Com 239 casos confirmados, Paraguai já não tem pacientes na UTI por coronavírus

País registrou nove mortos pela Covid-19 desde o começo da pandemia

Abdo disse que a redução dos casos é consequência direta da drástica decisão adotada no dia 10 de março de decretar uma quarentena obrigatória

O Paraguai já não tem pacientes com a Covid-19 em unidades de terapia intensiva, anunciou o presidente Mario Abdo Benítez nesta quarta-feira, em entrevista coletiva. "Podemos dizer que hoje não temos uma só pessoa em terapia intensiva" devido ao novo coronavírus, declarou Abdo ao lançar uma plataforma virtual na qual a população poderá controlar o destino das verbas destinadas ao combate à pandemia.
No total, o Paraguai tem 239 infectados e 9 mortos pela Covid-19. Abdo disse que a redução dos casos é consequência direta da drástica decisão adotada no dia 10 de março de decretar uma quarentena obrigatória e paralisar as atividades não essenciais, três dias após o registro do primeiro caso no país, "antes mesmo das medidas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde". "Estamos bem e vamos ficar melhor", afirmou o presidente.
A partir de 4 de maio o Paraguai adotará a chamada "quarentena inteligente", um retorno gradual às atividades de trabalho e lazer com medidas de distanciamento social e higiene. Mas o governo decidiu manter o fechamento das fronteiras e implementar o ensino a distância até o mês de dezembro.
A quarentena obrigatória, que será mantida até o próximo domingo, só permite sair de casa para ir a mercados, farmácias e bancos.


AFP e Correio do Povo

Esquema especial é criado para evitar filas na CEF de Uruguaiana (RS)

Aglomerações para retirada de auxílio emergencial preocuparam prefeitura e MP



Após dois dias em sequência de filas imensas nos quarteirões do entorno da Caixa Econômica Federal, em Uruguaiana, reunião entre o Ministério Público Estadual e Prefeitura definiu modificações para evitar aglomeração no acesso. De acordo com o prefeito Ronnie Mello a rua da instituição - Bento Martins -, será bloqueada no trecho entre as ruas General Câmara e Domingos de Almeida, sendo o trânsito desviado, a partir desta quinta-feira, às 6h. A agência abrira às 8h.
Haverá ainda sinalizações no chão para que se cumpram as medidas de distanciamento social previstas no decreto municipal. Conforme o documento do Executivo, a orientação é que as pessoas fiquem distantes dois metros umas das outras nas filas. Pelo menos 15 fiscais municipais com apoio do Exército Brasileiro organizarão o espaço que contará com barracas e demarcações. 
A Caixa chegou a distribuir 730 fichas aos beneficiários que só terminaram de ser atendidos à tarde. Algumas pessoas amanhecem na fila em busca do auxílio emergencial de R$ 600,00. Uma senhora, na quarta-feira, desmaiou sendo socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Correio do Povo

Como vai funcionar o processo no STF para investigar as acusações de Moro contra Bolsonaro

Tudo sobre a demissão de Sergio Moro do Ministério da Justiça

Por Kelli Kadanus

►Se o presidente for indiciado, ele sofre alguma consequência?

A princípio, não. “O simples indiciamento não é capaz de gerar, por si só, de sujeitar o Presidente da República a consequências restritivas como o afastamento das suas funções, cujas hipóteses estão expressamente previstas na Constituição”, explica Tomaz.

 
►A abertura de eventual ação penal contra o presidente depende de autorização do Congresso. Se houver essa autorização e o presidente virar réu, ele é afastado?

Caso a PGR ofereça uma denúncia contra o presidente, caberá ao STF enviar a denúncia à Câmara dos Deputados. O presidente da Câmara, então, envia uma notificação ao Palácio do Planalto e remete a denúncia à Constituição de Constituição e Justiça (CCJ).

Na CCJ, o presidente da República tem prazo de dez sessões do Plenário para apresentar sua defesa. Depois disso, ou caso não se manifeste, a CCJ tem prazo de cinco sessões do Plenário para votar o relatório.

A decisão da CCJ, de recomendar ou não a autorização para abertura do processo no STF, é apenas uma instrução. Independente do parecer aprovado na CCJ, o caso segue para o Plenário da Câmara.

Na sequência, o presidente da Câmara deve pautar a denúncia para votação na próxima sessão do Plenário. A votação é feita por chamada nominal. São necessários os votos de dois terços dos deputados (342) para que seja aprovada pelo Plenário a autorização de abertura de processo contra o presidente da República por crime comum.

A autorização aprovada pela Câmara segue para a análise do plenário do STF, onde os ministros decidem se aceitam ou não a denúncia da PGR.

