Brasileiro gasta quase 62% a mais em viagem ao exterior em fevereiro


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MAELI PRADO
DE BRASÍLIA

 

Os gastos dos brasileiros com viagens internacionais voltaram ser influenciados positivamente pelo câmbio mais favorável e somaram US$ 1,36 bilhão no mês passado, um crescimento de 61,7% na comparação com o mesmo mês de 2016, divulgou nesta sexta-feira (24) o Banco Central.

No acumulado do ano, os gastos com viagens ao exterior já somam US$ 2,9 bilhões, segundo o BC, um montante 74,8% maior do que o mesmo período do ano passado.

Já as despesas dos estrangeiros com viagens no Brasil somaram US$ 535 milhões em fevereiro, o que fez a conta de transações correntes para viagens ter um deficit de US$ 824 milhões no mês passado, resultado negativo muito superior aos US$ 242 milhões de fevereiro de 2016.

O resultado foi um dos pontos que contribuiu para que o deficit nas transações do Brasil com o exterior somasse US$ 935 milhões em fevereiro, um valor 51% menor do que o registrado no mesmo mês de 2016, segundo os dados do BC.

As exportações voltaram a superar as importações, o que amenizou o tamanho do resultado negativo no mês passado. As compras de outros países somaram US$ 15,4 bilhões em fevereiro, enquanto as exportações somaram US$ 11 bilhões, o que fez a balança comercial ser positiva em US$ 6,8 bilhões.

O investimento direto estrangeiro no Brasil somou US$ 5,3 bilhões no mês passado, uma queda de 10,3% na comparação com fevereiro do ano passado.

No acumulado do ano, os investimentos diretos no Brasil somaram US$ 16,8 bilhões, o melhor resultado da série histórica do BC, que começa em 1995.

Até o dia 22 de março, os resultados parciais mostram investimentos diretos de US$ 4,9 bilhões, e a expectativa do BC é que até o final do mês o montante chegue a US$ 6,3 bilhões.

"Temos algumas grandes operações que respondem por 39% do investimento direto no país no primeiro bimestre", disse Rocha.

REVISÃO
O BC revisou suas projeções para as contas externas nesta sexta. A principal mudança foi nas previsões para vendas externas, que subiu de US$ 195 bilhões para US$ 200 bilhões.

Já no caso das viagens internacionais a projeção de deficit subiu de US$ 10,5 bilhões para US$ 12,5 bilhões. "A apreciação do câmbio na comparação interanual é muito significativa e tem imapcto direto sobre essa rubrica. Em 2016, o câmbio médio foi de R$ 3,48 na média do ano, agora está em patamares mais próximos de R$ 3,10", explicou Rocha.

As projeções para investimento estrangeiro direto foram mantidas em US$ 75 bilhões, já que segundo Rocha o BC optou por esperar mais alguns meses para avaliar melhor qual será a tendência.

 

Folha de S. Paulo

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