domingo, 11 de agosto de 2024

“O que não pode é desistir”, cita empresária após reabrir loja de flores na Ceasa de Porto Alegre

 Empresa teve prejuízos na estrutura e em produtos durante enchente; casal ainda teve a casa atingida pela cheia em Canoas

Casal reinaugurou comércio atacadista de flores que foi atingido pela cheia na Ceasa/RS 

“Reabrir significa a vitória em uma batalha difícil que o povo gaúcho teve. Mas só nos resta uma alternativa, que é vencer”. A luta da empresária Michele Leites para reabrir sua loja, a Flor e Cor, na Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), representa a reconstrução de pequenas e médias empresas no Estado depois da maior catástrofe climática vivenciada em solo gaúcho. Neste sábado, depois de voltar a abrir as portas nos últimos dias, a empresária realizou uma solenidade de reinauguração da loja.

A reabertura, segundo Michele, só foi possível com a ajuda de amigos, clientes e outras empresas e órgãos que atuam no dia a dia da Flor e Cor. “Os nossos fornecedores entenderam a dificuldade que estávamos passando e nos deram suporte e prazo. O pouco que a gente recebeu logo depois da enchente, nossos clientes e amigos compraram tudo para nos ajudar. Mas no dia que eu vim aqui depois da enchente, a minha vontade era fechar a porta e ir embora. Só que o que a gente não pode fazer é desistir”, destacou.

Aos poucos, a loja que atua há mais de 12 anos na Ceasa/RS segue dando passos para voltar à normalidade. Uma das próximas etapas é a retomada da câmara fria, que ficou destruída com a enchente, conforme o esposo e sócio de Michele, Denilson Gonçalves dos Santos. Ele cita que os prejuízos causados pela cheia passaram de R$ 400 mil, sendo que a maior parte deste valor consiste de produtos que foram destruídos pela água, que atingiu cerca de 2 metros de altura na região.

“Era semana de Dia das Mães quando deu a enchente. A loja estava lotada, principalmente de rosas e ficou tudo aqui. Não conseguimos tirar nada. A estrutura também foi atingida. Tivemos que refazer tudo. Só o que sobrou foram as prateleiras de ferro”, completou Michele.

Além da empresa atingida, Michele e Denilson também foram atingidos pela cheia dentro da própria casa, no bairro Rio Branco, em Canoas. Apesar de todas as perdas, a esperança do pequeno e médio empresário é de que, aos poucos, os negócios voltarão a funcionar e render lucros.


Ceasa/RS celebra retorno de negócios

O presidente da Ceasa/RS, Carlos Siegle de Souza, também fez questão de visitar o casal de empresários na reinauguração da loja. Segundo ele, o esforço feito pela instituição durante a enchente permitiu que os negócios pudessem seguir e voltarem o mais rápido possível para seus pavilhões. “A gente arrumou uma solução provisória em Gravataí para que as empresas pudessem continuar atendendo. E isso foi fundamental para que as empresas pudessem seguir pagando seus funcionários, seus encargos. Sem isso, muitos não teriam conseguido retomar suas atividades”, reforçou.

Ainda conforme Carlos Siegle de Souza, das 395 empresas sediadas na Ceasa/RS, apenas uma ainda não voltou a atender, pois aproveitou o momento para fazer uma reforma no pavilhão. “A casa vai voltar 100% depois dessa calamidade”, finalizou o presidente.

Correio do Povo

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