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domingo, 10 de abril de 2022

Correios reduzem para um dia o prazo do Sedex em mais de 200 trechos

 


Os Correios, empresa federal responsável pelo envio de encomendas em todo o Brasil, promovem a redução no prazo de entrega em 209 trechos estaduais e nacionais a partir do mês de abril. Agora, os trechos vão passar a ter a distribuição de suas encomendas com o prazo de um dia após a postagem. Entre eles, estão rotas com alto fluxo, como de São Paulo a Fortaleza, Recife e Manaus. Antes da mudança, o prazo era de dois dias.

“Essas medidas beneficiam diretamente o consumidor, que receberá suas encomendas mais rapidamente. Isso reforça o compromisso dos Correios em atender cada vez melhor aos seus clientes, posicionando a empresa como a maior parceira do e-commerce brasileiro”, disse o presidente da empresa, Floriano Peixoto.

Linha Premium

Além do novo prazo para os trechos citados, os Correios voltaram a expandir os serviços Premium da empresa, os chamados Sedex 10 e 12, para uma média de 5 mil trechos em todo o Brasil.

O Sedex 10 é a entrega do serviço até 10h da manhã do dia útil seguinte. Já o Sedex 12 possui a mesma estratégia, com entrega até as 12h. Na linha Premium de serviços, ainda existe o Sedex Hoje, que permite que a encomenda chegue no mesmo dia ao destinatário. Porém, esse serviço está disponível apenas em São Paulo por enquanto.

Privatização

A ausência de uma liderança do governo no Senado por mais de três meses e o domínio das eleições na pauta do Congresso ajudam a sepultar o projeto de lei que permite a venda dos Correios. A proposta está parada desde o ano passado, após passar em regime de urgência na Câmara dos Deputados.

Integrantes da equipe econômica, antes esperançosos com o aval para a privatização da empresa que tem o monopólio postal, já admitem que há pouca perspectiva para o andamento do assunto no Senado. Um parlamentar ligado ao governo classificou o assunto como temporariamente engavetado.

O Ministério das Comunicações afirmou que tem apoiado análises do Congresso que permitam pautar o assunto no plenário do Senado.

A mudança de cenário dependeria de um esforço grande de interlocução política da gestão Bolsonaro, observam fontes, o que é visto como difícil uma vez que o Executivo não conta nem com um líder na Casa. O governo chegou a ficar mais de três meses sem uma liderança no Senado. A situação mudou apenas nesta semana, após o senador Carlos Viana (PL-MG) aceitar o posto.

O cargo estava vago no Senado desde dezembro do ano passado, quando Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) deixou a posição. A decisão foi anunciada um dia após o parlamentar perder a eleição para a escolha do indicado do Senado ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Outro fator que pesou contra o projeto foi a devolução da relatoria pelo senador Márcio Bittar (União Brasil-AC), que não integra mais a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde a proposta para a venda dos Correios está atualmente.

Ao lado dos governistas, Bittar ficou praticamente isolado na defesa da pauta durante o ano passado. Em outubro, o senador chegou a apresentar um relatório favorável à aprovação do texto sem mudanças na versão chancelada pela Câmara.

Diante da resistência dos colegas, mudou a estratégia e divulgou um novo parecer, com ajustes, em novembro. O movimento não foi suficiente para destravar a votação na CAE e, até agora, o presidente da comissão, Otto Alencar (PSD-BA), não escolheu um novo relator.

Enquanto isso, a área técnica do governo ainda tenta encaminhar o assunto externamente, mas há limitações no que pode ser feito antes de um eventual aval do Congresso. No final de fevereiro, por exemplo, o Ministério das Comunicações abriu a consulta pública sobre o formato de venda da estatal, etapa necessária nos processos de privatização tocados pelo Executivo.

O Sul

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