Justiça de São Paulo decreta o bloqueio de R$ 800 milhões das contas de Joesley Batista


Motivo é o suposto lucro obtido com a venda de dólares às vésperas da divulgação da gravação com Temer.

Renata Vasconcellos aparece de "roupão" no Jornal Nacional e vira meme na internet

Figurino da apresentadora causou estranhamento no público

Por: Michele Vaz Pradella


Renata Vasconcellos aparece de "roupão" no Jornal Nacional e vira meme na internet TV Globo/Reprodução

Foto: TV Globo / Reprodução

Em tempos de redes sociais, até mesmo o figurino dos jornalistas vira notícia. Foi o caso de Renata Vasconcellos, que virou assunto na internet após aparecer na chamada do Jornal Nacional com uma roupa bem diferente.

Roupão? Robe? Quimono? O público estranhou, e logo começaram as piadas e montagens nas redes sociais:

"No jornal Nacional você vai ver que a reforma da previdência você vai poder trabalhar em casa, ate de roupão, como eu estou agora". pic.twitter.com/mm4hQH5BcC

¿ Sonsa 8 (@SonsaAbrao) May 31, 2017

E a Renata Vasconcellos resolveu apresentar o #JN usando um pijama/camisola de seda... pic.twitter.com/7RW52WTRFH

¿ PARADINHA DO ABC (@cassio_comce) May 31, 2017

Renata está usando quimono? #JNpic.twitter.com/hXBtzBNj4n

¿ RODRIGO ALBUQUERQUE (@RodrigoOuniko) May 31, 2017

Já vimos Renata Vasconcellos de robe. Agora só falta o @realwbonner de toalha. pic.twitter.com/hJwM6QFFfk

¿ Thiago da Hora (@thiagodahora_) May 31, 2017

Na hora do programa, Renata já estava com outra roupa. A troca de figurino também movimentou a internet:

Com medo de perder o emprego figurinista do Jornal Nacional manda Renata Vasconcellos trocar de roupa #JNpic.twitter.com/oF2OP0cicF

¿ Noveleiro Compulsivo (@NNoveleiro) May 31, 2017

Boletim do #JN
A internet sacaneou tanto que a Renata Vasconcellos trocou a roupa HAHAHAHAHAHAHAHA pic.twitter.com/Ass3TdjuiX

¿ Vinícius Sacramento (@vinnybrandt) May 31, 2017


Zero Hora

Morre o ex-prefeito de Porto Alegre Sereno Chaise

Braço direito de Leonel Brizola por mais de 55 anos, Chaise tornou-se um personagem marcante na história política do Estado

Por: Zero Hora


Morre o ex-prefeito de Porto Alegre Sereno Chaise Daniel Marenco/Agencia RBS

Na carreira política, Sereno foi vereador, prefeito e deputado estadualFoto: Daniel Marenco / Agencia RBS

Aos 89 anos, morreu nesta quinta-feira (1º) Sereno Chaise, ex-prefeito de Porto Alegre cassado pela ditadura. Ele, que vinha tratando de uma insuficiência renal, estava internado no Hospital Mãe de Deus e teve falência múltipla dos órgãos. O velório está previsto para ocorrer a partir das 18h no Cemitério Parque Jardim da Paz e o sepultamento, às 10h desta sexta-feira.

Braço direito de Leonel Brizola por mais de 55 anos, Chaise tornou-se um personagem marcante na história política do Estado. Trabalhista histórico, era filiado ao Partido dos Trabalhadores desde 2001. Até 2015, foi diretor-presidente da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE).

Filho do fazendeiro Agenor Chaise, um getulista fanático, Sereno nasceu em Soledade. Despertou para a política em 1946, quando ingressou na Ala Moça do PTB, na Capital. Foi lá que conheceu Brizola. A afinidade foi tanta que, dias depois, passaram a dividir quarto em uma pensão. Nos anos seguintes, a amizade se solidificou. Sereno coordenou a vitoriosa campanha de Brizola à prefeitura e, mais tarde, foi secretário na gestão do amigo no Piratini. Até que, em 1963, elegeu-se prefeito da Capital.

O mandato, porém, durou poucos meses. Em abril de 1964, Sereno foi preso pelos militares. Um mês depois, teve os direitos políticos cassados. No dia seguinte, cumpriu expediente na prefeitura. Enquanto aguardava os militares, limpava as gavetas. Mas ninguém apareceu. Então, reuniu os funcionários, despediu-se e saiu. Pela porta da frente.