“O afastamento poderá ser de até 180 dias e ocorre da seguinte maneira: se é caso de crime comum, só haverá o afastamento se a denúncia for recebida pelo Supremo; se é caso de crime de responsabilidade, será afastado desde a instauração do processo político no Senado. Em qualquer circunstância, não sendo finalizado o julgamento em 180 dias, cessará o afastamento”, explica Tomaz.

 
►Quem assume o governo caso Bolsonaro seja afastado?

Caso o presidente seja afastado para responder a um processo no STF, quem assume a presidência é o vice, general Hamilton Mourão (PRTB). Se for absolvido ao final do processo, Bolsonaro volta ao cargo de presidente.

Em caso de condenação, Mourão assume a presidência de maneira definitiva até as próximas eleições.

 
►Se Bolsonaro for condenado, ele perde o cargo automaticamente? O Congresso opina?

Se for condenado, o presidente pode ser afastado definitivamente do cargo e perder os direitos políticos. Segundo Oliveira, a decisão não cabe ao Congresso. A Câmara autoriza apenas a abertura de uma ação penal contra o presidente.

Segundo Tomaz, a perda do cargo não é automática em caso de condenação. “No caso de crime comum, as penas são as previstas no Código Penal e a perda do cargo não é automática, dependendo, portanto, do crime atribuído, da pena cominada e de critérios especiais de dosimetria penal. E neste caso, a perda do cargo não seria exatamente a sanção penal, mas uma consequência da suspensão dos direitos políticos em razão da condenação penal transitada em julgado”, explica.

 
►Se não forem encontradas provas suficientes para oferecimento de denúncia contra o presidente, Moro pode ser responsabilizado?

Sim. No pedido de abertura de inquérito, Aras pede que sejam apurados eventuais crimes cometidos por Moro, como denunciação caluniosa, corrupção passiva e crime contra a honra.

Segundo Thomaz, Moro ainda pode ser investigado com o agravante de ter cometido crime contra o presidente da República. “Assim, se não restar comprovada a sua acusação contra o presidente, poderá responder, em tese, pelos crimes de denunciação caluniosa e crimes contra a honra, com os agravamento próprios dos crimes praticados contra o Chefe de Estado e de Governo”, explica o advogado. do Povo. Todos os direitos reservados.

 
►Moro responde a um eventual processo no STF ou em primeira instância, já que não tem prerrogativa de foro?

Segundo Tomaz, se a ação penal for instaurada contra o ex-ministro Sergio Moro, ele deve responder perante Justiça Federal, e não no STF.

 
►Se Celso de Mello não concluir a investigação/ ação penal até se aposentar, em novembro, o que acontece?

Celso de Mello, que é relator da investigação, se aposenta compulsoriamente do STF em novembro deste ano. Em uma transmissão a vivo organizada pela Necton Investimentos, o ministro Gilmar Mendes estimou que a investigação possa ser concluída antes disso, em três ou quatro meses.

Caso isso não aconteça, de acordo com o regimento interno do STF, o ministro indicado por Bolsonaro para a vaga de Celso de Mello herda todos os processos deixados por ele.

Mas houve pelo menos um caso no STF em que isso não aconteceu. Quando o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, morreu em um acidente de avião, quem herdou a relatoria dos processos não foi Alexandre de Moraes, indicado a vaga de Zavaski pelo ex-presidente Michel Temer (MDB).

A relatoria da Lava Jato foi sorteada entre os ministros e caiu nas mãos de Edson Fachin. Então presidente do STF na época, Carmen Lucia alegou que o tema era urgente e não poderia aguardar o processo de nomeação de um novo ministro.

Gazeta do Povo

Petrobras tem 510 casos confirmados de Covid-19

Ministério de Minas e Energia afirma que números de casos contempla os funcionários diretos e de empresas terceirizadas da estatal

Petrobras tem 510 casos de Covid-19

O boletim divulgado esta semana pelo MME (Ministério de Minas e Energia) confirma 510 casos de covid-19 entre os trabalhadores da Petrobras. Este número contempla os funcionários diretos e de empresas terceirizadas. Segundo a estatal, até o dia 24 deste mês, eram 184 de um total de 46.416 empregados diretos. Há 1.301 casos suspeitos na companhia.
Nesta quarta-feira (29), a FUP (Federação Única dos Petroleiros) denunciou que, entre os casos de empregados com a doença, estão funcionários que trabalham em sete plataformas da Bacia de Campos, no norte do estado do Rio de Janeiro. Segundo a FUP, seriam as plataformas P-26, P-50, P-18, P-35, P-20, P-33 e P-62.
Em nota, a entidade afirma ter recebido denúncias através de um canal criado pelo Sindipetro-Norte Fluminense (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense). “Diariamente de dois a três trabalhadores embarcados têm deixado seus postos de trabalho nas plataformas com sintomas da doença. Há relatos crescentes de trabalhadores com medo e psicologicamente abalados”, informa a FUP.
Procurada pela Agência Brasil, a Petrobras reforçou que está realizando testes pré-embarque em todos os aeroportos e que está em contato permanente com os sindicatos para tratar sobre medidas preventivas. Nesses encontros, a empresa informou que atualiza as entidades sobre o número de casos da doença provocada pelo novo coronavírus.
“A companhia monitora todos os casos suspeitos entre nossos colaboradores, dentro ou fora das nossas unidades, desde o primeiro reporte de sintomas. Tomamos todas as medidas preventivas para evitar o contágio nesses casos e orientamos o colaborador e seus familiares por meio das nossas equipes de saúde, seguindo as definições das autoridades sanitárias”.

