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sexta-feira, 1 de abril de 2022

Ranolfo Vieira Júnior assume em definitivo o governo do Rio Grande do Sul até o fim do ano

 


O Rio Grande do Sul tem um novo governador até o final de dezembro: Ranolfo Vieira Júnior (PSDB). Ele exercia o cargo de vice do também tucano Eduardo Leite (que renunciou ao mandato para tratar de assuntos relacionados às eleição presidencial) e foi empossado em duas solenidades na tarde desta quinta-feira (31), uma na Assembleia Legislativa e outra no Palácio Piratini.

Ranolfo, que completará 56 anos na próxima quinta-feira (7), continuará acumulando a chefia da Secretaria da Segurança Pública. E embora falte uma confirmação oficial, é provável que ele dispute nas urnas (em outubro/novembro) um segundo mandato à frente do Executivo gaúcho – em tal hipótese, não há necessidade de se desincompatibilizar.

Em seu discurso de posse, ele garantiu estar preparado para assumir em definitivo o comando do Estado, função que desempenhou esporadicamente como interino durante períodos de afastamento de Eduardo Leite por motivo de viagem ou férias.

“É uma vida, eu me preparei para isso”, frisou. “Não vamos reinventar a roda. Vamos dar prosseguimento a tudo o que foi feito até aqui. Conseguimos o equilíbrio fiscal e vamos seguir nesta linha. Não me inquietam os desafios, que assumo serenamente.”

Na Assembleia Legislativa, o novo governador se dirigiu aos deputados estaduais e outras autoridades. Foram 20 minutos de fala durante a qual ressaltou, dentre outros aspectos, que pelos próximos nove meses manterá a política fiscal da gestão iniciada em 2019.

“Resistência à demagogia, à solução fácil e à irresponsabilidade na gestão, bem como abertura às mudanças para sair da zona de conforto e enfrentar sem medo os problemas”, mencionou como filosofia de trabalho a ser mantida. “Vamos trabalhar para que o Rio Grande do Sul seja ainda mais competitivo no ambiente de negócios e supere impasses.”

Trajetória ligada à segurança pública

Natural de Esteio (Região Metropolitana de Porto Alegre), Ranolfo Vieira Júnior tem 55 anos (18 a mais que Eduardo Leite), é casado com Sônia há 26 anos e pai de Guilherme, Gustavo e Gabriela.

No que se refere à sua trajetória profissional, é bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Sinos (1996), com especialização em Gestão de Segurança Pública – área com a qual mantém forte vínculo.

Ele ingressou no serviço público na década de 1980, tornou-se delegado de Polícia em 1998 (começando por Rio Grande, no Litoral Sul gaúcho) e comandou o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) por seis anos.

De 2011 a 2014 (durante o governo de Tarso Genro, do PT) exerceu a chefia de Polícia do Rio Grande do Sul – período em que também presidiu o Conselho Nacional da categoria e instituiu o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O currículo inclui, ainda, atividades como professor da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) por quase 15 anos – atualmente está licenciado – e da Academia da Polícia Civil (Acadepol) por dez anos.

Em Canoas (Região Metropolitana), foi o titular da Secretaria Municipal da Segurança Pública e Cidadania em 2017-2018, até ser convidado para compor a chapa como vice-candidato ao governo do Estado. Ele ainda estava vinculado ao PTB mas migrou para o PSDB em setembro do ano passado.

Futuro de Eduardo Leite

Mais jovem governador em atividade no País até esta quinta-feira e um dos mais novos a exercerem o cargo na história política do Rio Grande do Sul, o pelotense Eduardo Leite tinha apenas 33 anos e 10 meses quando tomou posse, em janeiro de 2019. Ele permaneceu 39 meses na chefia do Executivo.

Sua opção pela renúncia foi motivada pelo plano de concorrer à Presidência da República pelo PSDB. Leite quase trocou o partido pelo PSD para disputar o pleito deste ano, já que os tucanos escolheram (via eleição interna, em novembro passado) João Doria como postulante ao Palácio do Planalto – o governador paulista também abdicou nesta quinta-feira, reiterando intenção de se manter candidato.

“É com pesar, mas também com a convicção de que o faço para poder seguir colaborando com o Rio Grande, que, após profunda reflexão, tomei a difícil decisão de renunciar ao mandato que a população gaúcha me outorgou para governar nosso Estado”, escreveu o gaúcho ao protocolar a sua renúncia na Assembleia Legislativa.


O Sul

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