Luis Guto Miguel é o destaque brasileiro na Brasil Juniors Cup, em Porto Alegre

 Mesmo com 15 anos, tenista goiano compete na categoria até 18 e tem conquistou vaga na semifinal

Guto Miguel é semifinalista do Brasil Juniors Cup | Foto: Luiz Cândido/CBT


De todos os brasileiros que disputam a Brasil Juniors Cup, que se encerra neste domingo, na Associação Leopoldina Juvenil, nenhum tem recebido tanto destaque quando Luís Guto Miguel. Apesar de ter apenas 15 anos, o goiano vem mostrando que a idade não passa de um detalhe, e com certeza não é um empecilho. E disputar a categoria 18 anos serve como uma boa prova disto.

Nesta sexta-feira Guto, classificou-se às semifinais do torneio. O brasileiro aplicou uma “bicicleta” (6/0, 6/0) no argentino Ian Vertberger. Agora, seu adversário será o americano Noah Johnston, dos Estados Unidos. A semifinal ocorre neste sábado, no clube Leopoldina Juvenil.

Natural de Goiânia, Guto como é conhecido no circuito, pegou na raquete a primeira vez aos cinco anos de idade. Sua carreira começou de fato na Copa Guga, onde nas três edições que participou saiu com troféus. Desde então, seus pais notaram o talento do filho. Foi então que o jovem tenista deixou Goiânia em busca de seguir seu sonho.

O garoto foi morar em Brasília. Por lá, ficou em casas de famílias, fazendo bate e volta para sua cidade natal todos os finais de semana durante oito meses. Na capital, conheceu seus atuais treinadores, Kike Grangeiro e Santos Dumont e o trabalho intenso começou. “Desde lá a gente foi fazendo nosso trabalho calado. O meu físico não era muito bom, então eles me botaram na linha,” comentou.

Vitória em Paris

Guto começou a chamar a atenção do mundo do tênis brasileiro após a conquista do Roland Garros Junior Series. Lá, venceu nas chaves masculina e ganhou o wild card para participar do major Juvenil, em Paris. “Em Roland Garros eu sabia que tinha uma oportunidade única. Meu treinador falou: ‘se você ganhar, você joga a chave’ e eu soube aproveitar” comenta.

Apesar de perder na segunda rodada, o torneio foi o pontapé inicial para entrar no circuito e turbinar seu ranking. A partir daí, as giras internacionais começaram e a participação em alguns torneios profissionais e Grand Slams juniors também.

Conciliar a vida profissional e pessoal com essa mudança de vida na adolescência não é fácil. Guto garante ter aprendido a diferenciar os momento das brincadeiras e da concentração. “Eu soube conciliar a hora de focar e de brincar, descontrair, porque agora o tênis parou de ser um hobby e virou um trabalho,” disse.

No próximo semestre o plano é começar a jogar o circuito profissional. No entanto, o foco não é tanto com o ranking e sim a experiência. “O objetivo é buscar um nível maior, para pegar casca e experiência. O resultado talvez não venha agora, mas sim no futuro”, pontua. A prioridade no momento é o torneio disputado. “A expectativa é ser campeão. Mas é jogo por jogo, dar tudo de mim e vamos indo”, finaliza.

Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário