O número de casos de dengue no país este ano, até o dia 28 de março, aumentou 240,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Até 28 de março, foram registrados 460,5 mil casos, contra 135,3 mil registrados no primeiro trimestre de 2014, conforme balanço divulgado hoje (13) pelo Ministério da Saúde.
O balanço informa que, até 28 de março, 132 pessoas morreram em decorrência da doença, número 29% maior que o de 2014, quando foram 102 as mortes, no mesmo período. Os casos graves também aumentaram: 235 este ano, o que representa aumento 39,1% na comparação com 2014, quando foram registrados 169, também até 28 de março.
Segundo os dados da pasta, a Região Centro-Oeste apresenta maior incidência, com 393,3 por 100 mil habitantes (59.855 casos), nos primeiros três meses do ano. Em seguida, vêm as regiões Sudeste, com 357,5 por 100 mil habitantes (304.251 casos); Norte, com 112,4 por 100 mil habitantes (19.402 casos); e Nordeste, com 91,2 por 100 mil habitantes (51.521 casos). A Região Sul, com 88,8 por 100 mil habitantes (25.773 casos), é tradicionalmente a que tem menor incidência da dengue.
São João do Caiuá, no Paraná, com 16.760 casos de dengue por 100 mil habitantes, foi o município com maior número de doentes por habitante, no primeiro trimestre de 2015. Em seguida vieram quatro municípios do estado de São Paulo: Trabiju, com 14.303 por 100 mil habitantes; Paraguaçu Paulista, com 13.738 por 100 mil habitantes; Estrela D’Oeste, com 11.513 por 100 mil habitantes e Florínia, com 9.039 por 100 mil habitantes.
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Tiroteio em universidade dos Estados Unidos deixa pelo menos um morto
Da Agência Lusa
Um tiroteio em uma universidade pública da Carolina do Norte, Sul dos Estados Unidos, deixou hoje (13) pelo menos um morto, de acordo com informações do site da universidade. “Isso não é um exercício. Todo o campus está sob bloqueio", informou a Universidade Wayne Community College, na cidade de Goldsboro.
O administrador municipal Scott Stevens confirmou ao jornal Goldsboro News-Argus que, de manhã, uma pessoa morreu, em um tiroteio no Wayne Community College.
A polícia de Goldsboro informou que havia uma "vítima", mas não confirmou se essa pessoa tinha morrido.
As autoridades de Goldsboro emitiram um alerta, informando que o suspeito é um homem branco, de cerca de 1,80 metro de altura.
O Wayne Community College tem mais de 4 mil estudantes em tempo integral.
Mulheres na construção civil mudam cultura do canteiro de obras, diz engenheira
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
O projeto Mão na Massa abriu hoje (13) inscrições para mulheres que queiram fazer cursos gratuitos na área da construção civil no Rio de Janeiro. São 140 vagas para cursos de pedreira, encanadora, pintora e eletricista. As aulas começam no dia 27.
Haverá duas turmas nos períodos da manhã e tarde, durante seis meses. Nos últimos sete anos, quase mil mulheres foram capacitadas no projeto. As aulas de qualificação social são dadas no Abrigo Maria Imaculada, no Rocha, zona norte da cidade. As inscrições vão até o dia 15.
O Projeto Mão na Massa inscreve até dia 27 mulheres de baixa renda que queiram fazer cursos gratuitos na área da construção civil Tânia Rêgo/Agência Brasil
A idealizadora do projeto, a engenheira civil Deise Gravina, disse que mais de 60% das mulheres formadas pelo Mão na Massa estão empregadas no mercado formal. Entre as mudanças promovidas pela presença feminina no canteiro de obras, a engenheira destacou a economia por serem mais econômicas, mais organizadas e também mais atentas em relação ao uso de equipamentos de segurança do trabalho.
“Elas conseguem mudar a cultura do canteiro porque os homens tendem a se comportar melhor, a ter atitudes melhores. Como elas entram como técnicas, muitos homens voltaram a estudar. Há um aumento da escolaridade, melhoria da postura.” Segundo Deise, não existe preconceito dos homens quanto à participação de mulheres nas obras.
