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segunda-feira, 11 de abril de 2022

França terá segundo turno entre Emmanuel Macron e Marine Le Pen

 


Líder francês termina o primeiro turno à frente, mas pesquisas indicam que duelo com extremista Marine Le Pen em 24 de abril será mais difícil que em 2017, provocando apreensão sobre o futuro da segunda maior economia da UE. Emmanuel Macron e a extremista de direita Marine Le Pen vão se enfrentar no segundo turno das eleições presidenciais francesas. Segundo pesquisa boca de urna Ipsos, Macron recebeu 28,5% dos votos, e Le Pen, 23,6%.

O independente de esquerda Jean-Luc Mélenchon ficou em terceiro lugar, com 20,3%%, após passar os últimos dias pregando “voto útil” para barrar a presença Le Pen no segundo turno. Em quarto lugar ficou independente de extrema direita Éric Zemmour, com 7%, seguido de Valérie Pécresse, da direita tradicional, que conquistou 4,8% dos votos. Cinco pulverizadas candidaturas de esquerda, entre ecologistas e anticapitalistas, receberam cerca de 13% dos votos.

Uma vitória de Macron significaria continuidade em políticas atualmente vigentes na França, enquanto uma vitória de Le Pen anunciaria grandes mudanças em política externa, relação com a União Europeia, finanças públicas e atração de investidores estrangeiros.

A reconstrução tanto da direita quanto da esquerda dependerá muito de como as eleições presidenciais e parlamentares vão se desenrolar.

O que está em jogo

Cinco anos atrás, Macron derrotou Le Pen com 66,1% dos votos no segundo turno, com eleitores de todos os matizes apoiando o recém-chegado centrista para derrotar a candidata de extrema-direita.

Para este ano, a avaliação é que Macron teria se recusado a debater com opositores e investido pouco em campanha. Ainda assim, o presidente se manteve firme em primeiro lugar nas pesquisas, embora com um eventual segundo turno possivelmente mais disputado do que em 2017.

Dentre as propostas da campanha atual, ele anunciou a promessa de aumento da aposentadoria para os 65 anos, reformas no seguro-desemprego e mercado de trabalho, relançamento de reatores nucleares, além de investimento em energia ecológica e objetivo de alcançar a neutralidade carbônica até 2050.

Já para Le Pen, a estratégia foi buscar apoios importantes. Embora ainda seja fortemente contrária à entrada de novos imigrantes no país, a suavização do seu tom em tópicos emblemáticos como o Islã e o euroceticismo (especialmente após o Brexit) tem sido amplamente divulgada, no esforço para atrair eleitores fora da sua base de extrema-direita.

Mesmo assim, “deter a imigração descontrolada” e “erradicar as ideologias islâmicas” são as duas principais prioridades do seu programa de governo.

O Sul

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