1 - BALANÇOS E GUERRA COMERCIALA tensão política entre China e Estados Unidos deve
seguir como prioridade no radar de investidores mundo afora nesta semana. Nesta segunda-feira, a China anunciou sanções contra 11 cidadãos americanos, incluindo senadores populares do partido republicano, como Ted Cruz e Marco Rubio. É uma resposta a sanções e críticas americanas à lei de segurança nacional em Hong Kong. Um magnata da mídia em Hong Kong também foi preso. Nos mercados, o cenário faz o ouro chegou a seu preço recorde, acima dos 2.000 dólares. Na sexta-feira, vale lembrar, o Ibovespa fechou em queda de 1,3% e o dólar subiu para a maior cotação em um mês. O índice brasileiro anda de lado há cerca de um mês, após subir 60% desde março. Por fim, a temporada de balanços segue. No Brasil, divulgam resultado empresas como Via Varejo (quarta), Azul, BRF e JBS (quinta) e brMalls e Natura (sexta). Para além dos números ruins, investidores buscarão indícios de melhora à frente.
2 - RESULTADOS DA COSANA Cosan – acionista de empresas como a rede de postos de combustíveis e fabricante de açúcar e etanol e Raízen e da distribuidora de gás Comgás – divulga após o fechamento do mercado o seu balanço relativo ao segundo trimestre. A paralisação de atividades comerciais fizeram com que boa parte da frota de veículos do país fosse deixada em casa e indústrias e restaurantes que usam o gás como fonte de energia baixassem as portas. Como resultado, o Ebitda (ganhos antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Cosan deve ter desabado 26% entre abril e junho.
Investidores também estarão atentos aos sinais de recuperação da demanda e a outras empresas do setor que divulgam resultados nos próximos dias, como BR Distribuidora e Ultrapar.
3 - TENTANDO EVITAR O CAOSA Argentina se prepara para mais uma etapa de reabertura. O país começa nesta segunda-feira a reabrir algumas escolas em caráter experimental na província de San Juan. Na região, só há 22 casos de covid-19. Outras três províncias voltam na semana que vem. O mesmo não deve acontecer por enquanto no restante do país, que luta para evitar uma alta exponencial da doença. A Argentina tem 242.000 casos e 4.556 mortes por covid-19,
menos mortes por milhão do que boa parte dos sul-americanos. Mas os números vêm crescendo. Também nesta semana, o governo de Alberto Fernández baterá o martelo com credores internacionais sobre o acordo da dívida de 65 bilhões de dólares que negociou na semana passada.
4 - ÚLTIMO DITADOR EUROPEUA pandemia pode fazer da Europa um lugar mais unido e integrado do que nunca, com pacotes de auxílio e bônus emitidos em conjunto para renovar a economia do continente. Mas, mundo afora, o coronavírus está também acelerando o populismo político, com a divisão política e a distribuição de fake news de toda sorte. Nesta segunda-feira,
a Bielorrússia, lar do "último ditador da Europa", segundo alguns analistas, volta a ser palco deste paradoxo. Protestos tomam conta do país após nova vitória eleitoral de Alexander Lukashenko, que governa o país desde 1994, após o fim da União Soviética. Pesquisas de boca de urna mostram vitória com 80% dos votos, enquanto sua adversária, a ex-professora Svetlana Tikhanouskaya, teve menos de 10%.
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