O ex-senador e ex-ministro tucano Arthur Virgílio declarou apoio à pré-candidatura do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), à reeleição em outubro e teceu duras críticas ao rival dele, o deputado Guilherme Boulos (PSOL).
“[Nunes] tem tudo para evitar que aconteça o que, para mim, seria um desastre, a vitória de uma pessoa com as características do Boulos para governar uma cidade da importância de São Paulo”, disse Virgílio à Folha de S. Paulo nesta terça-feira, 13 de fevereiro.
O ex-senador, que recentemente concedeu entrevista a Crusoé, citou a experiência do prefeito como vice de seu antecessor, Bruno Covas, falecido em 2021.
Em contraponto a Nunes, Boulos não tem “nenhuma” experiência de gestão, lembrou Virgílio.
Segundo o ex-senador, uma gestão do hoje deputado federal seria “igual ou pior” que a de Fernando Haddad (PT), entre 2013 e 2017.
“[Boulos] sempre fez política invadindo prédios, é uma coisa de MST urbano. É uma pessoa que eu não gostaria que dirigisse uma cidade tão importante quanto São Paulo”, afirmou Virgílio.
Frente ampla contra Boulos
O MDB e seu presidente, o deputado Baleia Rossi, alfinetaram a ex-filiada Marta Suplicy, hoje colega de chapa de Guilherme Boulos (PSOL) na pré-campanha para as eleições municipais de São Paulo.
Ao celebrar a primeira reunião que teve com Boulos, em 13 de novembro, Marta publicou uma mensagem pedindo a formação de uma “frente ampla”.
Em reação ao uso do termo tradicionalmente associado ao MDB desde a redemocratização, Rossi defendeu o pré-candidato da legenda, o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
“O termo ‘frente ampla’ é sinônimo de MDB, partido de centro que nasceu como frente contra a ditadura. Em SP, o candidato do MDB, Ricardo Nunes, prepara uma frente com siglas de centro-esquerda, centro-direita e direita (Solidariedade, Avante, PL, PSD, PP, PSDB e Cidadania)”, publicou Rossi no X, antigo Twitter.
O MDB retuitou a publicação do presidente da sigla e acrescentou: “Baleia Rossi ensina que é preciso respeitar a história do Brasil. O partido que sempre atuou em favor da construção de consensos foi o MDB. Para fazer isso, é preciso ser moderado e atuar no centro, e não nos extremos”.
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