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terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Ministro da Agricultura Carlos Fávaro conclama setor para a união e o diálogo

 Ministro anuncia programa para recuperar áreas com pastagens degradadas a fim de ampliar produção e reforça foco na Embrapa

Camila Pessôa


O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta segunda-feira que a pasta ivestirá em um “grande programa” para crescimento da recuperação de áreas de pastagens degradadas. Durante transmissão oficial do cargo, em Brasília, disse que a meta é obter um crescimento em área plantada na ordem 5% ao ano.“Isso significa que, em 20 anos, dobraremos a área plantada brasileira sem derrubar uma árvore sequer”, destacou. O programa será voltado aos pequenos, médios e grandes produtores, e, segundo Fávaro, foi chancelado tanto pelo presidente da República, Luíz Inácio Lula da Silva, quanto pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, e pelo indicado à presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.

Fávaro também afirmou que a prioridade de sua gestão será o fortalecimento da Embrapa para “preparar a agricultura e pecuária para um grande momento de solução do combate à fome e da produção sustentável”. Para vencer esses dois desafios, garantiu que atuará em conjunto com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. “Todos se surpreenderão porque estamos do mesmo lado, teremos a produção mais sustentável do mundo”, afirmou. 

Às entidades ligadas ao setor primário, Fávaro fez um chamado. “Convoco aqui a Frente Parlamentar Agropecuária, o Instituto Pensar Agro, para que tragam lideranças, não para apoiar o governo, mas que queiram construir pontes”, disse. Além disso, indicou a necessidade de preservar o meio ambiente não só para reconstruir relações com a comunidade internacional, mas também para que o setor continue produzindo. 

Sobre a transmissão oficial, o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, afirma que o setor está num contexto de dificuldade, pois há problemas de invasão de terras e proteção demasiada da floresta amazônica que podem voltar com o novo governo. Além disso, teme que as medidas de combate à fome tomem um viés demasiadamente assistencialista. “O assistencialismo traz problemas porque as pessoas são desestimuladas ao trabalho, o que nós temos que fazer é qualificar”, afirma. De acordo com Pereira, o sistema CNA ainda não está dialogando com o novo governo. 

O presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, reconhece a necessidade de o setor atentar ao desmatamento no contexto mundial, mas acredita que o discurso de Fávaro voltou-se ao contexto mato grossense e não reconheceu algumas facetas do agro, como a importância das cooperativas e agroindústrias. “Tem regiões com demandas grandes que precisam ser atendidas, como as atingidas pela estiagem recorrente do Paraná para baixo”.


Correio do Povo

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