Governo do RS oficializa exoneração de Cliver Fiegenbaum após investigação da PF

 Demissão do ex-diretor administrativo alvo de operação sobre desvio de emendas foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira



O governo do Estado oficializou, em publicação no Diário Oficial desta sexta-feira, a exoneração do diretor administrativo da Metroplan, Cliver Fiegenbaum. No cargo há dois anos, a demissão de Fiegenbaum foi encaminhada na tarde de quinta-feira, após notícias do seu envolvimento em investigações da Polícia Federal.

Fiegenbaum é um dos alvos da Operação EmendaFest, deflagrada nesta quinta-feira, que apura o suposto desvio de emendas parlamentares enviadas ao Hospital Ana Nery em Santa Cruz do Sul.

Segundo a Polícia Federal, o ex-diretor e empresário é suspeito de acordar com o chefe de gabinete do deputado federal Afonso Motta (PDT), Lino Rogério da Silva, o repasse de 6% dos recursos enviados à instituição para uma empresa ligada à Fiegenbaum.

De 2023 a 2024, Motta enviou R$ 1 milhão à instituição por meio de emendas. O hospital repassou pelo menos R$ 509 mil à companhia ligada a Fiegenbaum. Procurado, o ex-diretor não se manifestou.

Servidor ligado à Operação Rêmora também é exonerado

A exoneração do servidor Marcelo Augusto Mallmann também foi publicada no DOE. Marcelo é ligado à outra investigação da PF.

Operação Rêmora, que apurou crimes licitatórios na compra de telas interativas em São Leopoldo, teve como alvo, na sua segunda fase, deflagrada em dezembro de 2024, o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Carlos Rafael Mallmann. A pasta comandada por Mallmann é ligada à Metroplan.

Na ocasião, uma nota emitida pelo governo do Estado afirmava que o servidor em questão (Marcelo Augusto Mallmann), à época dos acontecimentos, atuava no setor privado e que não estava lotado no gabinete do governador. O comunicado também citava Fiergenbaum, que teve o nome ligado à investigação.

Marcelo estava na lotado na Casa Civil e teve sua exoneração “a pedido”, conforme consta no DOE e foi confirmada pelo governo do Estado, que não deu maiores detalhes.

Correio do Povo

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