Pesquisa feita pelos organizadores do projeto com 216 mulheres da Comunidade Rato Molhado, no Engenho Novo, zona norte da capital fluminense, mostrou que quase 80% das entrevistadas consideraram que a construção civil seria uma opção de aprendizagem, pois já faziam pequenos serviços.
Deise explicou que, nas comunidades, os homens estão acostumados a ver mães, irmãs e mulheres fazendo serviços para ajudá-los a erguer, por exemplo, um quarto na casa. “Sempre foi a mulher que fez esse papel de servente de obra em pequenos consertos, pinturas, batendo uma laje.”
Para se inscrever no projeto, as candidatas de baixa renda devem ter entre 18 e 45 anos e ter, pelo menos, o 5º ano do ensino fundamental e passar por entrevistas no momento da inscrição. Nos dois primeiros meses, elas recebem aulas teóricas de cidadania, português e matemática voltados para a construção civil, postura, ginástica laboral, nutrição, direitos e segurança do trabalho, além de informações sobre a Lei Maria da Penha.
Na segunda fase do curso, elas têm aulas práticas no canteiro de obras no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) ou na Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), quando têm contato com a obra em si. Na última fase, de estágio, elas vão fazer obras de verdade em entidades beneficentes, “para devolver para a sociedade o que a sociedade investiu nelas”. Nesta etapa, elas são acompanhadas por engenheiros, arquitetos e técnicos de edificações que dão os últimos toques para que elas estejam prontas para o mercado.
Segundo Deise, hoje há mulheres que, após deixarem o projeto, têm salário de R$ 3 mil e algumas são encarregadas de obras. Ela diz que o projeto é um cartão de apresentação no mercado, um diferencial.
Ana Carla Silva Braz fez a primeira edição do curso, em 2008. Para ela, a experiência foi muito importante. “O Mão na Massa me abriu as portas, porque eu estava há cinco anos desempregada, mesmo sendo professora. Depois disso, não fiquei mais sem emprego. Até hoje estou trabalhando em obra”. Atualmente, Ana Carla presta serviço em uma empreiteira terceirizada da construtora Odebrecht como bombeira hidráulica.
Priscila destaca oportunidade de se profissionalizar
e se tornar pedreira Tânia Rêgo/Agência Brasil
Segundo a profissional, ainda hoje causa espanto no sexo masculino a presença de mulheres nos canteiros de obras. “Tem homem para o qual ainda não caiu a ficha. Eles ficam muito surpresos”. Ela acredita, porém, que, aos poucos, os homens vão se acostumar e o número de mulheres vai ser cada vez maior.
Ana Carla continua estudando. Acabou de fazer o curso de desenho de arquitetura em edificações e faz, no momento, o último módulo de edificações. “O meu objetivo é me aprofundar mais dentro da minha área.”
Ivaneide Barbosa dos Santos qualificou-se como pedreira na última turma do projeto, no ano passado. “Para mim, foi a realização de um sonho. Estou aprendendo cada vez mais”. Ela trabalha na construtora MRV e não tem dúvida de que a mulher está capacitada para a atividade. No primeiro mês de trabalho, Ivaneide foi eleita funcionária padrão. “Dou tudo de mim, do que eu aprendi, e tenho muito mais ainda que aprender. Com certeza, a mulher está aí para arrasar na construção civil”.
O exemplo de Ana Carla e Ivaneide motivou Maria Lucilene Costa de Paula e Priscila Soares Pereira Agra. Elas estão entre as centenas de mulheres que se inscreveram hoje para participar do projeto. Lucilene disse ter experiência em obra, por necessidade. Ela construiu a casa da filha e está agora buscando aprimoramento e investir mais em sua capacidade, com o objetivo de construir a casa da mãe e reformar a dela.
Lucilene está desempregada e quer ter uma nova profissão. Tem curso de hotelaria e, enquanto aguarda contratação, vende roupas. Priscila vê o projeto como uma oportunidade de se profissionalizar e voltar aos estudos, que não concluiu. Atualmente, é dona de casa. Caso seja aprovada para fazer o curso, pretende ser pedreira. “Quem tiver força de vontade, consegue. Tem que querer, ter confiança no que a gente faz e tem que ter segurança também, que é muito importante”.
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