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terça-feira, 12 de abril de 2022

LÓGICA DA REALIDADE - 12.04.22

 

Por,  Alex Pipkin


 


Democracia e Estado de Direito, palavras que soam humanísticas e imponentes, principalmente para aqueles que remotamente compreendem seus reais significados.


Em nossa afrodisíaca ilha da fantasia, tais palavras são sistematicamente verbalizadas para sinalizar seriedade e justiça, quando na verdade representam retóricas vazias, a fim de justificar um sistema político, econômico-social disfuncional, manobrado pelos donos do poder despreocupados com “os outros”, focados em seus interesses e de próximos aos seus umbigos.


É ao mesmo tempo corporal e arrebatador pensar que o direito de votar e eventualmente eleger seu candidato - ou ser convencido de que o voto da maioria prevaleceu - irão melhorar e/ou resolver os grandes problemas e dilemas que afligem a vida nacional.


Nelson Rodrigues dizia: “A maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas, que são a maioria da humanidade”.


Com um sistema partidário e eleitoral atrofiado que vigora faz anos, evidente que sabemos de antemão, que quem está a nossa disposição são quase sempre os piores, e que, similarmente, quase sempre logram piorar a vida cotidiana das pessoas e das empresas.


É ilógico acreditar em pessoas sem formação e preparo, com (sem) valores éticos abaixo daquele aparelho do cachorro, rotineiramente envolvidos em corrupção, em crimes, em assassinatos, em negociatas, centrados em verbas para eleições, orientados para privilegiar familiares e amigos, e que focam tempo e recursos para planejar e executar falcatruas, em detrimento de projetos e de leis que comprovadamente atuem para melhorar o ambiente econômico e trazerem mais crescimento econômico e social e prosperidade nacional para todos os cidadãos.


Com tantas evidências e provas cabais do comportamento corrompido e/ou ineficiente dos políticos que aí estão, como acreditar que eles trabalham pelo bem comum e pela promessa da democracia?


Como acreditar que essa “elite” de péssima qualidade irá ir de encontro aos lobbies, aos sindicatos, à manutenção do Estado grande e aos intervencionismos que o agigantam ainda mais e que ceifam as liberdades e os direitos constitucionais dos cidadãos?


Seria muita ingenuidade, e elementar, meu caro Watson, crer em um sistema que seleciona os piores, e em que abundam fatos de corrupção, de incompetência, de politicas públicas equivocadas, de recursos jogados pela janela e de “falta de vontade” política para fazer o que deve ser feito, em especial, em relação a redução do tamanho do Estado e da burocracia estatal, e no alcance do aumento da eficiência do Estado.


Em nível econômico, nossa “grande democracia”, não se compara, por exemplo, a genuína economia de mercado chinesa, embora claramente lá, tenha-se um governo autocrático.


E o nosso alardeado Estado de Direito; só se for “desdireito”.


Nunca houve uma Suprema Corte tão ruim tecnicamente, e pior, tão autoritária. Os juízes sem serem juízes, impõem “a sua verdade”, calam e prendem vozes dissidentes e julgam de acordo com seus próprios interesses.


Pelas abundantes provas a partir de seus julgamentos, muito embora eles queiram legislar, tais interesses são novamente particulares e partidários.


Nos últimos dois anos, vivemos verdadeiro show de horrores em relação ao corte de liberdades individuais e de escassez de criação de um ambiente institucional de segurança jurídica favorável a vida em sociedade, a coesão social, e aos negócios e investimentos.


Novamente, nossa “nobre democracia” tem selecionado muita estupidez e crueldade para fazer parte do seleto quadro de eminentes togados do STF, exímios rasgadores da Constituição cuja qual afirmam proteger.


As massas parecem empolgadas, pois são basicamente duas (segundo as pesquisas); eu confesso que só não desejo a volta do Ali Babá e dos mais de quarenta ladrões. Não tento respeito e afeto, tampouco defendo políticos despreparados, incompetentes e vigaristas.


A “democracia e o Estado de Direito” verde-amarelos, da forma como estão formatados a séculos, contemplando essa elite de péssima qualidade dentro do famoso estamento tupiniquim, tendem a perpetuar uma cada vez maior intrusão do Estado nas nossas vidas, com menos liberdades individuais, mais intervencionismos e mais benesses imorais para o mastodôntico Estado brasileiro, em especial, para o gigantesco, caro e ineficiente Judiciário nacional.


Triste, mas não há o que se fazer, temos que tentar identificar e escolher os menos piores para votar, em todos os níveis.


Apesar de tudo isso, da ilusão, é o que temos no momento, é a lógica da realidade.

Pontocritico.com

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