DMLU realiza operação de limpeza em vias do bairro Sarandi neste domingo
Materiais de construção e caliça tomam lugar dos móveis antes descartados na frente das moradias atingidas pela águaAs ruas da zona Norte de Porto Alegre atingidas pelas inundações de maio já não guardam semelhança com os primeiros dias após o recuo das águas. O trabalho de limpeza está praticamente finalizado e a remoção dos entulhos deixados na frente das residências é pontual em bairros como Sarandi, Humaitá e Vila Farrapos.
De acordo com o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), persiste o descarte de entulhos por uma parcela da população, o que gera acúmulos pontuais. É o que ocorre, por exemplo, na rua Senhor do Bom Fim, no bairro Sarandi, onde algumas casas concentram, ainda que em menor volume, materiais de construção e restos de caliça e outros resíduos gerados por reformas em andamento.
Ainda no Sarandi, o beco Recanto do Chimarrão e a rua Nossa Senhora Aparecida têm situação mais complicada. Por lá, restos de móveis, podas de árvores, eletrodomésticos descartados após a enchente de três meses e meio atrás.
Para amenizar o problema, o DMLU afirmou que programou para este domingo a limpeza das duas vias. Cerca de 10 garis, com o auxílio de oito caminhões e duas retroescavadeiras, farão a retirada dos descartes, deixados nestes locais, segundo o departamento, de maneira irregular. O serviço de lavagem segue diariamente, conforme o órgão, em vias dos bairros Humaitá e Sarandi, entre 8h e 17h.
De acordo com o órgão, subordinado à Secretaria de Serviços Urbanos da Capital (SMSUrb), o material coletado na zona Norte será encaminhada para o Bota-Espera da Severo Dullius, localizado na rua Sérgio Jungblut Dieterich. Isso porque os depósitos temporários do Complexo Cultural do Porto Seco e da rua Voluntários da Pátria foram encerrados após a suspensão do envio dos materiais para o aterro de inertes de Gravataí.
Apesar de desativados, o material acumulado nestes locais ainda representa transtornos aos moradores das áreas mais próximas. No loteamento Tresmaiense, bairro Humaitá, além da presença de catadores, fumaça branca que se origina das pilhas de resíduos desconfortam a vizinhança.
“Arde os olhos, é fumaça como se estivesse pegando fogo. Tem cheiro e dá dor de cabeça”, conta o vigilante Augusto Ramos, 52 anos, que mora na rua Adelino Machado de Souza, praticamente ao lado do bota-espera.
Conforme o DMLU, “a "fumaça" observada no bota-espera geralmente é um fenômeno temporário, causado pela diferença de temperatura, gerado pela condensação da umidade do ar mais frio, inerente à própria natureza da operação”. O departamento reforça que as unidades são restritas aos envolvidos com a operação, além de ser cercada e monitorada, a fim de impedir o acesso de pessoas não autorizadas.
Sobre a limpeza dos espaços, o órgão afirma que o serviço deve reiniciar nesta semana. Conforme a prefeitura publicou, em edição extra do Diário Oficial do Município (Dopa) do dia 14 de agosto, a empresa MCT Transportes LTDA foi selecionada para retirar o material acumulado no terreno da Voluntários e transportar até o aterro de inertes de Minas do Leão. O prazo de execução estimado é de 45 dias.
Também estão em análise propostas para recolhimento dos bota-espera localizados na avenida da Serraria, bairro Espírito Santo, e junto ao Complexo Cultural do Porto Seco, bairro Rubem Berta. O resultado deve ser publicado nos próximos dias.
Correio do Povo
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