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sábado, 27 de novembro de 2021

Veja o que se sabe sobre a nova variante do coronavírus detectada na África do Sul

 


A África do Sul comunicou na quinta-feira (25) a descoberta de uma nova variante do coronavírus. Trata-se da cepa B.1.1.529, que possui uma “constelação incomum” de mutações com impactos ainda desconhecidos sobre a transmissão da covid-19. A descoberta ocorre em um momento em que o mundo volta a se preocupar com um novo avanço da doença. Nesta sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a cepa, batizada de Omicron, como uma variante de preocupação.

A seguir, entenda o que se sabe até aqui sobre a variante e os efeitos esperados sobre a pandemia.

– O que a África do Sul divulgou sobre a nova variante?

Chamada de B.1.1.529, a nova variante é responsável por 22 casos de covid-19 no país até o momento. Adrian Puren, diretor executivo do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul (NICD), afirmou, em comunicado à imprensa, que embora os dados até o momento sejam limitados, os especialistas do Instituto estão trabalhando para estabelecer mecanismos de vigilância para entender a nova variante e suas implicações. “Os desenvolvimentos estão acontecendo de forma rápida e o público tem nossa garantia de que manteremos todos avisados”.

– Ela já é uma variante de preocupação?

Sim. Nesta sexta-feira, 26, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a variante B.1.1.529 como uma nova variante de preocupação (VOC, na sigla em inglês), batizada com o nome Omicron.

– O que significa ser uma variante de preocupação?

Uma variante de preocupação (VOC) é aquela que tem possíveis efeitos sobre o curso da pandemia de covid-19. Segundo a OMS, esta variante apresenta um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes. “A evidência preliminar sugere um risco aumentado de reinfecção com esta variante, em comparação com outras variantes”, informou a OMS. Conforme a organização, esta variante tem sido detectada em taxas mais rápidas do que em surtos anteriores, sugerindo que ela pode ter uma vantagem na expansão.

– Qual a velocidade de detecção da nova variante?

Os casos detectados e a porcentagem de testes positivados aumentaram rapidamente nas províncias de Gauteng, a mais populosa do país, North West e Limpopo. Michelle Groome, chefe da divisão de vigilância e resposta em saúde pública do NICD, disse que as autoridades de saúde provinciais continuam em alerta máximo e estão priorizando o sequenciamento de amostras positivas para covid-19. Autoridades, porém, afirmaram que ainda é cedo para dizer se serão impostas novas restrições.

– Em que outros países e regiões a variante já foi detectada?

Segundo a Rede para Vigilância Genômica da África do Sul, a variante já foi identificada em amostras coletadas de 12 a 20 de novembro em Botswana e em Hong Kong, de um viajante sul-africano. Os governos da Bélgica e de Israel também anunciaram nesta sexta-feira, 26, a confirmação dos primeiros casos da nova variante dentro das suas fronteiras.

– Como está sendo avaliado o efeito da variante sobre as vacinas?

O laboratório alemão BioNTech, parceiro da Pfizer na produção de vacinas contra o coronavírus, informou, nesta sexta-feira, 26, que espera ter, em até duas semanas, os primeiros resultados dos estudos que vão determinar se a nova variante da covid-19 identificada na África do Sul é capaz de escapar da proteção oferecida pelo imunizante. Segundo a BioNTech, a cepa “difere claramente das variantes já conhecidas porque tem mutações adicionais na proteína spike”. A farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca também disse que vai conduzir testes semelhantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Sul

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