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domingo, 17 de abril de 2022

Rússia volta a intensificar ataques a Kiev e outras cidades da Ucrânia

 


A Rússia voltou a acelerar os ataques a Kiev e outras cidades da Ucrânia neste sábado (16), depois de mais de 50 dias desde a invasão que iniciou a guerra. O gabinete presidencial ucraniano relatou ataques com mísseis e bombardeios em 8 regiões do país nas últimas 24 horas, informou a agência de notícias Associated Press.

Na região de Kiev, autoridades relataram ter encontrado os corpos de mais de 900 civis, a maioria mortos a tiros, desde que as tropas russas recuaram há duas semanas. Uma fumaça subiu da capital novamente no início deste sábado – quando o prefeito, Vitali Klitschko, relatou um ataque que matou uma pessoa e feriu várias.

O prefeito aconselhou os moradores que fugiram da cidade no início da guerra a não retornarem. “Não estamos descartando mais ataques na capital”, alertou.

Em Lviv, no oeste do país, o governador da região – há muito considerada uma zona segura – relatou ataques aéreos por aeronaves russas que decolaram da vizinha Belarus.

E, em aparentes preparativos para atacar o leste da Ucrânia, a Rússia intensificou o bombardeio de Kharkiv, a segunda maior cidade do país, nos últimos dias.

Neste sábado (16), uma explosão que se acredita ter sido causada por um míssil ocorreu perto de um mercado ao ar livre na cidade, segundo jornalistas da Associated Press no local. Uma pessoa morreu e pelo menos 18 ficaram feridas, de acordo com equipes de resgate.

“Todas as janelas, todos os móveis, todos destruídos. E a porta também”, relatou Valentina Ulianova, moradora de Kharkiv. Na sexta (14), um ataque matou civis e feriu mais de 50 pessoas na cidade, segundo o gabinete presidencial ucraniano.

Mariupol

Já no sudeste do país, a cidade portuária de Mariupol, sitiada, resiste às investidas da Rússia, mas a situação é crítica, disse o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. As tropas russas mantêm um bloqueio no local desde os primeiros dias da invasão.

Neste sábado (16), o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, afirmou que as forças ucranianas foram expulsas da maior parte da cidade, e permanecem apenas na siderúrgica Azovstal.

A captura de Mariupol permitiria que as forças russas no sul da Ucrânia – que subiram pela península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014 – se reunissem totalmente às tropas na região de Donbas, o coração industrial do leste ucraniano.

A batalha pelo controle da cidade tem tido um custo terrível para os civis, encurralados e famintos. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou por mais armas do Ocidente e um embargo global ao petróleo russo, e acusou as tropas russas de aterrorizar civis em cidades ocupadas.

Zelensky também estimou que, desde o início da guerra, 2,5 mil a 3 mil soldados ucranianos morreram, e cerca de 10 mil ficaram feridos. O gabinete do procurador-geral da Ucrânia afirmou, neste sábado, que pelo menos 200 crianças foram mortas e mais de 360 ​​ficaram feridas.

As forças russas também capturaram cerca de 700 soldados ucranianos e mais de mil civis, afirmou a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.

Já a Ucrânia mantém aproximadamente o mesmo número de soldados russos como prisioneiros – e pretende organizar uma troca, mas está exigindo a libertação de civis incondicionalmente, disse Vereshchuk.

Navio russo

Na quinta-feira (14), a Rússia havia acusado a Ucrânia de ferir sete pessoas e danificar cerca de 100 prédios residenciais com ataques aéreos em Bryansk, na fronteira entre os dois países. Depois, o país alertou que intensificaria os ataques a Kiev.

As autoridades ucranianas não confirmaram os ataques à Rússia. Na quinta (14), a Ucrânia reivindicou um ataque ao navio de guerra Moskva, o mais importante da frota russa, que acabou afundando. O naufrágio reduziu o poder de fogo da Rússia no Mar Negro.

O abismo diplomático entre a Rússia e o Ocidente também se aprofundou neste sábado – quando Moscou impediu o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e outros líderes do Reino Unido de entrarem no país, em resposta às sanções britânicas.

O Sul

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