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terça-feira, 22 de março de 2022

Demora do MDB começa a atrapalhar busca por aliados

 Partido perdeu possível aliado em função de rachas na indicação ao Piratini



A demora do MDB em escolher o pré-candidato, admitem em reservado lideranças de diferentes alas do partido, já ocasionou os primeiros prejuízos. Gabriel Souza, por exemplo, encaminhava há meses tratativas com o PTB para uma coalizão. Mas, na última semana, os petebistas fecharam com o PP, indicando a vereadora por Porto Alegre Tanise Sabino vice na chapa de Heinze.

Em reservado, articuladores do deputado admitem que a aliança para apoios mútuos com o governador avançou a tal ponto que independem do partido ao qual Leite estará filiado. A expectativa é de que o tucano anuncie nesta semana se consegue tirar o governador de São Paulo, João Doria, da frente e entrar na disputa presidencial pelo PSDB ou se migra para o PSD e concorre pela legenda de Gilberto Kassab.

No roteiro traçado pelas lideranças que estão com Gabriel, o arco de alianças possíveis ainda inclui PSDB, PSD e União Brasil, mesmo que Leite venha a abandonar o ninho tucano. Lideranças que estão com Alceu admitem dificuldades em atrair o PSD e o União Brasil, mas projetam que elas não são incontornáveis, e entendem que há chances concretas em articulações com o PSDB e o Cidadania (as duas siglas formarão uma federação). Nenhum dos grupos considera que a pré-candidatura do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior (hoje no PSDB, mas disputado pelo PSD e o União Brasil) possa atrapalhar as negociações.

O presidente estadual do MDB e prefeito de Rio Grande, Fábio Branco, minimiza as dificuldades. “Criamos uma comissão na Executiva com o objetivo específico de buscar coligações. E tudo vai ser conversado e tratado para que tenhamos o melhor cenário.” O dirigente foi quem conduziu a tensa reunião da executiva que, na última sexta, decidiu que a escolha do pré-candidato seria feita pelo diretório. Na mesa estavam três possibilidades: a de que todos os filiados participassem da decisão; a de que ela fosse feita em uma espécie de colégio ampliado, seguindo os mesmos critérios que haviam sido estabelecidos para a prévia que não aconteceu; ou a do diretório, que acabou vitoriosa.

Branco, que defendia a tese da escolha conforme os critérios da prévia, foi voto vencido. Mas assegura que não há possibilidade de nova mudança: independente dos questionamentos de parte das lideranças, a decisão caberá aos 72 membros do diretório, respeitando o que a executiva estabeleceu. “Questionamentos podem haver, afinal o partido é democrático. Agora, empurrar a escolha para o final de abril seria uma irresponsabilidade. E montar um processo com todos os filiados, neste momento, achei oportunismo. Tiveram todo o tempo do mundo para fazer isto no ano passado, e não fizeram. O MDB precisa tomar sua decisão.”

Correio do Povo


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