Enquanto Maduro visita Putin, o número dois do governo venezuelano, Diosdado Cabello, lidera uma delegação para Pyongyang
Por Redação EXAME

Nicolás Maduro: pelo Twitter, presidente da Venezuela anunciou que faria uma visita à Rússia para “revisar a dinâmica da relação bilateral e buscar novos caminhos para intensificar a cooperação e troca entre nossos povos (Maxim Shemetov/Reuters)
São Paulo — Sob forte pressão internacional liderada pelos Estados Unidos, o governo da Venezuela busca ajuda nos mesmos aliados de sempre. O presidente do país, Nicolás Maduro, embarcou na última terça-feira 24 para uma viagem à Rússia, onde se encontrará com seu par, Vladimir Putin, nesta quarta-feira 25.
Em sua conta no Twitter, Maduro informou que viajou para “reforçar as históricas e muito positivas relações de troca e respeito entre nossos povos”.
Diante da pior crise política e econômica da história do país, Maduro destacou que se reunirá com “grupos empresariais importantes da Rússia”. O objetivo será “revisar toda a dinâmica da nossa relação bilateral e buscar novos caminhos para dinamizar a cooperação em todos os planos”, disse o presidente.
A Rússia é um importante credor da Venezuela, atrás apenas da China, e possui importantes investimentos em petróleo no país. Caracas, por sua vez, é um grande comprador de armamento russo.
Maduro disse que na reunião com Putin quer revisar as relações bilaterais entre os países e buscar novos caminhos que “dinamizem a cooperação em todos os sentidos econômicos, sociais, culturais com a Rússia”.
Na prática, precisa de mais dinheiro e de mais proteção. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na última terça-feira, disse que por enquanto não há planos para a assinatura de nenhum novo acordo militar com a Venezuela.
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Enquanto Maduro está em solo russo, Diosdado Cabello, o número dois do governo venezuelano, vai para a Coreia do Norte com uma “delegação de alto nível”. O objetivo da viagem é reforçar os laços de cooperação com Pyongyang “em distintas áreas estratégicas para as duas nações”.
Essa é a primeira grande viagem internacional de Maduro após uma grande disputa de poder interna influenciada por forças internacionais. Em janeiro, o líder da oposição, Juan Guaidó, questionou o resultado das eleições de 2018 e se autoproclamou presidente, obtendo apoio de mais de 50 países, entre eles Brasil e Estados Unidos. Maduro, por outro lado, ainda tem o apoio de Rússia, China e Cuba, além dos militares venezuelanos.
Destinado a minar o atual governo da Venezuela, o governo dos Estados Unidos impôs um embargo de petróleo a Caracas para enfraquecer o regime de Maduro, congelou bens venezuelanos nos Estados Unidos e insistiu repetidas vezes para que Moscou retirasse seu apoio ao líder. A Rússia se recusou e acusou os Estados Unidos de querer forçar um golpe de Estado.
No começo de setembro, depois de uma convocação da Organização dos Estados Americanos, os Estados Unidos invocaram o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), depois que Maduro ordenou exercícios militares na fronteira com a Colômbia.
O TIAR é um texto herdado da Guerra Fria e assinado em 1947 no Rio de Janeiro, que prevê uma assistência mútua em caso de ataque militar lançado do exterior contra uma das partes do acordo.
Ontem, na ONU, Donald Trump afirmou que Maduro se mantém no poder graças à proteção de Cuba. Resta saber, agora, até onde os russos e norte-coreanos estão dispostos a ir para ajudar o ditador.
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