Agência Brasil e Correio do Povo

Os testes e sua utilidade no combate à Covid-19

Diferentes tipos de procedimento têm funções específicas na luta contra doença

Testes são fundamentais no enfrentamento ao novo coronavírus

Existem vários tipos de testes em uso ou desenvolvimento para combater a Covid-19, cada um com uma função específica: diagnosticar, conhecer a porcentagem da população infectada e medir o grau de imunidade do indivíduo.

Testes de RT-PCR

Utilizados desde o início da pandemia, esses testes virológicos servem para diagnosticar e, portanto, saber se o paciente está infectado no momento em que é realizado. A Coreia do Sul baseou sua estratégia de controle da epidemia no emprego massivo desses testes, além de colocar em quarentena os casos positivos e rastrear as pessoas que estiveram em contato com eles.
É por isso que a capacidade de um país de realizar testes de diagnóstico suficientes é um critério decisivo para um desconfinamento bem-sucedido. A técnica utilizada, chamada RT-PCR, é um método de detecção do genoma do vírus. Ela procura o vírus nas secreções do paciente. A amostra é coletada inserindo um swab, um topo de cotonete, profundamente no nariz ou na boca, dependendo do país.
A amostra pode ser coletada em laboratório de análises, no hospital, mas também em um "drive", ou seja, em um estacionamento onde a pessoa permanece dentro de seu veículo. O resultado leva algumas horas.
A técnica de RT-PCR é confiável, mas o teste deve ser realizado corretamente, sob risco de obter um falso negativo. Portanto, o swab deve ser inserido profundamente. Além disso, se um paciente é diagnosticado muito cedo durante a fase de incubação ou no final da doença, a quantidade de vírus pode ser insuficiente para ser detectada. A porcentagem estimada de falsos negativos é de 30%, ou seja, 3 em cada 10 pacientes.

Testes de sorologia

Esses testes são baseados em uma análise do sangue e buscam determinar se o indivíduo esteve em contato com o vírus em algum momento do passado, detectando os anticorpos, ou seja, a resposta do sistema imunológico.
Há algumas semanas havia grandes esperanças sobre esses testes para determinar até que ponto uma população havia sido imunizada, o que ajudaria o processo do fim de confinamento. Mas os cientistas disseram que ainda não há certeza se uma pessoa que produziu anticorpos foi imunizada e protegida contra reinfecção e, se sim, por quanto tempo.
Além disso, a confiabilidade desse tipo de teste ainda não foi determinada. No futuro, esses testes permitirão determinar qual proporção de uma população foi infectada com o SARS-CoV-2 e, portanto, também conhecer a real taxa de mortalidade.

Testes de neutralização

Esses testes também são exames sorológicos, mas sua lógica vai além. Visam não apenas detectar a presença de anticorpos, mas também medir sua eficácia contra o vírus.
Por exemplo, o Instituto Pasteur na França desenvolveu dois modelos. "Um deles usa vírus de verdade, portanto seu manuseio é delicado e deve ser realizado em laboratórios P3 de segurança máxima. Outro usa pseudovírus" que não são infecciosos e fáceis de usar, explica Olivier Schwartz, chefe da unidade de vírus e imunidade do Instituto Pasteur.
Este tipo de teste está sob investigação. "Outros trabalhos serão necessários para determinar a quantidade de anticorpos neutralizantes que podem contribuir para a proteção, bem como sua persistência ao longo do tempo", segundo o Instituto.

Como prevenir o contágio do novo coronavírus 

De acordo com recomendações do Ministério da Saúde, há pelo menos cinco medidas que ajudam na prevenção do contágio do novo coronavírus:
• lavar as mãos com água e sabão ou então usar álcool gel.
• cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir.
• evitar aglomerações se estiver doente.
• manter os ambientes bem ventilados.
• não compartilhar objetos pessoais.

AFP e Correio do Povo