A balança comercial – diferença entre exportações e importações – registrou déficit de US$ 868 milhões na quarta semana de janeiro, informou, há pouco, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O resultado elevou para US$ 2,33 bilhões o déficit acumulado no ano.
Apesar do desempenho negativo, o déficit da balança comercial está menor do que no mesmo período do ano passado. Nas quatro primeiras semanas de 2014, o país tinha importado US$ 3,651 bilhões a mais do que tinha exportado. Tradicionalmente, o indicador registra resultados negativos em janeiro.
A queda no déficit é explicada pelo fato de as importações estarem caindo em ritmo maior que as exportações. No acumulado do ano, o país exportou US$ 10,557 bilhões, queda de 9,4% pela média diária em relação a janeiro de 2014. As importações somaram US$ 12,887 bilhões, com recuo de 11,8%, também pela média diária.
A queda nas exportações nas quatro primeiras semanas de janeiro está sendo puxada pelos produtos manufaturados, cujas vendas caíram 18% principalmente por causa de automóveis, óleos combustíveis, motores e geradores elétricos.
As vendas de produtos semimanufaturados subiram 3%, impulsionadas pelo óleo de dendê em bruto, semimanufaturados de ferro ou aço e ferro fundido. As exportações de produtos básicos caíram 6%, por causa de minério de ferro, carne bovina, carne suína e arroz em grão.
Segundo o ministério, nas importações, o recuo foi maior nas compras de cereais (-40,7%), de combustíveis e lubrificantes (-33,3%), de veículos automóveis e partes (-24,4%) e de leite e derivados (-20,7%).
Juiz da Lava Jato nega tortura psicológica contra empreiteiros
Sérgio Moro enviou ofício ao Supremo Tribunal Federal
Advogados de executivos adotaram como estratégia de defesa afirmar que prisões são parte de tortura psicológica | Foto: Ricardo Borges / Folhapress / CP Memória
MEC deve reabrir esta semana sistema para inscrições no Fies
Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso
Qualidade é pressuposto para manutenção de diálogo com instituições, diz o secretário Luiz Cláudio Costa Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Ministério da Educação (MEC) deve abrir nesta semana o sistema informatizado para inscrições do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), conforme informou hoje (26) o secretário executivo da pasta, Luiz Cláudio Costa. O site do programa está fora do ar para adequação às portarias editadas pelo MEC, em dezembro do ano passado, alterando regras do Fies.
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Com as mudanças, passa a ser exigida nota mínima de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para obter o financiamento. Além disso, o estudante não pode ter tirado 0 na redação. Antes, era preciso apenas ter feito o exame.
A portaria proíbe ainda que o aluno acumule bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni) e o financiamento em cursos diferentes. A complementação das bolsas parciais no mesmo curso e na mesma instituição continua sendo permitida.
As instituições de ensino superior privadas ficaram insatisfeitas com as mudanças e buscam diálogo com o MEC. De acordo com o secretário, o diálogo com as instituições será mantido, seguindo o pressuposto da qualidade. “O ministério dialoga, como sempre faz, com todo os setores, mas dentro do pressuposto da qualidade. O diálogo é permanente”, disse Costa, acrescentando que esta é a orientação do ministro da Educação, Cid Gomes.
“O primeiro compromisso do ministro Cid Gomes com o Ministério da Educação é com a qualidade. É o que também espera a sociedade. Temos de ter muita atenção para que nossos jovens tenham mais oportunidades na educação superior, mas sempre com esse pressuposto da qualidade.”
No último dia 21, a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) recorreu à Justiça contra as alterações. A federação protocolou mandado de segurança coletivo, pedindo liminar protetiva para que as mudanças não sejam aplicadas.
Redução da pobreza na América Latina está estagnada, aponta Cepal
Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger
São 167 milhões de pessoas, das quais 71 milhões estão na extrema pobrezaMarcello Casal/Arquivo/Agência Brasil
A pobreza atingiu 167 milhões de pessoas na América Latina em 2014, o equivalente a 28% da população latino-americana. Destes, 71 milhões, ou 12% dos habitantes da região, estão na extrema pobreza, de acordo com estimativas do Panorama Social da América Latina 2014, divulgadas hoje (26) pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
O relatório mostra que a situação da pobreza na região vem se mantendo estável desde 2012, quando afetou 28,1% da população. Em 2013, o índice também foi 28,1%. Já a extrema pobreza na América Latina aumentou de 11,7%, em 2013, para 12%, em 2014. Segundo a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, a alta dos preços dos alimentos e a desaceleração econômica da região são alguns dos fatores para essa estagnação. “A pobreza persiste sendo um fenômeno estrutural e, desde 2012, a redução da pobreza estancou-se.”
Para Alicia, a recuperação da crise financeira internacional “não parece ter sido aproveitada suficientemente para o fortalecimento de políticas de proteção social que diminuam a vulnerabilidade diante dos ciclos econômicos.” Segundo ela, em um cenário de possível redução dos recursos fiscais disponíveis na região, são necessários mais esforços para assegurar as políticas sociais.
No Brasil, de acordo com o organismo regional, a pobreza caiu de 18,6% da população, em 2012, para 18%, em 2013. Já a extrema pobreza aumentou: de 5,4% para 5,9%. Segundo o diretor do escritório da Cepal no Brasil, Carlos Mussi, dos cerca de 34 milhões de brasileiros que estão na pobreza, 11 milhões estão em situação de extrema pobreza.
“O aumento dos preços dos alimentos tem impacto forte na indigência no Brasil e na América Latina. Ainda que o mercado de trabalho brasileiro tenha seu dinamismo, este vem diminuindo”, disse Mussi.
Para Alicia, o desempenho brasileiro vai depender muito “da intensidade e da duração do ajuste fiscal”. “Até o momento, a Cepal não detectou redução no mercado laboral, mas pode ser que [o ajuste] tenha algum impacto no mercado de trabalho”. Para ela, a retomada do crescimento, a manutenção do investimento e das políticas anticíclicas e a geração de emprego são importantes para a redução da pobreza.
O relatório ainda recomenda o “desenho de uma nova geração de políticas sociais associadas ao investimento com instrumentos e mecanismos que aumentem sua eficácia, eficiência, impacto e sustentabilidade”, e um foco maior nos jovens e nas mulheres.
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