terça-feira, 6 de julho de 2021

BRASIL: VANTAGEM COMPARATIVA - Gilberto Simões Pires

 

ENTREVISTA COM ANDRÁ JAKURSKI

Assisti, ontem, o vídeo no qual o sócio fundador da gestora de investimentos JGP, André Jakurski, fala sobre o FUTURO DOS INVESTIMENTOS NO BRASIL, na ótima entrevista que concedeu, no dia 30 de junho, à editora-chefe do Infomoney, Giuliana Napolitano, e ao apresentador do Stock Pickers, Thiago Salomão.


COMPETITIVIDADE

Pois, na medida em que Jakurski discorria sobre oportunidades de investimentos no nosso país, tratei de fazer as seguintes anotações, começando pela VANTAGEM COMPARATIVA. Neste particular, mais do que sabido, o Brasil se destaca mundialmente, de forma altamente positiva e com sobra, nas áreas da MINERAÇÃO e do AGRONEGÓCIO. Entretanto, da mesma forma, porém em sentido contrário, na área INDÚSTRIAL o Brasil não é COMPETITIVO. E provavelmente NUNCA SERÁ, a não ser que mude RADICALMENTE. Isto porque a economia brasileira, infelizmente, figura como uma das MAIS FECHADAS DO MUNDO.


LIQUIDEZ

Uma coisa que deve ser levada em conta, segundo informa corretamente André Jakurski, é que estamos no PICO DA EXPANSÃO FISCAL, NO PICO DA EXPANSÃO MONETÁRIA E NO PICO DO CRESCIMENTO. Este extraordinário GASTO FISCAL, provocado por uma mudança de parâmetros definidos pela Pandemia, com total certeza não tem como permanecer por muito tempo. Neste contexto, quem tem mais chances de aproveitar as oportunidades que o momento oferece são aqueles que estão mais líquidos, ou com o CAIXA MAIS ROBUSTO.


EMPRESAS CONSOLIDADORAS

Assim, quem aparece na dianteira são as EMPRESAS CONSOLIDADORAS, que além de estarem MAIS CAPITALIZADAS ainda têm nos seus quadros os MELHORES GESTORES. Isto facilita sobremaneira o aceso às AQUISIÇÕES ou mesmo ao CRESCIMENTO ORGÂNICO, com foco nos mercados mais rentáveis.


OFERTA E DEMANDA

Entretanto, a grande preocupação que ronda o mercado e a economia diz respeito ao ENDIVIDAMENTO DAS PESSOAS FÍSICAS. Neste particular, Jakurski aponta para o MERCADO HIPOTECÁRIO. Mesmo assim, o gestor afasta momentaneamente, um alto RISCO INFLACIONÁRIO no futuro. Isto porque a atual FORTE DEMANDA por produtos, combinada com uma circunstancial BAIXA OFERTA deve se acomodar e com isso o equilíbrio das duas forças acabará segurando os preços.   


IMPOSTOS SOBRE A INDÚSTRIA

Voltando ao AGRONEGÓCIO, que é tido e havido como uma consagradora VANTAGEM COMPETITIVA, e a INDÚSTRIA, que pouco ou nada tem de COMPETITIVA, vale registrar o que disse recentemente, com total razão, o presidente da FIERGS, Gilberto Petry: -Se a INDÚSTRIA tivesse a mesma CARGA TRIBUTÁRIA e o mesmo volume de crédito que são concedidos ao AGRONEGÓCIO, o Brasil poderia CRESCER MUITO.  Atualmente, de cada R$ 100 que a INDÚSTRIA produz, R$ 45 são recolhidos à título de IMPOSTOS. Enquanto isso, o COMÉRCIO paga R$ 37 e o SETOR PRIMÁRIO paga R$ 7. Que tal? 



Pontocritico.com

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