O país asiático afirma que as medidas violam as obrigações em relação ao status de nação mais favorecida
A China formalizou queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as tarifas de 10% anunciadas no final de semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
Segundo comunicado da OMC, o país asiático afirma que as medidas tarifárias dos americanos violam as obrigações em relação ao status de nação mais favorecida, com base nas normas da entidade de comércio global.
A queixa inicia uma disputa oficial entre as duas maiores economias do planeta no âmbito da OMC. Nos próximos 60 dias, serão realizadas consultas com as duas partes para discutir o assunto e buscar uma solução satisfatória sem a necessidade de um litígio. Se não houver acordo no período, a China poderá solicitar a decisão de um painel.
Na terça-feira, o Ministério do Comércio da China anunciou medidas em retaliação aos Estados Unidos em importações do país. O governo disse que implementará tarifa de 15% sobre produtos de carvão e gás natural liquefeito e de 10% sobre petróleo bruto, máquinas agrícolas e carros de grande cilindrada. As medidas passam a valer em 10 de fevereiro.
No sábado, o presidente americano assinou decretos para impor tarifas de 25% para produtos importados do México e do Canadá e 10% para itens chineses.
A justificativa de Trump para o tarifaço é de que os países vizinhos de empenhavam pouco para conter o tráfico de fentanil e a entrada de imigrantes ilegais nos EUA. Na segunda-feira, México e Canadá anunciaram que iriam reforçar as operações nas fronteiras e Trump suspendeu o tarifaço por um mês.
No caso da China, o republicano se queixa que o gigante asiático não combate o tráfico de insumos para a produção de fentanil para o Ocidente. Pequim nega diz que esse é um problema americano.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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