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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

A Geração Raudério e minha fantasia de carnaval


 

  



Por Rodrigo Constantino


Comecemos pelos caveats: "Toda geração se imagina mais inteligente do que aquela que a precedeu e mais sábia do que aquela que vem em seguida", disse George Orwell; "O hábito de culpar o presente e admirar o passado está profundamente arraigado na natureza humana", constatou David Hume; "Toda geração ri do antiquado, mas segue religiosamente o novo", disse Henry David Thoreau.

Dito isso, vamos lá: parece inegável que algo "deu ruim" com essas novas gerações. O politicamente correto vem causando um estrago enorme na formação da juventude. Temos os "espaços seguros", as "microagressões", o "lugar de fala", a "apropriação cultural" e outras bobagens do tipo, tudo isso asfixiando a liberdade individual e até a imaginação moral. Claro que a paranoia chegaria ao carnaval.

Não é de agora que fantasias suscitam debates acalorados. Atores famosos de Hollywood já foram alvos da patrulha politicamente correta também. E como o Brasil só resolve importar o que não presta dos Estados Unidos, eis que essa afetação toda chegou ao nosso irreverente carnaval, festa que costumava ser marcada justamente pela ousadia em relação aos valores estabelecidos.

A "problematização" da vez é a fantasia de índio de Alessandra Negrini (pausa: eu acharia ainda melhor se ela se fantasiasse de recém-nascido, pois acredito que os índios, com pudor, já ofuscam em demasia aquilo que a natureza deu em excesso a alguns). O caso gerou "polêmica", é mole?

Fantasia de índio não pode mais (a menos que seja o namorado da Fátima Bernardes, como vemos abaixo). De "nega maluca" então, nem pensar! De mulher se for homem é claro desrespeito: só vale "virar" mulher se for trans mesmo, de forma oficial. Qualquer coisa que remeta às "minorias" está vetada. Concluo que só pode ofender a maioria: única fantasia liberada é ridicularizar Jesus Cristo!



Artigo completo aqui.

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