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sábado, 4 de junho de 2022

Estudo será elaborado para tentar resolver impasse no IPE Saúde no RS

 Por ora, os 992 mil beneficiários terão atendimentos mantido



Uma reunião entre o governador Ranolfo Vieira Júnior com o Ministério Público (MPRS) e representantes de federações hospitalares e hospitais credenciados ao IPE Saúde, nesta sexta-feira, decidiu pela elaboração de um estudo nos próximos 30 dias para resolver o impasse relacionado ao órgão. Por ora, os 992 mil beneficiários terão atendimentos mantidos, de acordo com o governador, após a ameaça das federações em suspender procedimentos eletivos a partir da próxima segunda-feira caso não houvesse avanço nas negociações.

A reunião foi mais longa do que o previsto, terminando após duas horas. Ainda conforme Ranolfo, será criada uma comissão específica para tratar do assunto, que será comandada pelo secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos Júnior, e pelo secretário-chefe em exercício, Bruno de Freitas, que “comandarão as reuniões”. Ranolfo, porém, prometeu acompanhar diariamente a questão, que está “sob a mesa do governador do Estado”, conforme definido por ele próprio. “Vamos trabalhar a várias mãos buscando essa solução”, comentou o governador. 

O passivo do IPE Saúde está acumulado há mais de 90 dias, preocupando os prestadores de serviço, assim como a nova tabela de medicamentos adotada pelo órgão a nível estadual. Conforme o governador, como há um inquérito civil-público em andamento a respeito das tabelas, elas serão mantidas. “Buscaremos outras formas de equilíbrio a partir deste estudo, como reajustes em outras prestações de serviços que estejam defasadas”, disse Ranolfo. Segundo ele, entre as possibilidades, estão a revisão da taxa de logística e na remuneração de diárias, que também serão objetos de estudo.

O procurador-geral de Justiça do Estado, Marcelo Dornelles, disse que a reunião, chamada pelo MPRS, ocorreu no sentido de “articular e mediar uma composição”. “Pelo que vi, haverá avanços. Não vai ficar na situação atual, então já será um grande ganho, porque temos que encontrar uma solução para todo o problema”. Conforme ele, os resultados deste estudo virão “aos poucos”, mas que podem surgir antes deste prazo de aproximadamente um mês. 

O presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul), Cláudio José Allgayer, afirmou que o assunto está sendo tratado “com muita propriedade”. “Nós vamos trabalhar nos próximos 30 dias para que o governo identifique as fontes de custeio e que possa diminuir o passivo, e o segundo ponto é encontrar formas, através da taxa de logística e das diárias, para que possam manter a sustentabilidade econômico-financeira dos hospitais e do próprio plano do IPE Saúde”, disse.

Correio do Povo

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