Carne é ′vilã′ da inflação pelo terceiro mês, mostra prévia do IPCA

IPCA-15 ficou em 0,38% em novembro, segundo o IBGE.
Energia elétrica, aluguel e gasolina também pesaram no indicador.

A inflação calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) ficou em 0,38% em novembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador é considerado uma prévia do IPCA, que é o indicador usado pelo governo para as metas de inflação.
A taxa de novembro é 0,10 ponto percentual inferior à de outubro, quando ficou em 0,48%. No acumulado em 12 meses, o indicador ficou em 6,42%, também abaixo dos 6,62% nos 12 meses até outubro.
Impactos
Pelo terceiro mês seguido, as carnes foram o principal impacto no IPCA-15: com alta de 1,9%, o item foi responsável por 0,05 ponto percentual da taxa de inflação. Outros alimentos também ficaram bem mais caros de um mês para o outro. A batata inglesa, por exemplo, subiu 13,85%, enquanto o tomate ficou 12,12% mais caro.
Em contrapartida, outros alimentos tiveram queda nos preços: cebola (-12,49%), farinha de mandioca (-2,98% e leite longa vida (-2,89%) ficaram mais baratos). Com esses resultados, a inflação dos alimentos ficou em 0,56% no mês, abaixo dos 0,69% de outubro.
Também contribuíram para a taxa de inflação de novembro itens como energia elétrica, que ficou 1,17% mais cara, e aluguel, com alta de 0,62% – responsáveis por 0,03 ponto percentual no IPCA-15 cada um. Com isso, o grupo habitação teve alta de 0,56% em novembro.
A gasolina, que subiu 0,68%, e o conserto de automóvel (+1,68%), por sua vez, foram responsáveis por 0,03 ponto percentual cada, e pressionaram o grupo transportes, que teve alta de 0,2%, apesar da queda nos preços de outros itens como passagem aérea(-2,35%) e ônibus interestadual (-0,50%).
O aumento de 0,68% no preço da gasolina, segundo o IBGE,  refletiu parte do reajuste de 3% que passou a vigorar nas refinarias a partir de 7 de novembro.
Outros 0,03 ponto percentual da taxa do IPCA-15 veio do grupo saúde e cuidados pessoais (de 0,37% em outubro para 0,36% em novembro), influenciado pelo item plano de saúde, que subiu 0,77% no mês.
Fonte: G1 notícias - 19/11/2014 e Endividado

 

Desempenho da indústria alcança 50,8 pontos, com leve melhora em outubro

 

Daniel Lima - Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo

indústria

Indústria registrou leve melhora em outubro, de acordo com dados da CNIArquivo/Agência Brasil

O desempenho da indústria teve uma leve melhora em outubro, informou hoje (20) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os dados estão na Sondagem Industrial e mostram que, pela primeira vez em 11 meses, o indicador de evolução da produção ficou acima da linha divisória dos 50 pontos: alcançou 50,8 pontos. A escala varia de 0 a 100.

A CNI informou também que o ritmo de queda do número de empregados diminuiu e o indicador de utilização da capacidade instalada aumentou de 72% em setembro ante 73% de outubro. Mesmo com a melhora, na avaliação dos técnicos, “a atividade industrial segue fraca, abaixo da observada no mesmo mês de anos anteriores": tradicionalmente, outubro e novembro são meses de maior atividade na indústria.

Os dados mostram também que, em outubro do ano passado, o indicador de evolução da produção era 54,5 pontos. Em 2014, ficou em 50,8 pontos. As grandes empresas foram responsáveis pelo aumento da produção, na comparação com setembro.

O indicador de evolução do número de empregados ficou em 47,1 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos, quando em outubro do ano passado era 49,9 pontos. O estoque efetivo em relação ao planejado ficou em 51 pontos, acima da linha divisória dos 50 pontos, o que indica que as empresas estão com estoques indesejados.

Para os próximos seis meses as expectativas dos empresários industrias continuam negativas. A Sondagem Industrial mostra que o indicador de expectativas em relação à demanda ficou em 50 pontos, o de quantidade exportada recuou para 48,2 pontos, o de número de empregados ficou em 47,9 pontos e o de compras de matérias-primas chegou a 46,4 pontos.

A pesquisa foi feita entre 3 e 12 de novembro, com 2.236 empresas. Do total, 892 são pequenas, 801 médias e 543 de grande porte.

