c... Se vocês analisarem o vídeo da transmissão do jogo fica claro, fiquei até surpreso quando vi que até a imprensa interpretou de outra forma”, afirmou Vinicius.

O torcedor disse que no dia seguinte ao jogo recebeu mensagens de vários amigos que brincaram com a situação dele ter xingado Fabrício. Vinicius Paixão, no entanto, garante que ninguém levantou a suspeita sobre o ato racista e disse que isso só ocorreu após a postagem do vídeo em uma página do Facebook relacionada ao Grêmio.

“Fiquei muito chateado. Durante o jogo muitos amigos mandaram mensagens dizendo que tinham me visto xingando o Fabrício, mas em um clima de descontração. No entanto, em momento algum alguém mencionou que eu havia feito ato racista. No trabalho também brincaram comigo, sempre pelo lado positivo. Ontem quando cheguei em casa vi no Facebook que havia uma distorção. Tem uma página ligada ao Grêmio que pegou o vídeo e distorceu o que foi digo”, afirmou.

“Sou negro, minha esposa é negra. Se eu tiver um filho um dia ele vai ser negro. Em nenhum momento iria ofender o Fabrício porque seria uma ofensa a mim também. Estou à disposição de qualquer órgão, não fiz nada de errado e vou fazer qualquer esclarecimento necessário”, completou o torcedor, que garantiu não ter sido procurado por ninguém ligado ao Inter.

Rádio Guaíba e Correio do Povo

Polícia Civil abre inquérito para investigar morte de menor em comunidade do Rio


Flavia Villela Edição: Denise Griesinger
A Delegacia de Homicídios da capital fluminense instaurou inquérito na manhã de hoje (3) para apurar as circunstâncias da morte de Eduardo de Jesus Ferreira, 10 anos, uma das quatro vítimas baleadas nos últimos dois dias, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro. Foi feita perícia no local, e parentes do garoto foram ouvidos.
Os agentes também investigam a morte de Elisabete Alves de Moura Francisco, baleada dentro de casa na tarde de quarta-feira (1º), assim como a filha, que ficou levemente ferida. Os policiais estão ouvindo parentes e testemunhas. Policiais militares foram chamados para prestar depoimento e tiveram as armas apreendidas para confronto balístico.
Ontem (2) à noite, moradores foram às ruas protestar contra a violência e os abusos cometidos por policias militares nas comunidades. Tiroteios e mortes têm sido parte da rotina dos cerca de 70 mil moradores das 15 comunidades do complexo desde o início do ano.
De acordo com a Unidade de Polícia Pacificadora de Nova Brasília, no Complexo do Alemão, as mortes ocorreram devido a confrontos com bandidos armados. Um policial atingido por estilhaços ficou ferido e depois foi medicado.

Agência Brasil




 

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