AdsTerra

banner

terça-feira, 19 de abril de 2022

Na aposentadoria, seu imóvel tem papel fundamental; descubra a razão

 por Michael Viriato

1650229696625c81c008724_1650229696_3x2_rt.jpeg

No planejamento para aposentadoria, a venda do imóvel reduz seu esforço de poupança

A maioria das pessoas segrega o imóvel próprio de seu patrimônio financeiro. Esta segregação resulta em consequência para seu planejamento para aposentadoria. Explico abaixo esta consequência e como deve considerar seu imóvel no planejamento financeiro para aposentadoria.

É inegável o desejo de se ter um imóvel próprio. Mas ao contrário do que se imagina, a maioria já conseguiu alcançar este sonho.

 

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) Contínua de 2019, divulgada em maio de 2020, 66,4% dos lares é própria e quitada. Parte da população ainda lidava com financiamento e apenas 18,3% dos brasileiros moravam em imóveis alugados.

Eu, por exemplo, faço parte desta última amostra de brasileiros e não tenho qualquer sonho de ter imóvel próprio. Vou explicar a razão disto em outro artigo, pois hoje vamos falar para os 66,4% que já possuem imóvel e como eles devem considerar este em seu planejamento.

Possivelmente, este imóvel representa entre 30% a 90% do patrimônio do investidor.

A principal consequência de não considerar o imóvel em seu patrimônio financeiro é que na conta para aposentadoria você deve fazer um esforço maior de poupança do que o que de fato seria necessário. Veja a conta.

Considere que tem 45 anos e que deseja se aposentar aos 65 anos com uma renda mensal de R$ 10 mil. Isto significa que precisará ter um valor próximo de R$ 3 milhões a valores de hoje.

Se seu imóvel vale R$ 700 mil e ele representa 80% de seu patrimônio, isto significa que você tem apenas R$ 175 mil em aplicações financeiras.

Para chegar nos R$ 3 milhões em 20 anos, precisará poupar mensalmente R$ 6,5 mil, se considerarmos um juro real (acima da inflação) de 5,5% ao ano.

Esse valor pode ser pesado em seu orçamento e acabar por desestimulá-lo a poupar por já acreditar que não terá condição de atingir a meta.

No entanto, o valor do imóvel deve entrar na conta, pois quando se aposentar, provavelmente vai mudar para uma casa menor e poderá usar o imóvel como fonte de aluguel e renda.

Assim, respondendo à questão no título do texto, considere a possibilidade de vender seu imóvel durante sua aposentadoria de forma a ele servir como base para financiar esta etapa de sua vida.

Vou considerar nos cálculos que seu imóvel vai se valorizar apenas a variação do IPCA (índice oficial de inflação).

Desta forma, a poupança mensal necessária para se chegar ao objetivo para ter a aposentadoria desejada é de apenas R$ 4,5 mil. Uma redução de 30% do comprometimento anterior.

Perceba que no cálculo assumi que o imóvel se valorizava à inflação. De fato, isto não tem ocorrido nos últimos 10 anos segundo a média do índice FipZap.

Logo, considere que seu imóvel pode estar puxando a rentabilidade de seu patrimônio financeiro total para baixo.

Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor

(Siga e curta o De Grão em Grão nas redes sociais. Acompanhe os posts do Instagram.) 

Fonte: Folha Online - 18/04/2022 e SOS Consumidor

Nenhum comentário:

Postar um comentário