 

Agência Brasil

 

 

Quedas da Petrobras na bolsa preocupam trabalhadores

por LUISA BRASIL

Especialistas recomendam cautela a quem tem ações, entre eles 66 mil cotistas do FGTS
Diante da turbulência que tomou conta da Petrobras nos últimos dias, analistas trabalham com uma palavra de ordem quando se trata de decidir o que fazer com as ações da petrolífera: cautela. No período, a companhia acumulou perdas sucessivas em seus ativos, provocadas pelos desdobramentos da operação Lava-Jato, entre eles o adiamento do balanço financeiro da companhia. Ontem, as ações preferenciais (sem direito a voto) fecharam em queda de 1,19%, a R$ 11,94, a menor desde março, quando o papel caiu a R$ 11,84. As ordinárias passaram a valer R$ 12,45, com queda de 1,19%.
A instabilidade afeta diretamente 66 mil trabalhadores que possuem dinheiro do Fundo de Garantia (FGTS) aplicado em cotas da empresa. Quem optou por trocar a rentabilidade baixa do fundo (3% ao ano) pelas ações fez bom negócio até agora. Segundo cálculos de Mário Avelino, do Instituto Fundo Devido ao Trabalhador, quem aplicou R$ 1 mil em 2000, por exemplo, hoje tem R$ 1.882,70 de acordo com o rendimento do FGTS. Já quem optou pelas ações tem R$ 2.790,50. Ele não recomenda que o trabalhador venda as cotas, a menos que possa sacar o dinheiro imediatamente.“Quando você vende, o dinheiro não vai para seu bolso. Ele volta para o fundo, onde desvaloriza”, afirma.
Para Mauro Calil, fundador da Academia do Dinheiro, a orientação depende de quando o FGTS estará disponível para saque. Segundo ele, se o acionista não for se aposentar nos próximos cinco anos, o melhor é deixar o dinheiro aplicado na empresa. “A Petrobras paga dividendos de 3% a 5% ao ano, o que já é mais que o rendimento do FGTS”, afirma. Para quem vai se aposentar em menos de dois anos, ele orienta a venda dos papéis.
“Neste caso, o melhor é aproveitar uma semana de alta e retirar, para não ficar com essa dor no estômago”. Ele diz ainda que o cenário mais complicado é para o trabalhador que vai se aposentar num prazo de três a quatro anos, pois é difícil prever o que acontecerá com a companhia neste período. “Pode ser interessante vender parcialmente, mas não existe resposta exata”, afirma.
A mesma cautela vale para os acionistas que não têm o ativo vinculado ao FGTS. Segundo Cássia Inez Pontes, analista da Lopes Filho Consultoria de Investimentos, o saque só é recomendável a quem não pode suportar mais riscos. “Se o investidor teve sangue frio até agora, é melhor ele esperar. O alento que tem é acreditar no aumento da produção”, afirma.
A analista não recomenda a compra dos papéis agora mesmo com os preços em níveis baixos. Cássia avalia que o momento é muito nebuloso para prever a recuperação. “O papel não está caindo só por causa da corrupção. É bom esperar a divulgação do novo plano de negócios, pois os valores do câmbio e do barril de petróleo do plano atual são diferentes dos valores que estão em vigor”, avalia.
Bovespa fecha em alta
Após fechar em queda durante três dias seguidos, a Bovespa teve alta de 1,57% no pregão de ontem a 52.061 pontos. As maiores valorizações foram da BR Malls ON, que subiu 5%, a R$ 17,22, e do Bradesco ON, com alta de 4,77%, a R$ 35,51.
A Vale pressionou o índice para baixo, com quedas de 4,71% (Vale PNA N1) e 4,05% (Vale ON N1). A Eletrobrás caiu 3,69%. A estatal do setor de energia vem acumulando fortes baixas nos últimos dias e ainda repercute o balanço publicado na segunda-feira, que apontou um prejuízo de R$ 2,73 bilhões no último trimestre.
Fonte: O Dia Online - 19/11/2014 e Endividado

 

 

Lava Jato: juiz autoriza compartilhamento de dados com órgãos de controle

 

André Richter - Enviado Especial da Agência Brasil/EBC Edição: Talita Cavalcante

Operação Lava-Jato

Juiz autoriza compartilhamento de dados da Lava Jato com órgãos de controlePolicia Federal/divulgação

Saiba Mais

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela investigação da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, autorizou o compartilhamento dos dados da apuração com órgãos de fiscalização do Poder Executivo. No entanto, informações sigilosas que podem resultar em novas investigações ainda não serão repassadas.

De acordo com a decisão, os dados das investigações colhidos na sétima fase da operação serão compatilhados com a Receita Federal, o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) – órgão responsável por identificar movimentações financeiras.

Segundo o juiz, o trabalho dos órgãos de controle poderá contribuir para as investigações. "Portanto, diante de indícios de crimes financeiros, fiscais e ante os indícios de possível cartelização, o compartilhamento dos elementos probatórios colhidos na investigação criminal deve ser deferido por ter por objetivo primeiro viabilizar a própria investigação criminal desses fatos, não sendo, portanto, estranho aos propósitos da apuração em questão."

 

Agência Brasil

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