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Governo de São Paulo cria gabinete de crise para acompanhar incêndio em Santos
O governo de São Paulo instalou na prefeitura de Santos um gabinete
de crise para acompanhar e tomar providências em relação ao incêndio nos
depósitos da Ultracargo. Fazem parte do grupo o vice-governador, Márcio
França, os secretários de Governo, Saulo de Castro; da Casa Militar,
José Roberto Rodrigues de Oliveira; da Segurança Pública, Alexandre de
Moraes; e do Meio Ambiente, Patrícia Iglecias. Também integram o comitê o
comandante do Corpo de Bombeiros, Marco Aurélio Alves Pinto, e o
subsecretário de Comunicação, Marcio Aith.
O
incêndio nos tanques de etanol e gasolina, localizados no bairro da
Alemoa, começou na manhã da última quinta-feira (2). Hoje (4) o fogo
atingiu mais um reservatório de gasolina. Nesse momento, quatro tanques
estão em chamas. Na mesma bacia de contenção há mais dois tanques. Um
deles está vazio e o outro contém etanol. Nenhum deles foi afetado até o
momento.
Uma equipe de 93 homens do Corpo de Bombeiros se reveza
no combate ao incêndio. Os trabalhos estão focados no resfriamento do
tanque que contém etanol, com o objetivo de deter a propagação do fogo.
De acordo com a empresa, o incidente prossegue sem mortos e feridos.
Segundo
o porta-voz do Corpo de Bombeiros, Marcos Palumbo, já foram utilizados
4 bilhões de litros de água retirada do mar para conter as chamas. “O
risco principal é o de pegar em outro tanque, tendo em vista o calor de
800 graus. Não é fácil fazer a extinção desse fogo, mas já evoluímos
bastante resfriando os outros tanques”, disse em entrevista hoje. Devido
ao incêndio, um dos acessos ao Porto de Santos foi bloqueado pelas
autoridades.
Moradores do Complexo do Alemão pedem paz e justiça em protesto pacífico
Vladimir Platonow - Repórter da Agência BrasilEdição: Jorge Wamburg
Centenas de moradores do conjunto de favelas do Complexo do
Alemão fizeram um protesto pacífico no final da manhã de hoje (4),
caminhando pelas duas principais vias da região, as avenidas Itararé e
Itaoca, para pedir paz na comunidade e justiça pela morte do menino
Eduardo de Jesus, de 10 anos. O garoto foi atingido na quinta-feira (2)
por uma bala perdida, na porta de casa.
Os moradores acusam a
Polícia Militar (PM) de fazer o disparo, mas o comando da corporação
ainda está investigando o fato. Carregando cartazes, pedaços de tecido e
balões brancos, os moradores partiram da localidade conhecida como
Grota e seguiram até a praça principal do bairro de Inhaúma, do outro
lado da comunidade. Moradores carregaram cartazes em que pediam o fim da violênciaTomaz Silva/Agência Brasil Durante
todo o trajeto, foram seguidos de perto por dezenas de policiais
militares, que não intervieram no protesto. Em alguns momentos mais
tensos, as pessoas vaiaram veículos da PM, principalmente da Unidade de
Polícia Pacificadora (UPP) e o blindado conhecido como Caveirão. Terezinha Maria de Jesus, mãe do menino Eduardo, passou mal e teve de deixar o protesto antes do finalTomaz Silva/Agência Brasil A
mãe de Eduardo, a diarista Terezinha Maria de Jesus, participou do
início do ato, mas teve de ser retirada, ao se descontrolar e passar
mal. Ela culpou a PM pela morte do filho. "Eles estão matando os
inocentes. Essa polícia assassina tirou a vida do meu filho. Esses
covardes", protestou Terezinha.
O presidente da Comissão de
Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj),
deputado Marcelo Freixo (PSOL), esteve no protesto e questionou a
política de segurança do governo do estado. "Tem que ter uma solução
para isso, porque estamos falando da vida das pessoas. O primeiro passo é
ouvir os moradores. Isso nunca aconteceu, nem para construir o
teleférico nem para pensar em um modelo de polícia. É preciso parar com o
discurso da guerra. Tem que ter diálogo", disse.
O líder comunitário Rene Silva, criador do jornal Voz da Comunidade,
citou o aumento da violência como a principal causa do protesto: "O
motivo da manifestação é a insatisfação das pessoas com essa violência,
que já está desde o início do ano aqui no complexo. Estamos há 90 dias
sem deixar de ouvir tiroteios. A solução não é reforçar o policiamento.
Passa por investimento em outras áreas, que não chegaram com a mesma
força que a polícia chegou na comunidade, como as áreas cultural e
social".
O presidente da Associação de Moradores da Palmeira,
Marcos Valério Alves, conhecido como Marquinho Pepé, fez questão de
ressaltar que o ato não era contra a polícia, mas sim pela paz e pelo
respeito mútuo. "O nosso objetivo é pela paz e pela vida. Não somos
contra a UPP. Só queremos policiais comprometidos com a vida. Queremos
um comandante que chame a população para conversar, que haja o diálogo.
Nós queremos o nosso direito de ser respeitados. Hoje não existe nem
respeito nem tolerância dentro do Alemão", disse Pepé.
Por meio
de nota publicada ontem (3), o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão,
informou que todas as despesas com o traslado e sepultamento do corpo do
menino Eduardo para o Piauí, terra natal da família, serão pagas pelo
estado. Pezão também se disse profundamente consternado com o caso e
garantiu que a morte do garoto não ficará impune.
