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terça-feira, 12 de abril de 2022

Silveira pede para ser julgado só por ministros indicados por Bolsonaro

 Defesa apresentou pedido para que nove ministros do STF sejam declarados suspeitos e não participem de votação


A defesa do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) apresentou um pedido ao Supremo Tribunal Federal para que nove dos onze ministros da Corte sejam impedidos de participar de um julgamento contra o parlamentar, que responde a uma ação penal por ter feito ofensas a integrantes do STF e ameaças a instituições democráticas. 

A ação penal de Silveira está na pauta da STF para ir a julgamento no próximo dia 20. Se for condenado, o deputado pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ficar inelegível por oito anos, com validade imediata. Ou seja, ele ficaria impedido de disputar o pleito deste ano.

No documento enviado ao Supremo, o deputado quer que apenas André Mendonça e Kassio Nunes Marques, indicados pelo presidente Jair Bolsonaro, votem a ação penal. Segundo a defesa, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e o presidente do STF, Luiz Fux, perseguem Silveira e devem ser declarados suspeitos para o julgamento.

No início deste mês, o plenário do STF referendou uma decisão imposta por Moraes contra Silveira, que tinha desrespeitado uma ordem do ministro para que fosse obrigado a utilizar tornozeleira eletrônica. Durante a votação, apenas Nunes Marques e André Mendonça não concordaram com as medidas estabelecidas por Moraes, como multa diária de R$ 15 mil caso o deputado não colocasse a tornozeleira.

Por causa disso, a defesa do parlamentar entende que os ministros que votaram a favor da decisão de Moraes "são interessados direta e indiretamente no caso para punir, a qualquer custo e preço, Daniel Silveira".

"Há prática de perseguição pessoal pelo relator e referendo de decisão ilegal com graves ofensas às prerrogativas, devido processo legal, contraditório e ampla defesa, que caracterizam razões para duvidar da lisura e imparcialidade de quaisquer atos praticados pelos nove ministros supracitados", diz a defesa, no pedido.


R7 e Correio do Povo


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