Medida foi tomada após reunião entre ATP e Prefeitura em razão da greve dos caminhoneiros
Paradas ficaram lotadas nesta sexta-feira | Foto: Alina Souza
Não haverá ônibus circulando em Porto Alegre neste domingo. A medida, tomada após reunião entre Prefeitura, Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) e representantes dos consórcios das empresas, é para garantir o serviço na segunda-feira, dia útil de grande movimento de passageiros pelo menos das 6h às 8h30min. Uma nova discussão será realizada às 10h para valiar a situação e definir a circulação no restante do dia. Além disso, no sábado, as empresas adotarão a tabela de domingo.
Os ônibus circulam com restrição de horário desde quinta-feira: normal nos horários de pico e com intervalo de hora em hora no restante do dia. O Centro da cidade teve um movimento atípico, ruas quase desertas e pouco movimento de carros. Aulas foram suspensas em algumas universidades. Na noite dessa quinta-feira, o prefeito Nelson Marchezan Júnior decretou situação de emergência na cidade em razão do desabastecimento.
O Rio Grande do Sul é um dos estados onde a paralisação dos caminhoneiros, que iniciou na segunda-feira ainda demonstra força. São mais de 50 rodovias afetadas. A greve afeta o abastecimento de combustíveis nas cidades e de produtos alimentícios. Na Capital, segundo o Sulpetro não há mais combustível nos postos. No interior, cidades decretaram situação de emergência e suspenderam o deslocamento de carros oficiais.
O governo do Estado instalou um gabinete de crise para avaliar os efeitos dos protestos e tomar medidas para aliviar as consequências. O secretário de Segurança Cezar Schirmer, em entrevista para a Rádio Guaíba disse que se tiver situação de impedimento e desobstrução no trânsito de alimento, produtos hospitalares e produtos essenciais, o governo terá que agir. "Claro, com toda cautela e dentro da lei."
Em âmbito nacional, o presidente Temer anunciou um plano de segurança com o uso das forças federais para desobstruir as estradas com bloqueios. Temer afirmou que uma minoria radical segue interrompendo as estradas e descumprindo o acordo estabelecido entre a categoria e o governo. Segundo o chefe do Executivo a prioridade é liberar os acessos aos aeroportos, pois vários estão em nível crítico de reserva de querosene. O Planalto ingressou com uma ação no Supremo para liberar as estradas.
Correio do Povo
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