Os policiais
envolvidos na ocorrência foram afastados das ruas e estão respondendo a
um inquérito policial militar (IPM). As armas deles foram recolhidas e
passarão por exame balístico.
Alta nos preços dos ovos de Páscoa deixa consumidor do DF cauteloso
Mariana Branco - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso
Na véspera da Páscoa, lojistas adotaram promoções de última hora para conquistar consumidores mais resistenteJosé Cruz/Agência Brasil Na
véspera da Páscoa, moradores do Distrito Federal lotaram o comércio em
busca de chocolates para este domingo. No entanto, preocupados com o
orçamento, eles pesquisaram os preços e, em relação a anos anteriores,
foram comedidos nas compras. As empresas também adotaram estratégias
para conquistar consumidores mais resistentes. De acordo com gerentes de
lojas, este ano as promoções para esvaziar o estoque começaram mais
cedo.
O aposentado Osman Ribeiro, 67 anos, percorreu lojas
e supermercados atento aos preços antes de se decidir. Após pesquisar,
finalmente comprou hoje (4) ovos de chocolate para filhos e netos. “Os
preços estão mais ou menos equilibrados, mas aqui foi onde achei mais em
conta”, comentou ao encontrar o que procurava em uma loja especializada
em doces na região central de Brasília. O casal Josimar e Cindy Kelly recorreu à pesquisa para encontrar preços menoresJosé Cruz/Agência Brasil O
marceneiro Josimar Pedrosa de Oliveira, 28 anos, e a estudante Cindy
Kelly de Carvalho, 20 anos, também recorreram à pesquisa. “Teve um
aumento significativo este ano. Estamos levando para filhos e
sobrinhos”, informou Oliveira.
No
caso da dona de casa Miriam Souza, 48 anos, o jeito foi presentear
menos pessoas. “Estou levando para meu filho e minha nora. Costumava
presentear a família inteira, mas um ovo que custava R$ 20, R$ 30, está
custando R$ 40. Este ano está brabo”, alertou.
Daniela Lúcia
Vieira, gerente de uma loja especializada, afirmou que os comerciantes
repassaram aumento aos clientes, porque estão pagando mais caro. “De
janeiro para cá, o reajuste para nós chegou a 10%. A mão de obra e o
combustível também estão mais caros”, comentou.
Daniela explicou
que a saída para aumentar o movimento é recorrer às promoções. “Aqui na
loja, na compra de dois ovos de Páscoa o cliente ganha um de graça. Está
dando certo. Os ovos estão vendendo bem”, garantiu.
Supervisor
de uma outra loja, Ormínio Koike de Almeida esclareceu que a redução nos
preços, que geralmente ocorre após o domingo de Páscoa, começou mais
cedo em 2015.
“Este ano, o movimento está um pouco mais fraco. É
normal. Subiram alguns preços. Até as negociações para vendas no
atacado, para escolas, estão mais difíceis. O mercado percebeu isso com
antecedência e fez as baixas [de preço]. Também fizemos promoções”,
revelou. Nos supermercados, além de chocolates, os
consumidores estão em busca de itens tradicionais da ceia de Páscoa,
como bacalhau e azeite. Mas os valores elevados estão desagradando a
pessoas como a professora Nair Terezinha Altoé, 63 anos.
Os preços do bacalhau e do azeite desagradaram a professora Nair AltoéJosé Cruz/Agência Brasil “Quero
fazer bacalhau, porque vamos receber visitas em casa. Estou procurando
em lascas, que é mais barato. Tanto o bacalhau quanto os chocolates
estão mais caros. Em vez de ovos, estou levando caixas de bombom, que
estão na promoção. Elas estão com preços mais atrativos”, acrescentou.
Semana Santa movimenta R$ 292 milhões com o turismo no Rio de Janeiro
Flávia Villela - Repórter da Agência BrasilEdição: Armando Cardoso
Os turistas que viajam durante a Páscoa devem gerar R$ 292
milhões para a economia do Rio de Janeiro. Este valor deve ser gasto em
mais de 174 mil viagens pelo estado, incluindo as de avião, ônibus,
navio e carro. A projeção é do Ministério do Turismo e tem por base
dados como gasto médio e frequência de viagens em feriados nacionais. O
gasto médio pelo país nos quatro dias de folga será R$ 1,7 mil.
Somados
todos os estados, serão movimentados R$ 3,68 bilhões em cerca de 2
milhões de viagens internas. Entre os estados com previsão de maior
arrecadação com o turismo de Páscoa, estão São Paulo (R$ 570,1 milhões),
o Rio Grande do Sul (R$ 489,3 milhões) e a Bahia (R$ 310,1 milhões). Para o ministro Vinícius Lages (à esquerda), feriados como o da Páscoa impulsionam a economiaFabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo/Agência Brasil Apenas
São Paulo deve registrar 407 mil viagens, seguido pelo Rio de Janeiro
(174 mil) e a Bahia (163 mil). De acordo com o boletim mensal que
monitora a intenção de viagem em sete capitais do país, 70,2% dos
entrevistados que pretendem viajar pelos próximos seis meses escolheram
um destino turístico nacional.
De acordo com o ministro Vinicius
Lages, feriados como o desta semana impulsionam a economia turística e
geram impacto em diversos segmentos, como a indústria de automóveis, o
setor aéreo, o de bares e restaurantes, de hotelaria e de serviços.
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