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terça-feira, 28 de junho de 2022

Desemprego e inflação são as maiores preocupações dos brasileiros sobre a economia

 


O desemprego e a inflação são os principais problemas da economia, segundo a opinião de entrevistados para a 5ª pesquisa de intenção de votos para presidente feita a pedido do BTG Pactual e produzida pela FSB.

A pesquisa, realizada entre 24 e 26 de junho e divulgada nesta segunda-feira (27), entrevistou 2 mil pessoas e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o código BR-05022/2022.

Desemprego e inflação

Sobre os problemas econômicos, os entrevistados podiam dizer quais eram os primeiros e segundos principais problemas que o País enfrenta.

O desemprego foi citado como primeiro problema entre 19% dos entrevistados. O porcentual dos que consideram o desemprego como segundo principal problema também foi de 19% dos participantes, totalizando 38% nas duas categorias.

Já a inflação foi citada como o primeiro principal problema entre 23% dos entrevistados e como o segundo principal problema entre 14% dos entrevistados, totalizando 37%.

Mais da metade considera que a economia está ruim. Perguntados sobre a situação atual, 24% consideram a economia ruim, e 39%, muito ruim, totalizando 63% dos entrevistados.

Já sobre a expectativa em relação à economia daqui a três meses, 35% estão otimistas, enquanto 34% estão pessimistas. A parcela dos que acham que vai continuar igual é de 28%.

A atual situação financeira dos entrevistados é considerada regular entre 43% deles, 28% ruim e 28% boa. Mas 97% deles sentiram a inflação avançar nos últimos três meses.

Nos últimos dez anos, o Brasil ganhou mais de 2,2 milhões de desempregados só nas duas pontas mais sensíveis do mercado de trabalho: de jovens e de profissionais acima de 50 anos.

Na geração mais nova, entre 18 e 24 anos, um em cada quatro jovens está desocupado no País. No outro extremo, cerca de 880 mil pessoas acima de 50 anos perderam o emprego no período. No total, são 7,6 milhões de desempregados nas faixas de 14 a 29 anos e no chamado 50+, segundo pesquisa da consultoria Idados.

Hoje, essas duas gerações são as que mais têm dificuldade para conseguir emprego. O que sobra para um falta para o outro. A mais nova, apesar de ser antenada e tecnológica, não tem a experiência que as empresas pedem.

Os sêniores, por outro lado, têm a experiência e a vivência de trabalho, mas sofrem com o preconceito em relação ao potencial para acompanhar as inovações do mercado e por, supostamente, serem menos flexíveis.

No primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego dos brasileiros entre 14 e 17 anos era de 36,4% – ou seja, mais de um terço dessa população estava sem emprego, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para aqueles entre 18 e 24 anos, as taxas caem um pouco, para 22,8%. Entre os mais velhos, esse porcentual é bem menor, em torno de 7%, mas dobrou nos últimos dez anos. Em 2012, segundo o IDados, o número de desempregados acima de 50 anos era de 508,9 mil pessoas. Hoje, eles são 1,4 milhão de pessoas em busca de uma recolocação.

Apesar da taxa de desemprego desse grupo ser menor comparada à média nacional de 11%, os números escondem uma situação complicada. Sem oportunidades, muitos desses trabalhadores desistem de buscar trabalho, vivem na informalidade ou tentam o empreendedorismo. Há também os chamados “nem nem nem”, aqueles que não trabalham, não buscam emprego e não são aposentados.

O Sul

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