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sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Governo do RS pede que municípios priorizem grupos de risco para 3ª dose com intervalo reduzido

 Cidades com doses suficientes podem estender reforço para demais grupos, obedecendo período de cinco meses entre doses


Alegando estoque estadual insuficiente de vacinas, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) recomendou, nesta quinta-feira, que a redução do intervalo entre a segunda dose e a dose de reforço para cinco meses siga priorizando grupos já contemplados – idosos, trabalhadores da saúde e imunossuprimidos – e demais grupos considerados de risco. A decisão difere da orientação do Ministério da Saúde, anunciada na terça-feira, que liberava a dose de reforço para toda população adulta acima de 18 anos.

De acordo com a SES, a ampliação para menores de 60 anos deve priorizar aqueles com maior risco, como as pessoas com comorbidades, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, população em situação de rua, pessoas com deficiência, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional. Cerca de 339 mil pessoas (entre 18 e 59 anos) que se enquadram nesses casos acima fecharão o intervalo de cinco meses até o final de dezembro.

Segundo a secretária estadual Arita Bergmann, o limitador da oferta no momento é o fato de que ainda não foram entregues pelo Ministério da Saúde doses específicas para o reforço das pessoas de 18 aos 59 anos. Por isso, apesar da liberação do uso nessas idades, a SES pede que municípios priorizem aqueles que têm maior risco.

O governo estadual destacou ainda que, em paralelo, e de acordo com a disponibilidade de doses no município, as demais pessoas acima de 18 anos podem fazer a dose de reforço obedecendo o intervalo de cinco meses entre as doses. O acordo foi firmado com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS).

Conforme a secretária adjunta Ana Costa, “os cinco meses de intervalo serão o balizador para a dose de reforço, um critério mínimo que será exigido”. Ela reforça a necessidade de haver por parte dos municípios um chamamento específico para essas populações de maior risco de desenvolver casos graves e evoluir ao óbito por covid-19. “Temos entre o total de pessoas que já completaram os cinco meses, algumas que necessitam maior atenção, muitos precisam inclusive ser procurados em busca ativa, como os indígenas e quilombolas”, exemplifica.

Na terça-feira, a Prefeitura de Porto Alegre anunciou que aplicará a dose de reforço contra Covid-19 em pessoas que tenham tomado a segunda dose há seis meses (até 17 de maio). A decisão prevê aplicação escalonada da dose começando com intervalo de seis meses até reduzir para cinco, para evitar aglomerações nos pontos de imunização.

Doses em atraso

Outro ponto discutido com os gestores municipais foi o alto número de pessoas com doses em atraso. Quase um milhão de pessoas já poderiam ter feito o reforço e não fizeram, considerando apenas os grupos que já vinham sendo contemplados (idosos, trabalhadores da saúde e imunodeprimidos).

Há ainda cerca de 870 mil pessoas com a segunda dose em atraso. Entre esses, a maioria é formada por pessoas do sexo masculino e na faixa etária dos adultos jovens.


Correio do Povo

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