Exército iraniano disparou quase 200 mísseis no início de outubro, após assassinato de Ismail Haniyeh
O ministro das Relações Exteriores do Irã alertou nesta quarta-feira (16) o secretário-geral da ONU, António Guterres, que seu país está preparado para dar uma resposta "decisiva" que Israel lamentará caso decida atacar a República Islâmica em represália aos lançamentos de mísseis.
O Irã disparou quase 200 mísseis contra Israel no dia 1º de outubro, uma retaliação ao assassinato de um de seus generais e de dois protegidos do país na região: o líder do Hamas palestino, Ismail Haniyeh, em julho em Teerã, e o chefe do Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, em Beirute no mês passado.
O ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, prometeu que o país responderá ao ataque com mísseis de maneira "mortal, precisa e surpreendente".
"O Irã, apesar de todos os esforços para proteger a paz e a segurança da região, está plenamente preparado para uma resposta decisiva a Israel em caso de ataque", afirmou o chefe da diplomacia do país, Abbas Araqchi, em uma conversa com Guterres, informa um comunicado divulgado pelo governo iraniano.
Durante a ligação telefônica, Araqchi também pediu às Nações Unidas que utilizem todos os seus recursos "para deter os crimes e agressões do regime israelense e enviar ajuda humanitária ao Líbano e Gaza".
O chanceler iraniano também conversou por telefone com seu homólogo francês Jean-Noël Barrot na terça-feira, segundo o ministério.
Durante a ligação, Araqchi destacou a necessidade de interromper os ataques israelenses no Líbano e pediu que Israel retire os "obstáculos" que impedem a distribuição de ajuda humanitária aos deslocados.
Na semana passada, Araqchi visitou Líbano, Síria, Arábia Saudita, Catar, Iraque e Omã para tentar reduzir a tensão.
AFP e Correio do Povo
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