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quarta-feira, 1 de junho de 2022

Bolsonaro e Lula não devem ir a debates no primeiro turno

 


O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) estudam a possibilidade de não comparecer aos debates do primeiro turno das eleições deste ano. Os dois lideram as pesquisas eleitorais com larga vantagem sobre os demais candidatos e são os mais cotados para avançar para o segundo turno.

Nesta terça-feira (31), Bolsonaro afirmou, em entrevista à rádio Massa FM, que ainda está analisando a possibilidade de comparecer aos debates do primeiro turno. Segundo o presidente, ele pode acabar virando alvo de “pancada” dos demais candidatos.

Bolsonaro, no entanto, disse que a participação nos debates do segundo turno está garantida. “Do segundo turno vou participar. Do primeiro turno a gente pensa. […] Os outros dez candidatos vão querer dar pancada em mim. Vamos analisar isso aí. As perguntas tinham que ser alinhadas com quem realiza o debate para evitar baixar o nível.”

Segundo a CNN Brasil, o ex-presidente Lula (PT) não deve participar de debates no primeiro turno caso Bolsonaro não esteja presente.

No começo do ano, o petista havia defendido a adoção de um modelo de debate eleitoral semelhante ao que ocorre nos Estados Unidos, reunido diversos veículos de imprensa em um único debate. Em janeiro, durante entrevista a uma emissora de rádio do Pará, o petista sugeriu que fossem realizados “dois ou três debates”.

“Eu acho que tem que ter um pool de TVs para fazer dois ou três debates, porque não dá para atender cada TV, rádio, rede social, se não a gente se tranca no estúdio. Os debates são importantes para que a sociedade possa fazer a avaliação de que tipo de candidato ela deseja”, afirmou.

Até o momento, pelo menos nove debates estão previstos por veículos de imprensa só no primeiro turno.

Na campanha de 2006, quando era presidente e candidato à reeleição, Lula também não participou de debates no primeiro turno e só compareceu na segunda etapa.

“Não posso render-me à ação premeditada e articulada de alguns adversários que pretendiam transformar o debate desta noite em uma arena de grosserias e agressões, em um jogo de cartas marcadas”, destacava a nota divulgada por ele no último confronto televisivo do primeiro turno, promovido pela TV Globo.

A estratégia de se esquivar de debates já foi adotada por outros candidatos que lideravam pesquisas. Em 1989, por exemplo, Fernando Collor de Mello – hoje senador – faltou no primeiro turno. Em 1994, Fernando Henrique Cardoso também não compareceu a todos. Em 1998, não houve encontros dessa natureza entre presidenciáveis na TV porque as regras previam a participação de todos os concorrentes e as emissoras desistiram de organizar.

Em 2010, Dilma Rousseff (PT) não foi ao debate da TV Gazeta e do Estadão, mas participou de todos em 2014, quando tentava a reeleição. Em 2018, Bolsonaro apareceu em apenas dois. Um mês antes do atentado a faca, sofrido por ele em setembro, coordenadores de sua campanha já o aconselhavam a se ausentar. As informações são da CNN Brasil e do jornal O Estado de S. Paulo.

O Sul

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