Apesar da insistência do presidente deposto João Goulart e de Brizola, nunca pensou em exílio. E isso o fez ser preso mais vezes. Ainda em 1964, escreveu da cadeia uma carta ao povo: "Sou homem de atitudes claras: não tolero a violência, não pactuo com o arbítrio e não me conformo com as injustiças".

A cassação causou uma reviravolta em sua vida. Desempregado, advogou e até comandou restaurantes na Capital. Com a Anistia, em 1979, recuperou os direitos políticos e fundou o PDT ao lado de Brizola.

De protagonista de aliança histórica a vilão no rompimento com Brizola

Chaise (de paletó claro) junto de Leonel BrizolaFoto: Ver Descrição / Agencia RBS

Sereno presidiu a sigla no Estado de 1991 a 1999. A pedido de Brizola, costurou a aliança com o PT, em 1998, que levou Olívio Dutra (PT) ao Piratini. Dois anos depois, o enlace foi estopim para dar uma guinada em sua carreira política. Ao lado de militantes como Dilma Rousseff, Sereno apoiou Tarso Genro (PT) em vez de Alceu Colares (PDT) no segundo turno da eleição para a prefeitura.

O rompimento foi inevitável. Chateado com as críticas – inclusive de Brizola – e convicto de sua posição por considerar o projeto de Collares contrário ao trabalhismo de esquerda, Sereno escreveu uma carta ao "comandante", que se recusou a lê-la. Então, o ex-prefeito divulgou o texto na imprensa, criticando o velho amigo. Em 2001, a fotografia de Sereno foi sacada da galeria de honra do PDT. O retrato voltaria dois anos e nove meses depois ao diretório. Mas Sereno, não. Naquele ano, decidiu filiar-se ao PT.

Até então inabalável, a relação com Brizola estremeceu. Eles selaram trégua. Em 2004, quando o amigo morreu, Sereno deu sinais de que lamentava vê-lo partir sem que se reconciliassem:

— Sempre temi sofrer essa dor.

Para o ex-prefeito, que era casado com a advogada Rosane Zanella, fidelidade e lealdade sempre foram mantras. Chaise teve três filhos (um já falecido) do primeiro casamento e deixa sete netos

A trajetória de Sereno

1928
Em 31 de março, nasce em Soledade.

1946
Estudante, vira amigo de Brizola após conhecê-lo na Ala Moça do PTB.

1951
Elege-se vereador na Capital pelo PTB.

1954
Coordena a bem-sucedida campanha de Brizola à prefeitura.

1958
Eleito deputado estadual, se reelege no pleito seguinte.

1964
Em abril, três meses após assumir a prefeitura da Capital, é preso pelos militares. No mês seguinte, o regime cassa seus direitos políticos por 10 anos.

1979-1980
Recupera os direitos políticos com a Anistia. Com a volta de Brizola do exílio (abaixo, os dois em São Borja), participa da fundação do PDT.

1991
Assume a presidência do PDT no RS. Em 1994, concorre a governador e fica em quarto lugar.

2000
Ao decidir apoiar Tarso Genro (PT) em vez de Alceu Collares (PDT) para a prefeitura, rompe com Brizola e abandona o PDT. Em 2001, filia-se ao PT.

2003
Com a eleição de Lula, ingressa como diretor financeiro na Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE). Em 2006, vira diretor presidente da estatal.


Zero Hora

Em videoselfie, Marchezan critica "falta de coragem" de vereadores que mantiveram reajuste de salários

Após retirar projeto por falta de apoio na Câmara, prefeito pediu, no Facebook, que eleitores cobrem de seus vereadores compromisso com o ajuste financeiro da prefeitura

Na manhã seguinte à sessão na Câmara de Vereadores em que o governo desistiu de votar um projeto para desobrigar a cidade a repassar automaticamente a inflação ao salário dos funcionários públicos, o prefeito Nelson Marchezan criticou os parlamentares contrários à proposta.

Em vídeo postado no Facebook às 7h14min, Marchezan disse que a falta de apoio prejudica o ajuste das contas da prefeitura, que em junho fecharão no vermelho pela primeira vez no ano. A obrigação de reajustar os salários dos servidores no mínimo pela inflação, segundo ele, tem impacto de R$ 96 milhões no caixa.

