Dados representam um salto durante o primeiro mês completo do governo de Milei, se comparados com os 49% de pobreza e 14% de miséria
Em janeiro, a miséria teria atingido 15% da população, quase 7 milhões de pessoas, de acordo com declarações do especialista citadas pelo Ámbito FinancieroO presidente da Argentina, Javier Milei, acusou a "casta" política de ser responsável pelo fato de que a pobreza atinge 57% da população do país, segundo dados de um estudo acadêmico.
"A verdadeira herança do modelo da casta: 6 em cada 10 argentinos são pobres. A destruição dos últimos cem anos não tem paralelo na história do Ocidente", declarou o presidente ultraliberal na noite de sábado, 17, na rede social X, após a divulgação dos números da pobreza pelo Observatório da Dívida Social da Universidade Católica Argentina (UCA).
O estudo, inicialmente publicado pelo jornal Ámbito Financiero, colocou em 57,4% o percentual de argentinos vivendo abaixo da linha de pobreza, mais de 26 milhões de pessoas.
Ao jornal La Nación deste domingo, 18, o diretor do observatório, Agustín Salvia, esclareceu, no entanto, que se trata de "uma simulação estatística" a partir de dados "do terceiro trimestre" de 2023. Mas "não acredito que estejamos muito longe do que está acontecendo", acrescentou.
Em janeiro, a miséria, segundo o estudo, teria atingido 15% da população, quase 7 milhões de pessoas, de acordo com declarações do especialista citadas pelo Ámbito Financiero.
Os dados representam um salto durante o primeiro mês completo do governo de Milei, se comparados com os 49% de pobreza e 14% de miséria da medição da UCA no último mês do ano, em meio a um forte ajuste fiscal empreendido pelo Executivo.
É também o número mais alto, de acordo com essa medição privada, em 22 anos.
"Se a inflação cair, haverá um alívio rápido. Caso contrário, estaremos diante de uma catástrofe social", alertou Salvia ao La Nación.
Após uma desvalorização de 50% do peso, a liberalização dos preços e fortes aumentos nas tarifas, a inflação na Argentina foi de 20,6% em janeiro e de 254,2% no acumulado dos últimos 12 meses.
AFP e Correio do Povo
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