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quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Governo recua e faz ato político sobre a Corsan

 Com o fracasso do projeto anterior, Executivo dá primeiro passo em busca da aprovação da nova proposta de regionalização



Às vésperas do envio de um novo projeto, desta vez um texto único, sobre a regionalização do saneamento à Assembleia, que deve chegar à Casa até sexta-feira, o governo gaúcho fez um movimento político e simbólico, também visando minimizar as resistências em torno do tema. Em ato no Piratini, com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB), dez municípios firmaram compromisso com a Corsan. Cinco destes já assinaram o aditivo do contrato.

Tanto as mudanças nos dois projetos originais encaminhados ao Legislativo quanto a cerimônia de hoje no Piratini representam tentativa do Executivo de obter as assinaturas dos aditivos e os votos necessários para a aprovação do novo texto encaminhado. As resistências não estão restritas a prefeitos, mas também estão presentes entre deputados, inclusive da base aliada do Executivo. Outras estratégias para incentivar a adesão de prefeitos até 16 de dezembro foram colocadas em prática. Para estes, as tarifas do serviço serão mantidas sem reajuste real até 2027 e os municípios terão acesso às ações da companhia, que irá para a Bolsa de Valores em fevereiro de 2022.

Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, as iniciativas representam que o governo busca encaminhar soluções conjuntas. “Este tema vem sendo debatido desde 2018. Com a formação do grupo em busca de alternativas, buscamos o consenso mínimo para avançar. Infelizmente os municípios que não aderirem terão prejuízos e dificuldades na prestação dos serviços à população”, disse, em entrevista ao programa "Esfera Pública", da Rádio Guaíba. Como o novo projeto chegará ao Parlamento em regime de urgência, está clara a intenção do Piratini de vencer o tema ainda neste ano, no período ordinário, antes do início do recesso. 

Correio do Povo

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