quinta-feira, 27 de junho de 2024

Fora de casa, moradores enfrentam desafios para recomeçar e temem endividamentos

 Casas da Vila Asa Branca, zona Norte de Porto Alegre, foram totalmente danificadas pela enchente

Moradores da Vila Asa Branca enfrentam desafios após a enchente 

Os moradores da Vila Asa Branca, situada na zona norte de Porto Alegre e uma das áreas impactadas pela enchente de maio no bairro Sarandi, enfrentam desafios significativos na reconstrução após o evento climático e temem futuros alagamentos.

Sandra Barbosa, residente há mais de duas décadas no bairro, lamenta o estado devastador de sua casa, que ainda não pôde ser acessada. "Eu não entrei na minha casa ainda. Ela vai ter que ir para o chão. Está toda demolida”, disse Sandra, que atualmente está abrigada na casa de uma amiga.

Proprietária de um ferro velho, ela expressa frustração com o "apoio insuficiente do governo”, especialmente agora que precisa reconstruir sua vida e aguarda a análise de sua solicitação por auxílio. Ela contou que, apesar de ter sete filhos, sempre lutou sem depender de benefícios governamentais, mas agora está buscando ajuda devido à gravidade da situação. “Esses 5 mil nem dá um pirulito para a criança. Não vai adiantar de nada. As pessoas vão ter que se endividar. As pessoas vão ter que correr atrás. Porque as pessoas vão ter que reconstruir as vidas delas. Uma história toda que ficou para trás”, considerou.

Outra moradora do bairro, Flávia Marinho também lamentou os danos causados pela enchente. Ela revelou que estava em Santa Catarina durante o alagamento e ao voltar ficou devastada ao ver o estado de sua casa. Ela mora com seus filhos e disse que ver o estrago pessoalmente foi muito diferente das fotos que havia recebido.

“Chorei muito. Porque é um sonho da gente. Saí achando que a minha casa estava segura, quando eu cheguei e vi o estado, o chão todo levantado, foi muito triste”. Flávia também mencionou que seu irmão perdeu sua casa e está temporariamente morando com parentes. Ela espera que as autoridades resolvam a situação da casa de bombas e estruturas para evitar danos maiores no futuro.

Jonas Santos já conseguiu voltar para a sua casa, mas a limpeza continua. Ele destacou que o local foi severamente afetado e que está preocupado com a possibilidade de novos alagamentos. “A gente espera que não aconteça de novo, mas o povo fala que vai acontecer”, diz.



Correio do Povo

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