Mesmo com elevação pela manhã, moeda norte-americana registrou queda de 0,11%
Após alta pela manhã, o dólar perdeu força à tarde, virou e fechou esta quinta-feira, 4, em leve queda, abaixo de R$ 5,45 pela primeira vez após dois pregões. Operadores não viram gatilho específico, mas citam moderação do avanço do dólar no exterior. Também pode ter havido fluxo pontual para a Bolsa, que ganhou força com melhora do apetite ao risco em Nova York.
Com variação de menos de três centavos entre a mínima (R$ 5,4425) e a máxima (R$ 5,4716), o dólar à vista encerrou a R$ 5,4468, queda de 0,11%. A divisa sobe 0,46% nos quatro primeiros pregões de setembro, após recuo de 3,19% em agosto. No ano, cai 11,87%.
As oscilações contidas mostram cautela antes do relatório de emprego (payroll) de agosto nos Estados Unidos, que pode mudar expectativas sobre espaço para o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortar juros neste ano. As chances de redução de 25 pontos-base em 17 de setembro superam 90%.
O PMI de serviços dos EUA, calculado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM), passou de 50,1 em julho para 52 em agosto, acima dos 51 projetados. Leitura acima de 50 indica expansão.
À tarde, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, sinalizou corte de juros ao dizer que deve ser apropriado levar a taxa a nível neutro. Ele acrescentou que o impacto inflacionário das tarifas de Trump começa a surgir, mas não deve ser persistente.
Termômetro do dólar ante seis moedas, o DXY rondava 98,280 pontos no fim da tarde, após máxima de 98,444. O índice sobe pouco mais de 0,40% na semana, mas ainda recua mais de 9% no ano.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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