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quinta-feira, 23 de junho de 2022

Indefinição cerca lançamento do Plano Safra 2022/2023

 Programa entra em vigor em 1º de julho e pode ser anunciado no próximo dia 29, segundo parlamentares

Patrícia Feiten



A uma semana do encerramento do ano agrícola 2021/2022, ainda não há definição sobre o total de recursos e as condições de crédito para o Plano Safra 2022/2023, que deve entrar em vigor em 1º de julho e está sendo costurado em conjunto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pelo Ministério da Economia, com a colaboração de representantes dos produtores rurais. Entre parlamentares ligados ao agronegócio, a expectativa é que o anúncio seja feito na próxima quarta-feira (29). No ano passado, o lançamento do programa ocorreu em 22 de junho.

No final de maio, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, defendeu a necessidade de um Plano Safra "robusto". Segundo Montes, o volume de crédito do novo programa poderia chegar a R$ 330 bilhões, superando o orçamento de R$ 252 bilhões do plano anterior, e o aporte do Tesouro Nacional para a equalização de juros das linhas subsidiadas ficaria entre R$ 22 bilhões e R$ 23 bilhões. Para o seguro rural, a meta é alcançar um orçamento de R$ 2 bilhões em 2023.

Em vídeo divulgado nesta terça-feira, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR), disse ter se reunido com o ministro para discutir o assunto e destacou o empenho da pasta para destravar o plano. “O ministro está fazendo um trabalho diferenciado junto ao governo e ao Ministério da Economia. Precisamos de um volume de crédito que possa atender principalmente os pequenos e os médios produtores e que tenha taxas de juros acessíveis”, disse Souza.

Independentemente da data de anúncio do plano, fazer com que saia do papel não será fácil, acredita o deputado Heitor Schuch (PSB/RS), presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar. Isso porque, com o aumento da taxa básica da economia, a Selic, o governo precisa destinar mais recursos para cobrir a diferença entre os juros de mercado e os aplicados às linhas do Plano Safra. “O volume de recursos o governo anuncia, depois ele vai ver se tem as fontes”, diz Schuch.

Para o deputado, o ciclo de alta da Selic pode deixar o crédito rural mais caro para os produtores. No último dia 15, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ajustou a taxa de 12,75% para 13,25% e, em ata divulgada nesta terça-feira, sinalizou que poderá determinar novas elevações em suas próximas reuniões, a partir de agosto. “Ao que tudo indica, vão (anunciar) um plano safra recorde, para dar uma boa impressão, e depois o temor é de que faltem recursos logo na frente”, avalia Schuch.

Correio do Povo


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