– Essa falta de coragem de alguns vereadores impossibilitou que a gente pudesse pegar esses R$ 96 milhões e não comprometer com aquilo que é impossível de pagar e que não é, neste momento, a prioridade da nossa cidade – disse.

No início da semana, a prefeitura anunciou que os salários de junho do funcionalismo serão parcelados, fato lembrado pelo prefeito no vídeo:

– A gente não vai ter dinheiro para pagar os salários dos servidores, nem recursos pra pagar os fornecedores ou as nossas conveniadas, mais de 400 que cuidam de mais de 30 mil crianças.

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Ao final dos cerca de seis minutos da mensagem, Marchezan pediu aos eleitores da cidade que comecem a "pensar como o teu vereador está votando", e como ele pensa "não no discurso de campanha, mas como ele aperta o botão no dia a dia da Câmara". Agradeceu aos "vereadores corajosos, transparentes, porque estes vão nos ajudar e ser prestigiados por nós" e finalizou:

– Vamos ver se os vereadores não tão corajosos começam agora a ter um pouquinho mais de coragem para a gente seguir adiante na mudança necessária.


Zero Hora

Trump anuncia saída dos EUA do Acordo de Paris

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O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (1º) a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris. Assinado por 195 países, em 2015, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, o pacto prevê o esforço para que a temperatura média do planeta sofra uma elevação "muito abaixo de 2°C" até 2100, o que implica em mudanças econômicas.

— A partir de hoje, os Estados Unidos cessarão toda a implementação do Acordo de Paris não vinculativo e os encargos financeiros e econômicos draconianos que o acordo impõe ao nosso país — disse Trump.

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Durante o anúncio, Trump afirmou que os EUA tentarão "fazer um acordo justo sobre o clima".

— O Acordo de Paris é desvantajoso para os Estados Unidos — disse Trump durante a cerimônia.

Segundo o presidente americano, quem absorveria os custos das promessas feitas durante a COP 21 seriam os trabalhadores. Por isso, segundo ele, o pacto é injusto para os Estados Unidos.

A Casa Branca transmite o anúncio:

Repercussões

Antes mesmo do anúncio, grandes empresas americanas já haviam criticado a decisão de Trump, entre elas a petrolífera ExxonMobil, a gigante agroquímica DuPont, a Google, a Intel e a Microsoft.

Assim que o anúncio terminou, o Barack Obama criticou Trump por abandonar o acordo sobre o clima. Segundo o ex-presidente, a decisão faz com que os Estados Unidos "rejeitem o futuro".

"Mesmo na ausência da liderança americana, mesmo que esta administração se una a um pequeno grupo de nações que rejeitam o futuro, estou confiante de que nossos estados, cidades e empresas vão avançar e fazer ainda mais para indicar o caminho e ajudar a proteger o único planeta que temos para as futuras gerações", disse Obama em um comunicado.

Metas globais

Firmado em 2015, após mais de dez anos de negociações para mitigar o efeito da atividade econômica no clima, o tratado foi assinado por 195 países e ratificado por 147, responsáveis por 80% das emissões.

Segundo maior emissor de gases depois da China, os Estados Unidos respondem por 18% do carbono lançado na atmosfera terrestre, ou 6,5 milhões de toneladas por ano. A saída americana torna ainda mais difícil que as metas do acordo sejam cumpridas. A promessa firmada em Paris foi de reduzir o carbono na atmosfera de 69 bilhões de toneladas para 56 bilhões, e negociar metas futuras para manter, até 2100, o aquecimento global no nível tolerável, inferior a 2ºC.

As consequências para o clima da Terra poderão ser, de acordo com o consenso dos cientistas, catastróficas. Derretimento de geleiras, elevação do nível do mar, maior intensidade de eventos extremos como tempestades, enchentes, secas e furacões.

Estudo publicado na revista Nature estima, neste cenário, queda de 23% na renda média global até 2100, com aumento de desigualdade, graças sobretudo ao impacto na atividade agrícola e na produtividade. O Banco Mundial previu que, até 2030, mais de 100 milhões de pessoas podem voltar à pobreza se nada for feito para mitigar as mudanças climáticas.

Nos Estados Unidos, fração considerável da opinião pública e do Partido Republicano rejeita o consenso científico sobre o este impacto e não acredita que a atividade humana tenha qualquer interferência no clima do planeta.


Zero Hora